A Revolução Francesa é talvez um dos temas mais visitados pela historiografia internacional. O impacto do processo revolucionário, as múltiplas dimensões do evento e as várias leituras produzidas acerca das facções políticas são ainda objeto de interesse e de interpretações.

Assinale a alternativa que melhor identifica a Revolução Francesa.

Alternativa correta: A

Tema central: compreender a natureza social da Revolução Francesa e identificar interpretações históricas corretas. É importante saber quem participou do processo (burguesia, camponeses, setores urbanos) e distinguir eventos e suas cronologias (por exemplo, o Período do Terror).

Resumo teórico: a Revolução (1789–1799) foi um processo complexo que combinou demandas políticas (constituição, fim do absolutismo), econômicas e sociais. Além da burguesia, o campesinato participou ativamente — através da “Grande Medo”, da pressão por abolição de direitos feudais e do apoio às reformas que visavam reduzir encargos (Lefebvre; Doyle).

Justificativa da alternativa A: A afirmação reconhece que houve conflitos intensos e que distintos segmentos sociais tiveram interesses próprios. Os camponeses, por exemplo, pressionaram pela eliminação dos privilégios feudais e por reformas agrárias locais, o que confirma sua participação nas dinâmicas revolucionárias (Georges Lefebvre; Encyclopaedia Britannica).

Análise das incorretas:

• B — erro factual: o Período do Terror (1793–94) foi ação do governo revolucionário (Comitê de Salvação Pública), não uma perseguição dirigida por Luís XVI; o rei foi deposto e guilhotinado em 1793 antes do ápice do Terror.
• C — é uma opinião normativa. Embora a burguesia tenha papel central, afirmar que “a revolução foi um equívoco” não é uma identificação histórica neutra; além disso, reduz o processo a uma sola classe, ignorando mobilizações populares.
• D — anacronismo/causalidade falha: a Revolução não foi principal motor da industrialização francesa; ela desorganizou a economia e a industrialização em França ocorreu de forma mais tardia e gradual que no Reino Unido.

Estratégias para gabaritar: procure erros cronológicos (p. ex. quem governava durante o Terror), evite alternativas com juízos de valor absolutos e prefira respostas que considerem múltiplos atores sociais.

Referências breves: William Doyle, The Oxford History of the French Revolution; Georges Lefebvre, The French Revolution; Encyclopaedia Britannica.

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