Sobre este tema, é CORRETO afirmar que:

para desenvolver a economia açucareira, Portugal precisou recorrer a banqueiros e mercadores holandeses, os quais financiavam a instalação de engenhos, a aquisição de escravos, o transporte e a distribuição do produto na Europa.

Alternativa correta: C — Certo

Tema central: a economia açucareira colonial e as redes de financiamento e comércio que a sustentaram. Esse tema é fundamental para entender por que o açúcar tornou-se o produto-base do Brasil colonial e como dependências externas moldaram a produção e a circulação do bem no Atlântico.

Resumo teórico e progressivo: a instalação e operação dos engenhos exigiam capital intensivo (moinhos, engenhos, instalações hidráulicas, mão de obra escrava). Portugal, no século XVI e sobretudo no XVII, carecia de recursos e de uma rede mercantil de alcance europeu tão eficiente quanto a dos comerciantes do Norte da Europa. Assim, os senhores de engenho frequentemente recorriam a mecanismos de crédito e a parceiros comerciais externos para financiar a compra de escravos, a construção de engenhos, o transporte e a colocação do açúcar nos mercados europeus.

Justificativa da resposta correta: é historicamente comprovado que banqueiros e mercadores holandeses (e, mais amplamente, comerciantes do Norte da Europa) forneceram capital, crédito e serviços logísticos essenciais ao comércio açucareiro brasileiro. No século XVII, os holandeses dominaram rotas, crédito, seguros e mercados em grande parte da Europa; empresas como a Dutch West India Company facilitaram o tráfico de escravos e o comércio do açúcar. Essas relações incluíam adiantamentos sobre safras, contratos de consignação e financiamento de navios, o que tornava a alternativa apresentada verdadeira.

Exemplos práticos: planters nordestinos vendiam a crédito a comerciantes de Amsterdam; faturas e letras de câmbio holandesas eram usadas para operações; a presença direta holandesa em Pernambuco (1630–1654) intensificou esses vínculos comerciais e financeiros.

Fontes recomendadas: Stuart B. Schwartz, Sugar Plantations in the Formation of Brazilian Society (1985); C. R. Boxer, The Dutch in Brazil, 1624–1654 (1957). Essas obras explicam as relações entre capital, comércio e produção açucareira no Atlântico.

Estratégia para provas: ao encontrar afirmações sobre economia colonial, cheque três pontos: quem dispunha do capital, quem detinha a logística/comercialização e qual a ligação com o tráfico de escravos. Se todos convergirem, a afirmação provavelmente é correta.

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