Observe as figuras:

Casamento de D. Pedro I com D. Amélia de Leuchtemberg, Debret, 1829.

Fonte: http://enciclopedia.itaucultural.org.br /obra1188/ casamento-de-d-pedro-e-d-amelia>. Acesso em: 11 de Ago. 2017.

Casamento de negros pertencentes a uma família rica, Debret, 1826.

Fonte: <http://www.ensinarhistoriajoelza.com.br/>Acesso em: 11 de Ago. 2017.

As duas cenas de casamento do século XIX, representadas pelo pintor Jean-Baptiste Debret, permitem afirmar que:

A sociedade escravocrata impedia a oficialização de casamentos entre as famílias escravas.

A Igreja Católica realizava os casamentos tanto das elites brancas quanto das elites negras.

Os casamentos entre homens e mulheres negros não eram permitidos pelo Código Civil do Império.

Na família imperial do Brasil não existiam casamentos arranjados, prevalecia o amor romântico.

Gabarito comentado

Pedro VandréMonitor do Qconcursos

Sobre as duas obras do pintor Jean-Baptiste Debret, vamos selecionar a alternativa correta:

A) Incorreta – Embora os escravos frequentemente não tivessem acesso à oficialização de casamentos devido à sua condição, a afirmação de que a sociedade impedia totalmente esses casamentos não é precisa. A Igreja Católica incentivava o casamento entre escravos, embora isso não fosse amplamente praticado devido às restrições sociais e econômicas impostas pela escravidão.

B) Correta – A Igreja Católica, que era uma instituição central na sociedade brasileira do século XIX, desempenhava um papel fundamental na oficialização de casamentos. Debret, em suas obras, mostrou como os ritos religiosos eram aplicados tanto à nobreza quanto a famílias negras abastadas, indicando que a oficialização dos casamentos não estava restrita às elites brancas.

C) Incorreta – Essa afirmação é incorreta, pois o Código Civil do Império não proibia casamentos entre negros. O casamento era permitido, mas a formalização desses casamentos era menos comum entre a população negra, principalmente entre escravos, por causa das dificuldades impostas pelo regime escravocrata e pela falta de reconhecimento legal para os escravos.

D) Incorreta – Os casamentos na família imperial muitas vezes eram arranjados para atender a interesses políticos e dinásticos, o que era comum entre as monarquias da época. Embora o amor romântico pudesse existir, ele não era o principal fator nas decisões matrimoniais da nobreza.

Gabarito – Letra B

Referência:

Campos, Adriana Pereira, and Patrícia M. da Silva Merlo. "Sob as bênçãos da Igreja: o casamento de escravos na legislação brasileira." Topoi (Rio de Janeiro) 6.11 (2005): 327-361.