Entre os filósofos do Iluminismo, considera-se que natureza e história formam um todo impossível de
desfazer de maneira arbitrária, sendo necessária a aplicação do método universal da razão para que se
tente descobrir o fundamento puramente “imanente” de um e de outro campo de conhecimento.
Gabarito comentado
Alternativa correta: C — certo
Tema central: o papel da razão no Iluminismo e a concepção de que natureza e história são campos interligados cuja compreensão exige um método racional universal que descubra fundamentos imanentes (internos), e não revelações transcendentais.
Resumo teórico: o Iluminismo (séculos XVII–XVIII) privilegia a razão crítica como via para conhecer leis naturais e sociais. Filósofos como Kant, Voltaire, Diderot e os enciclopedistas defendem que tanto a natureza quanto a vida humana seguem regularidades acessíveis à investigação racional e empírica. A ideia de imanência indica que explicações devem partir dos próprios fenômenos (leis naturais, causas sociais), não de princípios sobrenaturais. Fontes úteis: Immanuel Kant, "Was ist Aufklärung?" (1784); Diderot & d'Alembert, Enciclopédia; resumo moderno: Stanford Encyclopedia of Philosophy — "The Enlightenment".
Justificativa da resposta: a assertiva reproduz exatamente o núcleo do pensamento iluminista: rejeição do arbitrarismo (autoridade sem prova), crença numa razão universal capaz de investigar tanto a natureza quanto a história e busca de explicações imanentes. Por isso a alternativa "C — certo" está correta: expressa a confiança no método racional como forma de descobrir fundamentos internos aos fenômenos natural e histórico, característica definidora do Iluminismo.
Breve observação sobre a alternativa errada: marcar "E — errado" seria incoerente com o panorama historiográfico do Iluminismo, que sistematicamente valorizou a razão e a investigação de leis naturais e sociais em vez de aceitar separações arbitrárias ou fundamentos transcendentais.
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