Ageração de historiadores alemães, franceses e ingleses no final do século XIX tinha uma visão bastante
alargada da História, pensando muito além da política e incorporando as preocupações com a economia,
a sociedade e a cultura, antecipando, em grande parte, os problemas colocados pela historiografia
pós‑Annales.
Gabarito comentado
Alternativa correta: E — Errado
Tema central: trata-se de historiografia comparativa: como se escreveu História no final do século XIX versus a revolução metodológica promovida pela Escola dos Annales (século XX). É relevante porque concursos cobram distinção entre tradições positivistas/nacionalistas e abordagens interdisciplinares posteriores.
Resumo teórico conciso: no final do século XIX predominou a historiografia profissionalizante e positivista (ex.: Ranke na Alemanha, historiadores ingleses voltados a política e diplomacia), com ênfase em fontes arquivísticas e narrativas políticas. A Escola dos Annales (Marc Bloch, Lucien Febvre, depois Fernand Braudel) a partir de 1929 introduziu a longa duração, estruturas sociais, economia e cultura — rompendo com o foco exclusivo na política. Fontes úteis: Peter Burke, The Annales School; The Cambridge History of Historical Writing.
Por que a afirmação é errada: ela generaliza de forma indevida. Embora houvesse pioneiros que ampliaram o objeto histórico (por exemplo, Karl Lamprecht na Alemanha tentou uma história social e cultural), essa visão ampla não era a regra no final do século XIX. O procedimento dominante ainda privilegiava história política e diplomática. A verdadeira incorporação sistemática de economia, mentalidades e estruturas de longa duração ocorreu com os Annales no século XX.
Observação metodológica: em provas, desconfie de enunciados que usam termos absolutos ("tinha uma visão bastante alargada") — geralmente apontam erro quando a realidade é mista ou marcada por exceções.
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