Quando pensamos na diversidade de paisagens, associada à extensão territorial e às formas como foram povoadas as diversas regiões do Brasil, retomamos a ideia de que o País assume dimensões continentais. Além da vastidão do território, é importante lembrar que o Brasil também possui uma história riquíssima e que cada região foi marcada por uma atividade econômica ao longo do período de ocupação pós-1500. Assim, assinale a alternativa que associa corretamente: a região do país, a atividade econômica que historicamente foi praticada na região, o período em que obteve maior êxito e qual foi a matriz da mão de obra utilizada.

Alternativa correta: E

Tema central: a questão relaciona região, atividade econômica histórica, período de maior auge e matriz da mão de obra. Saber ligar espaço geográfico ao processo econômico e à organização do trabalho é essencial em História do Brasil.

Resumo teórico: No período colonial (séculos XVII–XVIII) a região Sudeste — sobretudo Minas Gerais — teve como atividade-hegemônica a mineração aurífera, atingindo o ápice no século XVIII. Essa economia demandou grande quantidade de mão de obra, predominantemente escrava africana, pois a extração e o transporte exigiam força intensa e as elites coloniais optaram pelo tráfico de escravizados para suprir essa demanda (ver Fausto; Prado Júnior; fontes do IBGE sobre história regional).

Por que a alternativa E está correta: associa corretamente: Região Sudeste → mineração; período colonial (especialmente séc. XVIII) → e trabalho escravo como matriz. Minas Gerais é o exemplo clássico desse conjunto.

Análise das alternativas incorretas:

A (Nordeste; mineração; período imperial; trabalho assalariado) — Errada: o Nordeste colonial foi marcado pela lavoura açucareira (cana-de-açúcar) com mão de obra escrava; mineração de grande escala ocorreu no Sudeste (Minas). Além disso, o período de maior mineração foi colonial, não imperial, e não foi baseada em trabalho assalariado.

B (Sul; lavoura açucareira; período colonial; trabalho escravo) — Errada: a lavoura açucareira (açúcar) desenvolveu-se no litoral do Nordeste e no Norte da região Nordeste e parte do Leste, não no Sul. O Sul teve atividades como pecuária, charque e depois imigração europeia para colonização agrária.

C (Norte; produção de algodão; período imperial; trabalho indígena) — Errada: a Região Norte não foi historicamente o centro da produção de algodão; no Império, cultivos de algodão tiveram relevância em áreas do Nordeste e em ciclos pontuais. A mão de obra predominante para atividades econômicas exportadoras foi majoritariamente escrava africana ou, depois, assalariada/imigrante, não a indígena como matriz dominante.

D (Centro-Oeste; mineração; período republicano; trabalho assalariado) — Errada: o grande ciclo minerador ocorreu no período colonial no Sudeste; o Centro-Oeste só ganhou importância econômica maior em períodos mais recentes (século XX) com agropecuária e expansão territorial, e não pelo ciclo minerador republicano com trabalho assalariado.

Dica de resolução para provas: identifique rapidamente a região e associe as atividades clássicas: Nordeste → açúcar; Sudeste → mineração (séc. XVIII) e depois café; Norte → extrativismo/rubber (séc. XIX/XX); Centro-Oeste → pecuária/expansão agrária posterior. Cruze com a matriz de trabalho (escravo africano colonial; assalariado/imigrante no século XIX/XX).

Fontes consultadas (sugestões): Boris Fausto, História do Brasil; Caio Prado Júnior, Formação do Brasil Contemporâneo; dados históricos do IBGE sobre regiões e economia.

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