Após a queda definitiva de Napoleão Bonaparte (1815), sob o novo governo de Luís XVIII,
foi estabelecida na França uma nova Constituição que combinou aspectos do absolutismo e
do liberalismo. Tratou-se, de certa forma, de uma restauração elitista com o cerceamento de
direitos e liberdades individuais conseguidos durante a Revolução Francesa. No governo
seguinte, de Carlos X, organizou-se uma nova reação liberal, preparando o palco para a
Revolução Liberal de 1830, que, vitoriosa, restabeleceu vários dispositivos liberais
anteriormente suprimidos. Em 1848, ocorre uma nova onda revolucionária na França,
conhecida como a “Primavera dos Povos”.
Assinale a opção que identifica parte das reivindicações defendidas na denominada
“Primavera dos Povos”:
Após a queda definitiva de Napoleão Bonaparte (1815), sob o novo governo de Luís XVIII, foi estabelecida na França uma nova Constituição que combinou aspectos do absolutismo e do liberalismo. Tratou-se, de certa forma, de uma restauração elitista com o cerceamento de direitos e liberdades individuais conseguidos durante a Revolução Francesa. No governo seguinte, de Carlos X, organizou-se uma nova reação liberal, preparando o palco para a Revolução Liberal de 1830, que, vitoriosa, restabeleceu vários dispositivos liberais anteriormente suprimidos. Em 1848, ocorre uma nova onda revolucionária na França, conhecida como a “Primavera dos Povos”.
Assinale a opção que identifica parte das reivindicações defendidas na denominada “Primavera dos Povos”:
Gabarito comentado
Alternativa correta: D
Tema central: as revoluções de 1848 na Europa (a chamada “Primavera dos Povos”) combinaram reivindicações políticas liberais — sobretudo o sufrágio universal masculino em vários países — com demandas sociais exigidas por republicanos e socialistas: direito ao trabalho, garantia de emprego (oficinas nacionais), direito de greve e melhores condições/limitação da jornada.
Resumo teórico curto: entre 1815 e 1848 houve reação restauradora; em 1848 explodiu uma onda revolucionária que articulou duas frentes: liberais (maior participação política, fim de privilégios) e sociais/proletárias (melhorias nas condições de trabalho, proteção social). Na França resultou na queda de Monarquias reacionárias e na proclamação de repúblicas ou reformas (ex.: Segunda República francesa instituiu sufrágio universal masculino e criou os "Ateliers Nationaux"). (Ver: E. Hobsbawm, A Era das Revoluções; verbete “Revolutions of 1848”, Encyclopaedia Britannica.)
Por que a alternativa D está correta: ela reúne as principais bandeiras de 1848 na França: defesa do sufrágio universal, reivindicações socialistas por garantia de emprego, direito de greve e limitação da jornada, e em alguns discursos a preocupação com reformas penais. Esses temas aparecem nas demandas das guildas sociais, nos Ateliers Nationaux e nos programas dos socialistas (p. ex. Louis Blanc).
Análise das incorretas:
A: mistura posições contraditórias — defesa do voto censitário e exclusão das camadas populares é reação conservadora, não reivindicação de 1848; fim do catolicismo como religião oficial não foi demanda central.
B: afirma abolição da propriedade privada e chegada ao comunismo de Marx liderada por liberais: anacrônico e impreciso. Marx criticava as burguesias; não houve lideranças liberais defendendo comunismo; Cavaignac foi um general republicano conservador que combateu socialistas.
C: concentra poderes no rei — postura contrária ao espírito das revoluções de 1848, que lutavam por maior participação política e, em muitos casos, pela república.
E: restringe voto (alfabetização) e reforça poderes judiciais/militares — medidas autoritárias e repressivas, mais características de reações conservadoras posteriores, não das demandas revolucionárias de 1848.
Dica de interpretação: busque palavras-chave: “sufrágio universal”, “direito de greve”, “garantia de emprego” apontam para reivindicações sociais-liberais de 1848; termos como “voto censitário”, “concentração de poderes” ou “fortalecimento militar” sinalizam alternativas reacionárias ou contrárias ao movimento.
Fontes recomendadas: E. Hobsbawm, A Era das Revoluções (1789–1848); Encyclopaedia Britannica, artigo “Revolutions of 1848”.
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