O mercado tende a gerir e regulamentar todas as atividades humanas. Até há pouco, certos campos — cultura, esporte, religião — ficavam fora do seu alcance. Agora, são absorvidos pela esfera do mercado. Os governos confiam cada vez mais nele (abandono dos setores de Estado, privatizações).

RAMONET, I. Guerras do século XXI: novos temores e novas ameaças. Petrópolis: Vozes, 2003.

No texto é apresentada uma lógica que constitui uma característica central do seguinte sistema socioeconômico:

A principal lógica do capitalismo está na relação de lucro com uma determinada atividade econômica. Para que tal relação possa se concretizar, é preciso monetarizar parte dessa relação, ou seja, criar um valor onde antes não existia. A partir do trecho citado, podemos pensar como se dão as relações no mundo desportivo. Hoje observamos uma linha bastante nítida entre esporte amador e esporte profissional. O primeiro está ligado a um prazer na prática do esporte, sem vinculação necessária com resultado ou lucro enquanto que o segundo está totalmente envolvido pelos dois. De um atleta profissional é exigido que alcance resultados para que possa conquistar patrocínios que lhe permitam maior dedicação, melhores resultados e mais patrocínios. O patrocínio surge pelo interesse de uma empresa em vincular seu nome a um atleta que produza resultados positivos, assim, o resultado do esporte é monetarizado e sua preparação passa a ter uma função na produção de lucro a partir do resultado alcançado. A indústria cultural e da fé, com suas peculiaridades próprias, já movimentam grandes somas em capital e lucro também. A resposta é letra C.

Gabarito do professor: Letra C