A Guerra do Peloponeso levou a uma união democrática entre as cidades-estado gregas.
Gabarito comentado
Resposta: E — Errado
Tema central: efeitos da Guerra do Peloponeso (431–404 a.C.) sobre as cidades-estado gregas. É preciso distinguir entre alianças hegemônicas, golpes internos (oligarquias vs democracias) e a ideia equivocada de uma “união democrática” pan‑helênica.
Resumo teórico: A Guerra do Peloponeso opôs a Liga de Delos (Atenas) à Liga do Peloponeso (Esparta). Thucydides, em sua História da Guerra do Peloponeso, documenta o conflito que terminou com a vitória espartana em 404 a.C. Em vez de gerar uma união democrática, a guerra enfraqueceu muitas pólis, provocou intervenções espartanas, instalação de regimes oligárquicos (por exemplo, os Trinta Tiranos em Atenas) e deslocamentos de hegemonia (Esparta, depois Tebas, e finalmente a ascensão da Macedônia). Fontes: Thucydides; analyses modernas como Donald Kagan, The Peloponnesian War; Cambridge Ancient History.
Justificativa do gabarito (por que E é correto): A afirmação é falsa porque a guerra não criou uma união democrática entre as cidades‑estado. Ao contrário: houve fragmentação política, choques internos (golpes oligárquicos e revoltas democráticas), e a imposição de hegemonias regionais. A paz resultante não foi uma integração democrática ampla, mas sim um período de instabilidade que facilitou intervenções e decadência da autonomia das pólis.
Análise da alternativa incorreta (C — por que está errada): Dizer que houve uma “união democrática” confunde resultado com intenção ou retórica. Não existiu um organismo unido e democrático que agregasse as cidades‑estado após a guerra. Hegemonias e regimes autoritários ampliaram seu poder localmente, portanto a alternativa que afirma a união democrática erra no sentido e na evidência histórica.
Dica de interpretação para concursos: atente-se a palavras absolutas — “união”, “democrática”, “todas as cidades” — que costumam sinalizar enunciados falsos em história. Relacione datas, atores (Atenas/Esparta) e consequências concretas (hegemonia, golpes, descrédito das pólis) antes de marcar a resposta.
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