Quando se afirma que, na
estrutura econômica da formação social
brasileira, as relações de produção dominantes
eram escravistas, isto significa que
Gabarito comentado
Resposta correta: D
Tema central: trata-se do sentido de “relações de produção dominantes” na formação social brasileira — expressão teórica que indica qual relação social e econômica orientava a acumulação e a organização social, sem afirmar exclusividade.
Resumo teórico: No vocabulário marxista e na historiografia brasileira (ex.: Caio Prado Júnior; Florestan Fernandes), “relação de produção dominante” significa que um modo de produção condiciona e subordina outros setores e determina a forma de acumulação do capital/riqueza. No Brasil colonial e imperial, o escravismo foi esse eixo: terras latifundiárias e trabalho escravo orientaram a economia exportadora e as estruturas sociais.
Por que a alternativa D é correta: D afirma que as relações escravistas subordinavam outros tipos de relações e que a acumulação se realizava pela exploração do trabalho escravo — exatamente o núcleo do argumento historiográfico: o escravismo era hegemônico na organização econômica e na geração de riqueza.
Análise das incorretas:
- A — afirma proteção estatal exclusiva: exagero. O Estado favoreceu o escravismo, mas não é a ideia de “dominante” no enunciado.
- B — confunde dominância com unicidade. Havia relações assalariadas e comunitárias; escravismo foi predominante, não única.
- C — declara baixa produtividade técnica como razão da grande mão de obra: é uma leitura reducionista. Plantations eram intensivas em trabalho, mas também voltadas para mercado e com técnicas e organização próprias.
- E — diz que somente produtos de trabalho escravo eram exportados e inclui a África como destino principal: errôneo. A exportação era majoritariamente para a Europa e não exclusiva de produtos escravos (embora a produção exportável dependesse muito do trabalho escravo).
Dica de interpretação: ao ver “dominantes”, descarte alternativas que usam termos absolutos como “únicas” ou “somente”. Busque a ideia de hegemonia e subordinação.
(Fontes sugestivas: Caio Prado Júnior, Formação do Brasil Contemporâneo; Florestan Fernandes, A Integração do Negro na Sociedade de Classes; conceitos marxistas sobre modo de produção.)
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