Eis dois homens a frente: um, que quer servir; o outro,
que aceita, ou deseja, ser chefe. O primeiro une as mãos
e, assim juntas, coloca-as nas mãos do segundo: claro
símbolo de submissão, cujo sentido, por vezes, era ainda
acentuado pela genuflexão. Ao mesmo tempo, a personagem
que oferece as mãos pronuncia algumas palavras,
muito breves, pelas quais se reconhece “o homem” de
quem está na sua frente. Depois, chefe e subordinado beijam-se
na boca: símbolo de acordo e de amizade. Eram
estes – muito simples e, por isso mesmo, eminentemente
adequados para impressionar espíritos tão sensíveis às
coisas – os gestos que serviam para estabelecer um dos
vínculos mais fortes que a época feudal conheceu.
(Marc Bloch. A sociedade feudal, 1987.)
Miniatura do Liber feudorum Ceritaniae, século XIII

O texto e a imagem referem-se à cerimônia que
Eis dois homens a frente: um, que quer servir; o outro, que aceita, ou deseja, ser chefe. O primeiro une as mãos e, assim juntas, coloca-as nas mãos do segundo: claro símbolo de submissão, cujo sentido, por vezes, era ainda acentuado pela genuflexão. Ao mesmo tempo, a personagem que oferece as mãos pronuncia algumas palavras, muito breves, pelas quais se reconhece “o homem” de quem está na sua frente. Depois, chefe e subordinado beijam-se na boca: símbolo de acordo e de amizade. Eram estes – muito simples e, por isso mesmo, eminentemente adequados para impressionar espíritos tão sensíveis às coisas – os gestos que serviam para estabelecer um dos vínculos mais fortes que a época feudal conheceu.
(Marc Bloch. A sociedade feudal, 1987.)
Miniatura do Liber feudorum Ceritaniae, século XIII
O texto e a imagem referem-se à cerimônia que
Gabarito comentado

Um cerimonial acompanhava a concessão do feudo (beneficium), ocasião em que o vassalo jurava fidelidade ao suserano, comprometendo-se a acompanhá-lo nas guerras, assim como o suserano jurava, em reciprocidade, proteção ao vassalo.
A resposta correta é a letra B.