Países negociaram durante 2015 um difícil
acordo sobre as medidas para conter a emissão de gases que podem reforçar o efeito estufa. Há duas décadas, as nações do mundo
vêm negociando incessantemente a construção de um acordo global para adotar medidas
que reduzam as consequências negativas das
ações humanas sobre a vida em nosso planeta.
O foco dessa vez são as mudanças climáticas. A
maioria dos cientistas que estudam o clima está
convicta de que o planeta enfrenta uma ameaça séria: o contínuo aquecimento da atmosfera, e acreditam que esse aquecimento resulta
da ação humana. Um momento importante na
busca por soluções e acordos efetivos aconteceu na grande conferência internacional chamada COP 21, realizada em Paris 2015. O objetivo
do encontro foi obter um acordo global sobre
as mudanças climáticas para vigorar a partir de
2020.
Revista Atualidade Vestibulares. Aquecimento Global
quem paga a conta?. 2015, p. 64. Adaptado
Entre os obstáculos à efetivação desse Acordo
destacou-se
Gabarito comentado
Tema central: A questão aborda os desafios e obstáculos para a implantação do Acordo de Paris (COP21), especialmente as barreiras econômicas e sociais enfrentadas pelos países ao adotar medidas de controle das mudanças climáticas.
Conceitos essenciais: O aquecimento global é impulsionado pela emissão de gases de efeito estufa, resultantes de atividades humanas. O Acordo de Paris estabelece metas para limitar o aumento da temperatura global, exigindo ações de todos os países signatários. Entretanto, implementar essas medidas exige investimentos elevados e adaptações, produzindo receios significativos quanto a possíveis custos econômicos e sociais.
Justificativa da alternativa correta (C):
A alternativa C destaca o receio dos custos econômicos e sociais das medidas. Esse é o principal obstáculo à efetivação do Acordo, pois cortar emissões pode impactar a economia (emprego, indústria, crescimento). O Relatório Stern (2006) esclarece que não agir sai mais caro no futuro, mas exige sacrifícios no presente, o que gera resistência. Políticas climáticas exigem transições industriais, energéticas e sociais complexas. Por isso, o temor dos custos entre países, sobretudo em desenvolvimento, foi o maior desafio discutido em 2015.
Análise das alternativas incorretas:
A) Incorreta. A Rússia participou da COP21 e assinou o acordo, sem boicote explícito nem prioridade geopolítica reconhecida que impedisse a negociação.
B) Incorreta. Não houve boicote do Brasil ou de países emergentes; pelo contrário, participaram ativamente das negociações e firmaram compromissos.
D) Incorreta. O BRICS não resistiu formalmente a aderir ao acordo; todos assinaram e estabeleceram metas próprias, mesmo sendo grandes emissores.
E) Incorreta. Não houve pressão do G20 para adiamento da COP21; o evento foi realizado em 2015, conforme planejado.
Dica de interpretação: Atenção a termos absolutos e dados factuais históricos – boicotes ou ausência de participação são facilmente verificáveis e, neste contexto, não ocorreram. O maior desafio sempre foi dividir os custos e os esforços de mitigação entre países desenvolvidos e em desenvolvimento.
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