O escritor Eduardo Galeano chamou de rapinagem o que os europeus fizeram com as riquezas da América Latina, durante o Período Colonial, no qual todas as riquezas naturais do continente serviam aos interesses do capital estrangeiro. Para manter esse controle, foi promovido no continente americano um modelo econômico de dependência fundado em grandes oligarquias exportadoras.

Disponível em:

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Acesso em: 4 ago. 2018.

A política de exploração retratada por Galeano está relacionada ao contexto do

Alternativa correta: A

Tema central: trata-se da exploração colonial da América Latina, em que as metrópoles ibéricas controlavam comércio e riquezas. Para responder, é preciso identificar o modelo econômico vigente no Período Colonial e relacioná‑lo ao papel de Portugal e Espanha.

Resumo teórico: o mercantilismo foi a política econômica predominante entre os séculos XVI e XVIII nas potências europeias. Caracteriza‑se por forte intervenção do Estado para acumular metais preciosos, monopólio do comércio colonial, restrição à manufatura nas colônias e legislação que obrigava o tráfico com a metrópole (ex.: Casa de Contratación, leis de navegação). Nas colônias americanas isso gerou um padrão de dependência: exportação de matérias‑primas e importação de manufaturas, sustentando oligarquias exportadoras locais e o enriquecimento da metrópole (ver Eduardo Galeano, As Veias Abertas da América Latina; estudos de história econômica como Braudel).

Justificativa da alternativa A: a afirmação do enunciado — controle por Portugal e Espanha e modelo de dependência com exportações — descreve exatamente práticas mercantilistas. Assim, a opção A é correta porque identifica o regime econômico que orientou a política metropolitana sobre as colônias.

Análise das alternativas incorretas:

B — Industrialismo refere‑se à Revolução Industrial (séculos XVIII–XIX) e à expansão da indústria; não é o modelo imposto durante o Período Colonial ibérico.

C — Iluminismo é um movimento intelectual. Embora alguns pensadores (fisiocratas) defendessem laissez‑faire, o enunciado descreve intervenção estatal e monopólio, o oposto do que C sugere.

D — Feudalismo é o sistema medieval europeu, anterior e estruturalmente distinto; a colonização da América não foi conduzida por “nobres feudais negociando com o rei” nesse sentido.

E — Imperialismo remete à expansão colonial do século XIX (a “nova” partilha da África e Ásia) e à dominação associada ao capitalismo industrial — cronologicamente e conceitualmente diferente do mercantilismo colonial ibérico.

Dica de interpretação: busque palavras‑chave no enunciado (Período Colonial, Portugal/Espanha, controle do comércio, exportação de riquezas). Relacione tempo histórico + atores + mecanismo econômico para eliminar alternativas que indicam períodos ou conceitos incompatíveis.

Fontes indicadas: Eduardo Galeano, As Veias Abertas da América Latina (1971); Fernand Braudel, Civilization and Capitalism (vols. sobre economia moderna); manuais de História Econômica e História da América Latina.

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