Roma Antiga expandiu-se consideravelmente pelo
Mediterrâneo, sobretudo no século II. Foi consequência
dessa expansão:
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa C
Tema central: As consequências da expansão romana no século II a.C. — compreender como as conquistas produziram efeitos sociais e econômicos internos (riqueza acumulada, escravização de povos derrotados, transformações agrárias e urbanização).
Resumo teórico: As vitórias nas Guerras Púnicas e nas campanhas contra os reinos helenísticos trouxeram espólios, tributos e um grande fluxo de prisioneiros. Esses prisioneiros passaram a integrar a massa escrava que abasteceu latifúndios (latifúndia) e trabalhos urbanos. A riqueza concentrada na elite aumentou as desigualdades, gerando problemas sociais que motivaram reformas dos irmãos Graco no final do séc. II–I a.C. (fontes clássicas: Políbio, Plutarco; síntese moderna: Mary Beard, SPQR).
Justificativa da alternativa C: A expansão ampliou conquistas e pilhagens, aumentando a riqueza das elites senhoriais e o número de escravos capturados nas guerras. Economicamente, latifúndios capitalizados com trabalho escravo dominaram a produção agrícola, enquanto a elite acumulava terras e metais preciosos — consequência direta das vitórias externas.
Análise das alternativas incorretas:
A - Aparecimento de uma classe média de proprietários rurais: incorreto. O processo foi de concentração fundiária e perda dos pequenos proprietários; muitos camponeses foram empurrados para as cidades ou tornaram-se proletários.
B - Aumento da população rural e diminuição da urbana: incorreto. O oposto ocorreu: êxodo rural e crescimento urbano, com aumento de população livre empobrecida nas cidades (Roma recebeu multidões sem terras).
D - Fortalecimento do sistema assalariado: incorreto. A economia romana do período baseou-se sobretudo no trabalho escravo nos latifúndios e em tarefas urbanas; o trabalho assalariado formal ainda era minoritário.
Estratégia de prova: ao ler enunciados sobre “consequência da expansão”, procure efeitos materiais diretos das conquistas (escravização, pilhagem, tributos, latifúndios) e relacione cronologicamente com eventos conhecidos (Guerras Púnicas, conquistas helenísticas, reformas dos Gracos). Desconfie de alternativas que invertam tendências históricas claras (ex.: “aumento da classe média” quando há evidência de concentração fundiária).
Fontes recomendadas: Políbio (Histórias) e Plutarco (Vidas — T. Graco), e a síntese moderna Mary Beard, SPQR; para economia e escravidão, obras de M. Rostovtzeff e estudiosos em história romana econômica.
Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!





