Para enfrentar a crise econômica decorrente da pandemia
do coronavírus, governos de diferentes matizes ideológicos
apoiaram políticas de apoio financeiro aos cidadãos e
empresas.
Tais políticas significam
Gabarito comentado
Tema central: Papéis do Estado e contradições do neoliberalismo durante a pandemia.
Com a chegada da COVID-19 em 2020, economias ao redor do mundo enfrentaram uma intensa crise econômica. Para amenizar os impactos, governos de diferentes linhas ideológicas adotaram políticas de apoio emergencial financeiramente relevantes a cidadãos e empresas.
Esse contexto exige entender o neoliberalismo: uma corrente teórica (vide Milton Friedman, Hayek) que defende mínimo papel do Estado na economia, com privatizações, desregulamentação e redução de gastos sociais. Durante a pandemia, políticas de forte intervenção estatal surgiram mesmo em países adeptos do neoliberalismo.
Justificativa da alternativa correta (D):
A alternativa D reconhece corretamente que, ao adotar apoios emergenciais, governos neoliberais infringem seus próprios princípios teóricos (contradição teórica) – pois o neoliberalismo desestimula a intervenção do Estado. Contudo, isso não significa o abandono definitivo das políticas de redução de benefícios sociais e desregulamentação: as medidas tomadas foram excepcionais e limitadas à crise, sem uma guinada estrutural fora do contexto da pandemia.
Análise das alternativas incorretas:
A) "Novo pacto social": Incorreta. Apesar do aumento transitório do papel do Estado, não se instaurou um novo pacto social permanente ou mudança fixa na estrutura do Estado mínimo.
B) "Valorização do consumo em detrimento das empresas": Parcialmente incorreta. O auxílio emergencial beneficiou ambos, cidadãos e empresas, não houve exclusividade ou detrimento às grandes empresas – o suporte foi amplo e não restritivo.
C) "Modelo alternativo com sustentabilidade": Incorreta. Não houve estabelecimento de um novo modelo econômico permanente com foco em sustentabilidade; o que ocorreu foi uma reação emergencial, sem mudanças estruturais duradouras ou aderência ampla ao keynesianismo.
Dica para provas: Fique atento a exageros sem base ("novo pacto social", "modelo alternativo"), palavras absolutas e generalizações. Busque sempre apoio em conceitos centrais, como o papel do Estado segundo o neoliberalismo ou o keynesianismo.
Resumo: A alternativa D está correta por reconhecer a intervenção estatal como exceção à regra neoliberal, não uma mudança estrutural ou abandono de princípios do Estado mínimo. Compreenda as diferenças entre medidas emergenciais e políticas de longa duração para evitar enganos em questões similares.
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