Segundo o historiador David Landes, a Revolução Industrial
[...] começou na Inglaterra no século XVIII e expandiu-se de forma distinta nos países da Europa continental e em algumas áreas do ultramar. Em um espaço de menos de duas gerações, transformou a vida do homem ocidental, a natureza de sua sociedade e seu relacionamento com outros povos do mundo.
LANDES, David S. Prometeu desacorrentado: transformação tecnológica e desenvolvimento industrial na Europa ocidental, desde 1750 até os dias de hoje. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. p. 1.
A Revolução Industrial significou mudanças radicais, promovendo
[...] começou na Inglaterra no século XVIII e expandiu-se de forma distinta nos países da Europa continental e em algumas áreas do ultramar. Em um espaço de menos de duas gerações, transformou a vida do homem ocidental, a natureza de sua sociedade e seu relacionamento com outros povos do mundo.
LANDES, David S. Prometeu desacorrentado: transformação tecnológica e desenvolvimento industrial na Europa ocidental, desde 1750 até os dias de hoje. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. p. 1.
A Revolução Industrial significou mudanças radicais, promovendo
Gabarito comentado
Gabarito: Alternativa B
Tema central: A questão trata da Revolução Industrial — mudança estrutural no modo de produção na Europa a partir do século XVIII — e pede identificar as consequências sociais e econômicas principais decorrentes desse processo.
Resumo teórico (essencial e progressivo): a Revolução Industrial implicou transição da produção artesanal para a produção fabril, uso intensivo de máquinas (vapor, carvão), concentração do trabalho nas fábricas, aumento da produtividade e migração urbana. Surgiu o trabalho assalariado industrial (proletariado) submetido ao capital dos proprietários das fábricas (burguesia). No plano mundial, consolidou-se uma divisão internacional do trabalho: núcleos industriais exportavam manufaturas e importavam matérias‑primas das colônias/periferia (cf. Landes; Hobsbawm).
Justificativa da alternativa correta (B): apresenta os três elementos-chave: alteração no processo de produção (industrialização/fabricação mecanizada), sujeição do proletariado ao capital (salariado, disciplina fabril, exploração) e divisão internacional do trabalho (centro industrial vs. periferia exportadora de matérias‑primas). Esses pontos sintetizam a interpretação clássica e consensual sobre as transformações geradas pela Revolução Industrial (Landes, Prometeu Desacorrentado; Hobsbawm, A Era das Revoluções).
Análise das alternativas incorretas:
A — mistura elemento verdadeiro (conflito entre burguesia e proletariado) com erro: revalorização do mercantilismo é falso; o mercantilismo perde força com o avanço industrial e com políticas liberais/mercado.
C — contém verdades parciais (aumento da produtividade; urbanização), mas erra ao afirmar equilíbrio geopolítico entre nações; na prática aumentou as desigualdades e a hegemonia britânica no século XIX.
D — traz itens reais (novas fontes de energia — carvão/vapor; mudanças no modo de vida), porém erra ao afirmar rejeição ao imperialismo; pelo contrário, a industrialização impulsionou o imperialismo para garantir mercados e matérias‑primas.
Estratégia de prova: procure palavras-chave que definam processos econômicos (produção, proletariado, divisão internacional). Desconfie de alternativas que misturam itens corretos com uma afirmação claramente contrária ao consenso histórico — isso é pegadinha comum.
Fontes sugeridas: David S. Landes, Prometeu Desacorrentado; Eric Hobsbawm, A Era das Revoluções; Encyclopaedia Britannica (entrada "Industrial Revolution").
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