No ano 70 d.C., o Estado romano, sob o controle do imperador Tito, destruiu a cidade de Jerusalém, e os judeus se dispersaram por outras terras. Diáspora tem sido a palavra usada para designar essa dispersão.

Após a diáspora, os judeus

Resposta correta: Alternativa A

Tema central: trata-se da Diáspora judaica — a dispersão dos judeus após a destruição de Jerusalém em 70 d.C. pelo exército romano — e das consequências sociais e culturais dessa dispersão. Para resolver a questão é necessário distinguir entre perda de território e manutenção da identidade coletiva.

Resumo teórico: "Diáspora" designa comunidades judaicas vivendo fora da terra de Israel. Apesar de não terem um Estado próprio por séculos, os judeus conservaram coesão através da religião (Torá, culto sinagogal, leis religiosas), estruturas comunitárias (rabinos, tribunais comunitários, redes familiares) e práticas culturais. Exemplos: desenvolvimento do judaísmo rabínico após 70 d.C.; comunidades fortes na Europa, Norte da África e Oriente Médio.

Fontes relevantes: Flavius Josephus, The Jewish War (relato da destruição de Jerusalém); Encyclopaedia Britannica — verbetes sobre "Jewish Diaspora" e "Rabbinic Judaism"; obras de história judaica moderna (ex.: S. Schama, D. Biale).

Por que A é correta: Afirma que os judeus “ficaram sem território próprio por séculos” — historicamente correto até a criação do moderno Estado de Israel em 1948 — e que mantiveram identidade por meio da religião e laços familiares. Esse é o ponto-chave: identidade coletiva sustentada por práticas religiosas, instituições e redes familiares, mesmo sem Estado político.

Análise das alternativas incorretas:
B — Erra ao afirmar que retornaram em massa à Palestina por causa da decadência romana; não houve retorno generalizado na Antiguidade Tardia. A reconstrução da identidade não dependeu desse retorno.
C — Incorreto ao dizer que foram dominados pelos árabes e perderam identidade. Embora muitos judeus tenham vivido sob domínios islâmicos, eles preservaram instituições e práticas religiosas; a perda de identidade não ocorreu. A unificação política em 1948 refere-se à criação de Israel, mas não corrige a afirmação anterior.
D — Falsa ao sugerir que foram impedidos de realizar cultos e que o fortalecimento do cristianismo durante a Idade Média teria "firmado" sua identidade. Na Idade Média houve perseguições e restrições, mas também persistência religiosa; a formulação está imprecisa e causalmente invertida.

Estrategia de prova: ao ver termos como "diáspora", lembre-se: ausência de Estado ≠ perda de identidade. Desconfie de alternativas que generalizam ou trocam causas e efeitos (ex.: “foram dominados e perderam identidade”). Use conhecimento cronológico (70 d.C. → longos séculos sem Estado) para eliminar opções.

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