Leia o trecho abaixo e responda à questão .
A expansão ultramarina foi uma faceta do mercantilismo e expôs os desbravadores dos mares a condições
extremas de sobrevivência no processo da travessia entre os continentes.
(Fonte: RAMOS, Fábio Pestana. A dura vida dos navegantes. Revista de História da Biblioteca Nacional, v. 7, n. 84, p. 22-25, set. 2012)
Assinale a alternativa que relaciona corretamente a vida dos marinheiros com o dia a dia nas caravelas durante a
travessia dos oceanos.
I – Os marinheiros precisavam conviver com doenças como escorbuto, disenteria, febres e desnutrição.
II – Os marinheiros precisavam administrar a inexistência de banheiros e conviver com o acúmulo de dejetos
no convés.
III – Os marinheiros precisavam consumir alimentos estragados devido à dificuldade em conservá-los.
IV – Os marinheiros precisavam garantir o suprimento de proteínas consumindo os ratos que estavam a bordo.
Estão corretas:
Leia o trecho abaixo e responda à questão .
A expansão ultramarina foi uma faceta do mercantilismo e expôs os desbravadores dos mares a condições extremas de sobrevivência no processo da travessia entre os continentes.
(Fonte: RAMOS, Fábio Pestana. A dura vida dos navegantes. Revista de História da Biblioteca Nacional, v. 7, n. 84, p. 22-25, set. 2012)
Assinale a alternativa que relaciona corretamente a vida dos marinheiros com o dia a dia nas caravelas durante a travessia dos oceanos.
I – Os marinheiros precisavam conviver com doenças como escorbuto, disenteria, febres e desnutrição.
II – Os marinheiros precisavam administrar a inexistência de banheiros e conviver com o acúmulo de dejetos no convés.
III – Os marinheiros precisavam consumir alimentos estragados devido à dificuldade em conservá-los.
IV – Os marinheiros precisavam garantir o suprimento de proteínas consumindo os ratos que estavam a bordo.
Estão corretas:
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa E — I, II, III e IV estão corretas.
Tema central: vida a bordo durante a expansão ultramarina no contexto do mercantilismo — condições sanitárias, alimentação e doenças que marcaram longas travessias entre continentes (fonte do enunciado: Ramos, 2012).
Resumo teórico: as caravelas e naus do século XV–XVII enfrentavam problemas logísticos e sanitários: falta de higiene, armazenamento precário de alimentos, água contaminada e desconhecimento da causa do escorbuto (deficiência de vitamina C). Doenças como escorbuto, disenteria e febres eram comuns; conservavam-se alimentos por salga e biscoito (hardtack), que estragavam; e ratos infestavam navios, servindo às vezes como fonte adicional de alimento em emergências. (Ver também James Lind, 1753 — experiência sobre escorbuto; estudos modernos sobre vida marítima: Marcus Rediker.)
Justificativa item a item:
I — Verdadeiro: Escorbuto (deficiência de vitamina C), disenteria e febres eram frequentes e causavam elevada mortalidade durante travessias longas.
II — Verdadeiro: A higiene era precária: não havia instalações sanitárias adequadas e o convés e porões acumulavam dejetos, favorecendo doenças.
III — Verdadeiro: Conservação de alimentos era limitada; carnes salgadas e biscoitos podiam apodrecer ou infestarem-se de fungos e vermes, forçando consumo de provisões estragadas.
IV — Verdadeiro: Ratos infestavam embarcações; há relatos de marinheiros capturando-os para complementar a dieta em situações extremas — portanto a afirmação é plausível e documentada.
Por que as outras alternativas estão erradas:
A, B, C e D são incorretas porque omitem ao menos um dos quatro itens verdadeiros. Ex.: A elimina IV; B elimina III; C elimina II; D elimina I — todas deixam de incluir fatos historicamente comprovados.
Dica de prova: busque verossimilhança histórica (doenças nutricionais e higiene precária são recorrentes); identifique palavras-chave (“estragados”, “ratos”, “inexistência de banheiros”) e associe ao contexto técnico (conservação por salga, falta de vitamina C). Quando todas as alternativas descrevem realidades conhecidas, a resposta costuma ser a inclusão total.
Fontes rápidas: F. P. Ramos (Revista de História da Biblioteca Nacional, 2012); James Lind, A Treatise of the Scurvy (1753); Marcus Rediker, The Slave Ship (1987) — para contexto social e sanitário a bordo.
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