O processo da transferência da Corte para o Rio de Janeiro, em 1808, foi marcado por intensas negociações e conflitos. De todo modo, essa transferência representou uma ruptura decisiva na relação entre o Brasil e a metrópole portuguesa.
Assinale a alternativa correta.
Assinale a alternativa correta.
Gabarito comentado
Gabarito: C
Tema central: a transferência da Corte portuguesa para o Rio de Janeiro (1808) e suas consequências políticas e econômicas. É importante conhecer a Abertura dos Portos, as reformas administrativas e instituições criadas pela Corte no Brasil e o contexto napoleônico que motivou a fuga da família real.
Resumo teórico: a chegada da Corte significou o fim efetivo do pacto colonial: houve liberalização do comércio (Abertura dos Portos às Nações Amigas), estabelecimento de órgãos estatais, estímulo ao comércio e serviços urbanos, e a criação de instituições financeiras e culturais. Essas medidas alteraram a posição do Brasil em relação a Portugal e criaram infraestrutura para a autonomia política futura. Fontes clássicas: Boris Fausto (História do Brasil) e trabalhos sobre o período joanino e a Abertura dos Portos (decretos de 1808).
Por que C é correta: entre as medidas implantadas pela Corte no Rio destaca‑se a criação do primeiro Banco do Brasil em 1808, instituição fundamental para organizar crédito e finanças públicas no novo centro do Império. Isso exemplifica as transformações institucionais introduzidas pela presença da Corte.
Análise das alternativas incorretas:
A — incorreta: a Abertura dos Portos traduziu o fim do monopólio metropolitano e favoreceu o comércio regional e classes mercantis locais; embora tenha beneficiado a Inglaterra e imposto dependências, não é corretamente caracterizada apenas como “retrocesso econômico”.
B — incorreta: o processo começou por causa da invasão napoleônica a Portugal e da ameaça ao governo português na Europa; a Inglaterra atuou como aliada que facilitou a fuga da Família Real para o Brasil, não por pretensão de invadir Portugal para conter espanhóis.
D — incorreta: a ascensão de Napoleão não assegurou independência política dos países europeus; ao contrário, provocou guerras, reorganizações territoriais e fragilização das monarquias que, indiretamente, influenciaram processos de independência nas colônias, mas não “consagrou a autonomia” como princípio geral.
Dica de prova: foque em palavras-chave do enunciado (“ruptura decisiva”, “transformações inauguradas”) e associe-as a fatos concretos — Abertura dos Portos, criação de instituições (Banco do Brasil, impressa régia, ministérios). Evite leituras absolutas (sempre/único, retrocesso total) e lembre o papel do contexto napoleônico.
Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!





