O modo de produção pode ser entendido como a maneira que a sociedade tem se organizado no decorrer da história em torno de sua produção de bens e que são necessários para a sobrevivência do ser humano. Entretanto o lucro do burguês possibilita o seu enriquecimento e, ao proletário, o empobrecimento. Essa dinâmica está pautada no capitalismo, no qual o propósito é o lucro.

As duas formas principais pelas quais é possível extrair o lucro são

Alternativa correta: A - Mais‑Valia Absoluta e Mais‑Valia Relativa

Tema central: trata‑se da teoria marxista do valor e da exploração no capitalismo: como o lucro capitalista decorre da apropriação, pelo capitalista, do tempo de trabalho não remunerado do trabalhador — a mais‑valia. Compreender as formas de extração da mais‑valia é essencial para interpretar dinâmica de exploração, organização do trabalho e luta de classes.

Resumo teórico: segundo Karl Marx (O Capital, Livro I), valor do trabalho é medido pelo tempo socialmente necessário. A jornada divide‑se em tempo necessário (trabalho correspondente ao salário) e tempo excedente (trabalho que produz mais‑valia). As duas formas principais de aumentar essa mais‑valia são:

1) Mais‑valia absoluta — obtenção de mais trabalho excedente aumentando a duração da jornada (ex.: alongar horas de trabalho sem aumento proporcional de salário).

2) Mais‑valia relativa — redução do tempo necessário de trabalho por meio de aumento da produtividade (tecnologia, organização do trabalho, divisão social do trabalho), mantendo a jornada; assim, o tempo excedente cresce porque o trabalhador produz em menos tempo o equivalente ao seu salário.

Por que a alternativa A é correta: ela cita exatamente as duas categorias clássicas marxianas de extração de mais‑valia: a alteração da jornada (absoluta) e a redução do tempo necessário via aumento da produtividade (relativa). Ambas são mecanismos centrais no Capital para explicar o lucro e a tendência à intensificação da exploração.

Análise das alternativas incorretas:

B - Mais‑Valia Real e Mais‑Valia Constante: termo “mais‑valia real” não é a classificação canônica usada por Marx; “constante” refere‑se ao capital (capital constante), não a uma categoria de mais‑valia. Logo, incorreto.

C - Mais‑Valia Alienante e Mais‑Valia Real: “alienante” refere‑se ao processo de alienação do trabalho (tema marxista distinto), não a uma forma de extração de mais‑valia; portanto é incorreto.

D - Mais‑Valia Relativa e Mais‑Valia Alienante: mistura um termo correto (relativa) com um incorreto (alienante). A presença de “alienante” invalida a alternativa.

E - Mais‑Valia Absoluta e Mais‑Valia Constante: combina um termo correto (absoluta) com “constante”, que não é categoria de mais‑valia (é categoria do capital). Incorreta.

Dica de prova: procure termos tecnicamente corretos segundo o autor citado no enunciado (a referência a capitalismo e lucro indica teoria marxista). Desconfie de palavras fora do jargão (ex.: “alienante”, “constante” aplicadas à mais‑valia) — são armadilhas comuns.

Fonte recomendada: Karl Marx, O Capital — Livro I (capítulos sobre mais‑valia absoluta e relativa).

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