Questão 362a47ce-0d
Prova:CEDERJ 2011
Disciplina:História
Assunto:História Geral, Mercantilismo e a economia de Estados

“Os Estados monárquicos dos séculos XV e XVI encontraram, pois, neste tesouro de experiência e de regulamento, os primeiros elementos de sua política econômica; numa certa medida, o mercantilismo que começa a se afirmar na França e na Inglaterra na segunda metade do século XV estendeu aos limites das jovens monarquias nacionais as preocupações e as práticas das cidades da Idade Média.”

Deyon, Pierre. O Mercantilismo. São Paulo: Perspectiva, 1973, p.16.

Sobre o Mercantilismo, pode-se afirmar que

A
é um conjunto de teorias sobre o papel da moeda no processo de desenvolvimento europeu. Nesse sentido, a acumulação de moedas é identificada como inibidora do fortalecimento econômico de um país.
B
se constitui numa prática política protecionista que desestimula a importação e favorece a exportação de produtos, eliminando o equilíbrio da balança comercial.
C
suas políticas assentavam-se na certeza de que a riqueza de uma nação tinha relação direta com o maior incremento na importação de produtos. Por isso, as políticas mercantilistas são essencialmente liberais.
D
está ancorado na manutenção de práticas locais de produção de subsistência e na vinculação estreita com a Igreja Católica. Dessa forma, a prática mercantilistas é essencialmente católica.

Gabarito comentado

G
Gabrielle FrancoMonitor do Qconcursos

Alternativa correta: B

Tema central: mercantilismo — conjunto de práticas e políticas econômicas dos Estados europeus (séculos XVI–XVIII) que buscavam fortalecer o poder do Estado aumentando a riqueza nacional por meio de intervenção, protecionismo e acumulação de metais preciosos.

Resumo teórico claro: O mercantilismo sustentava que a riqueza de um país era medida pela quantidade de metais preciosos (prata/ouro) e que um Estado forte devia promover exportações e restringir importações para obter uma balança comercial favorável. Para isso, os governos usavam tarifas, subsídios à manufatura nacional, monopólios comerciais e políticas coloniais. Fontes clássicas: Pierre Deyon, O Mercantilismo; Eli F. Heckscher, Mercantilism.

Por que a alternativa B está correta: A alternativa B descreve precisamente a prática mercantilista: protecionismo (desestimular importações) e políticas que incentivam exportações para “exportar mais do que importar”, visando acumular reservas e melhorar a balança comercial — objetivo central do mercantilismo.

Análise das alternativas incorretas:

A — incorreta. Afirma que a acumulação de moeda seria inibidora do fortalecimento econômico. No mercantilismo, ao contrário, a acumulação de metais preciosos era vista como sinal de riqueza e poder do Estado, não como freio.

C — incorreta e contraditória. Diz que a riqueza depende do aumento das importações e que, por isso, as políticas seriam liberais. O mercantilismo é exatamente o oposto: favorece exportações, restringe importações e não é liberal (liberalismo econômico surge depois, com Adam Smith, criticando essas práticas).

D — incorreta. Vincular mercantilismo à manutenção de produção de subsistência e à Igreja é impreciso. O mercantilismo é política de Estado voltada ao comércio e à manufatura mercantil e não uma prática religiosa ou voltada à subsistência local.

Dicas para provas: procure palavras-chave como “balança comercial”, “protecionismo”, “acumulação de metais”; elimine alternativas que apresentem ideias opostas ao conceito (por exemplo, “mais importações” ou “política liberal”); desconfiar de afirmações que misturam religião ou subsistência como explicação central do mercantilismo.

Fontes recomendadas: Pierre Deyon, O Mercantilismo; Eli F. Heckscher, Mercantilism; Adam Smith, A Riqueza das Nações (crítica ao mercantilismo).

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