Muitos aspiram à condição de senhor de engenho, porque se trata de um título que traz
consigo a possibilidade de ser servido, obedecido e respeitado.
ANTONIL, A. J. Cultura e opulência do Brasil. Belo Horizonte-São Paulo: Itatiaia-Edusp, 1982 (adaptado).
Quanto à organização da sociedade colonial brasileira, para ocupar a posição social descrita,
era necessário
Muitos aspiram à condição de senhor de engenho, porque se trata de um título que traz consigo a possibilidade de ser servido, obedecido e respeitado.
ANTONIL, A. J. Cultura e opulência do Brasil. Belo Horizonte-São Paulo: Itatiaia-Edusp, 1982 (adaptado).
Quanto à organização da sociedade colonial brasileira, para ocupar a posição social descrita, era necessário
Gabarito comentado
Alternativa correta: B
Tema central: organização social na colônia — o papel do senhor de engenho como elite rural. É preciso conhecer estrutura fundiária, economia açucareira e relações de poder (patronato, escravidão, clientelismo).
Resumo teórico: Na sociedade colonial açucareira, o senhor de engenho concentrava terra, capital e mão de obra escravizada. Era o núcleo da elite local (a “casa-grande”), responsável pela produção exportadora, pela administração do engenho e por funções sociais (patrono judicial, econômico e político). Autores clássicos: Gilberto Freyre (Casa-Grande & Senzala) e Antonil (Cultura e opulência do Brasil) tratam dessa configuração; Caio Prado Jr. foca na base econômica (latifúndio e monocultura).
Justificativa da alternativa B: A afirmação B associa o senhor de engenho a uma função “eminentemente provedora” e ao status de “nobre” (no sentido de elite local). Isso é correto porque: (1) o senhor de engenho era o principal provedor econômico da comunidade — gerava riqueza pela produção açucareira e controlava mercado de trabalho e crédito local; (2) ocupava posição social privilegiada, com prestígio e autoridade semelhantes aos da nobreza rural (mesmo sem título nobiliárquico formal, havia uma nobreza de fato baseada em propriedade e poder). Fontes: Antonil, Gilberto Freyre.
Análise das alternativas incorretas:
A — ser jesuíta: errado. Jesuítas eram missionários e educadores; não exerciam a função de senhor de engenho (não detinham, em geral, o padrão econômico e autoritário próprios do latifúndio).
C — ser mascate: errado. Mascates eram comerciantes urbanos/itinerantes que atuavam no comércio; não concentravam a terra e a economia de produção típica do senhor de engenho.
D — ser alforriado: errado. Alforriados eram ex-escravos libertos — social e economicamente marginalizados; não podiam ocupar a posição de senhor senão em casos raros e excepcionais, o que não corresponde à regra social do período.
Estratégia para provas: ao identificar termos como “senhor de engenho”, associe imediatamente a: terra + escravidão + produção açucareira + prestígio local. Desconfie de alternativas que invertem papéis sociais (jesuítas, mascates, alforriados) — são grupos com funções diferentes.
Principais referências: Antonil, A. J., Cultura e opulência do Brasil; Gilberto Freyre, Casa-Grande & Senzala; Caio Prado Jr., Formação do Brasil Contemporâneo.
Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!





