A criação das capitanias hereditárias, em 1534, por Dom João III, tinha por objetivo:
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa D — assegurar a administração da colônia
Tema central: organização administrativa do Brasil colonial no século XVI. A questão exige entender o sistema das capitanias hereditárias (1534) como instrumento político-administrativo usado pela Coroa portuguesa.
Resumo teórico e contexto: Para reduzir custos e proteger o território recém‑descoberto, Dom João III dividiu o litoral em faixas chamadas capitanias, entregues a donatários com poderes para colonizar, defender, distribuir sesmarias, julgar e arrecadar rendas. Era uma delegação de competências da Coroa — combinação de exploração econômica e administração local — que visava governar e ocupar a terra sem grande gasto público.
Justificativa da alternativa correta (D): O objetivo central foi organizar e assegurar a administração efetiva da colônia por meio da descentralização administrativa e da responsabilização dos donatários. Assim, a Coroa mantinha soberania e obtinha serviço de governo local sem instalar imediatamente uma estrutura pública cara.
Análise das alternativas incorretas:
A — consolidar o catolicismo: Incorreta. A Igreja teve papel (padroado), mas a prioridade imediata era ocupação e administração; a catequese foi consequência, não a razão exclusiva.
B — organizar o tráfico negreiro: Incorreta. O tráfico de africanos intensificou‑se depois, especialmente no século XVII; as capitanias não foram criadas com esse fim específico.
C — ampliar a aristocracia portuguesa: Incorreta. Embora criasse privilégios locais, a intenção não era aumentar uma aristocracia, e sim delegar poderes práticos para administrar e colonizar.
E — romper os tratados com os espanhóis: Incorreta. As capitanias não tinham por objetivo romper tratados; Portugal buscava consolidar suas possessões dentro do sistema internacional (Tratado de Tordesilhas), não provocar guerra.
Dicas para prova: Foque em verbos do enunciado (objetivo, finalidade). Perguntas sobre instituições coloniais pedem resposta ligada à função prática (administração/ocupação), não a efeitos secundários.
Fontes recomendadas: livros didáticos de História do Brasil (Boris Fausto; Caio Prado Júnior), manuais de concursos e materiais do IBGE/INEP sobre história colonial.
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