A imprensa escrita veio se instalar no Brasil somente em 1808, com a vinda da família real para o Brasil.
Essa introdução tardia esteve relacionada:
Gabarito comentado
Resposta correta: E
Tema central: controle da informação pela metrópole portuguesa e as razões pela ausência de imprensa no Brasil colonial até 1808. É um tópico recorrente em provas de História do Brasil porque relaciona política imperial, censura e administração colonial.
Resumo teórico: sob o sistema mercantilista e o absolutismo, Portugal buscou manter rigoroso controle sobre circulação de ideias e impressos nas suas colônias. Tipografias e publicações eram vistas como instrumentos políticos e econômicos — por isso a Coroa proibiu ou restringiu a instalação de oficinas tipográficas e sujeitou publicações à autorização régia. Só com a vinda da família real em 1808 foi criada a Impressão Régia no Rio de Janeiro, permitindo imprensa periódica e impressos locais.
Fontes e referências: estudos sobre a Impressa Régia (1808), atuação do Conselho Ultramarino e políticas pombalinas; obras de referência em História do Brasil e textos sobre administração colonial e censura (por exemplo, capítulos sobre imprensa em livros didáticos e artigos acadêmicos sobre a Imprensa Régia).
Por que a alternativa E está correta: A razão direta da “introdução tardia” da imprensa no Brasil foi o controle informativo da Coroa portuguesa — medidas administrativas e culturais que vetavam ou restringiam a instalação de tipografias nas colônias para evitar contestação política e preservar o monopólio cultural e administrativo da metrópole. Assim, a vinda da Corte em 1808 relaxou essas barreiras e introduziu a imprensa oficialmente no território.
Análise das alternativas incorretas:
A. A atuação censória dos jesuítas existiu em áreas religiosas e culturais, mas não foi a causa principal da ausência da imprensa; além disso, os jesuítas foram expulsos em 1759 pelo Marquês de Pombal, antes de influenciar políticas tipográficas coloniais a longo prazo.
B. A inexistência de universidades não explica a ausência de imprensa. Muitos centros impressórios surgiram em locais sem universidades; a questão é política e administrativa, não apenas acadêmica.
C. O número de editoras em Portugal não é causa direta: Portugal já possuía tipografias; o problema era a proibição/metas de controle sobre instalações fora da metrópole.
D. A Inglaterra não interditou a imprensa nas políticas da Coroa portuguesa. Pelo contrário, a presença da Corte portuguesa no Brasil foi facilitada pela aliança com a Inglaterra contra as tropas napoleônicas.
Dica de interpretação: procure termos que indiquem causalidade direta (por que só em 1808?). Pense em quem tinha poder legal para impedir a imprensa: a própria metrópole. Evite confundir atores diferentes (igreja, universidades, estrangeiros) com quem detinha o poder legislativo sobre a colônia.
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