A mudança será imposta sob a forma de golpe militar, ficando entretanto contida dentro dos limites de interesses dos
grupos que integram o movimento e que realizarão apenas as modificações institucionais necessárias à sua efetivação ao
poder e à realização de uma política econômica e administrativa propícia aos seus interesses.
(DA COSTA, Emília Viotti. Da Monarquia à República: momentos decisivos.
São Paulo: Grijalbo, 1977.)
O texto acima refere-se ao fim do Império no Brasil. Sobre o assunto, analise as afirmativas.
I - Parte da classe senhorial, incapaz de se adaptar às exigências de modernização da economia, foi também abalada
pelo fim da escravidão e, conseqüentemente, retirou seu apoio à monarquia.
II - A queda da monarquia, em 1889, representou uma ruptura no processo histórico brasileiro, por exemplo, com
melhoras significativas para os trabalhadores rurais, com mudança no sistema de produção e maior independência
dos mercados e capitais estrangeiros.
III - O fim da monarquia e conseqüente advento da República deveram-se a uma conjugação de três forças: uma parcela
do exército, fazendeiros do oeste paulista e representantes das classes médias urbanas.
IV - Fazendeiros paulistas descontentes com o fim da escravidão e o proletariado urbano e rural foram os responsáveis
pela queda do regime monárquico.
Estão corretas as afirmativas
A mudança será imposta sob a forma de golpe militar, ficando entretanto contida dentro dos limites de interesses dos grupos que integram o movimento e que realizarão apenas as modificações institucionais necessárias à sua efetivação ao poder e à realização de uma política econômica e administrativa propícia aos seus interesses.
(DA COSTA, Emília Viotti. Da Monarquia à República: momentos decisivos. São Paulo: Grijalbo, 1977.)
O texto acima refere-se ao fim do Império no Brasil. Sobre o assunto, analise as afirmativas.
I - Parte da classe senhorial, incapaz de se adaptar às exigências de modernização da economia, foi também abalada pelo fim da escravidão e, conseqüentemente, retirou seu apoio à monarquia.
II - A queda da monarquia, em 1889, representou uma ruptura no processo histórico brasileiro, por exemplo, com melhoras significativas para os trabalhadores rurais, com mudança no sistema de produção e maior independência dos mercados e capitais estrangeiros.
III - O fim da monarquia e conseqüente advento da República deveram-se a uma conjugação de três forças: uma parcela do exército, fazendeiros do oeste paulista e representantes das classes médias urbanas.
IV - Fazendeiros paulistas descontentes com o fim da escravidão e o proletariado urbano e rural foram os responsáveis pela queda do regime monárquico.
Estão corretas as afirmativas
Gabarito comentado
Alternativa correta: C — I e III, apenas.
Tema central: a transição da monarquia para a República (1889) — compreender causas sociais, políticas e econômicas que explicam por que a monarquia caiu sem grande mobilização popular e qual foi o perfil dos atores que incentivaram o golpe.
Resumo teórico: A queda do Império foi um golpe militar que contou com a confluência de três forças principais: setores do Exército (oficiais positivistas e republicanos), a elite cafeeira do oeste paulista e camadas das classes médias urbanas (profissionais liberais, funcionários públicos). A abolição (1888) enfraqueceu parte da elite escravocrata, reduzindo o apoio à coroa, mas não houve mudança imediata nas condições dos trabalhadores rurais ou urbanos — a República manteve muitos traços da ordem anterior. (Ver: Emília Viotti da Costa; José Murilo de Carvalho)
Por que I é correta: Parte da classe senhorial (setores da aristocracia rural escravocrata) perdeu poder e prestígio com a abolição e recusou-se a sustentar a monarquia, contribuindo para o isolamento político do regime. Fonte: Emília Viotti da Costa.
Por que III é correta: A interpretação clássica e majoritária indica a conjugação de militares, fazendeiros do oeste paulista (café) e representantes das classes médias como articuladores do golpe — coerente com estudos sobre a Proclamação da República.
Por que II está errada: A queda não representou uma ruptura com melhorias significativas para trabalhadores rurais; não houve reforma agrária ou autonomia econômica real frente ao capital externo. A República iniciou continuidade de elites e dependência econômica.
Por que IV está errada: A versão que atribui o protagonismo ao proletariado urbano e rural é incorreta: trabalhadores não lideraram a derrubada — o movimento foi articulado por militares e elites; os fazendeiros paulistas apoiaram por interesses políticos e econômicos, mas o proletariado não foi força motriz.
Dica de prova: procure nas alternativas palavras-chave como "ruptura", "melhoras significativas" ou "proletariado protagonista" — elas costumam indicar afirmações exageradas ou anacrônicas quando aplicadas à Proclamação de 1889.
Fontes recomendadas: Emília Viotti da Costa, Da Monarquia à República; José Murilo de Carvalho, A Formação das Almas.
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