Uma análise da Sedição de Juazeiro (1914) foi um acontecimento político que deve ser entendido na
conjuntura:
Gabarito comentado
Alternativa correta: B - da política dos coronéis
Tema central: a questão pede que você situe a Sedição de Juazeiro (1914) na conjuntura política da Primeira República (República Velha). É preciso reconhecer que muitas rebeliões locais desse período expressavam lutas entre elites regionais — o chamado coronelismo — por controle de poder, clientela e votos.
Resumo teórico: Na República Velha (1889–1930) o Estado brasileiro era fragmentado: oligarquias rurais (os “coronéis”) dominavam eleições, controle de terras e violência local. Conflitos abertos — sedições, embates armados — surgiam quando havia disputa entre facções coronelistas ou tentativas de um grupo de romper a hegemonia do outro. Fonte clássica: Victor Nunes Leal, Coronelismo, Enxada e Voto (1948), e estudos sobre a Primeira República que analisam clientelismo e violência política.
Por que B é correta: A Sedição de Juazeiro de 1914 deve ser entendida como expressão de lutas de poder locais entre líderes oligárquicos que disputavam controle político e clientelar. Esses confrontos refletiam o modo coronelista de articulação do poder na região — uso de forças armadas irregulares, disputa por cargos e influência sobre o eleitorado.
Análise das alternativas incorretas
A - dos conflitos religiosos. Embora conflitos religiosos tenham ocorrido em alguns municípios (por exemplo, experiências messiânicas no Nordeste), a sedição de 1914 está mais ligada a rivalidades políticas locais que a motivações religiosas centrais.
C - de oposição ao republicanismo. A maioria das sedições locais na Primeira República não visava derrubar o regime republicano em si, mas alterar a correlação de forças local entre oligarquias; não se tratou de um movimento anti-republicano organizado nacionalmente.
D - de crise da economia algodoeira. Crises econômicas regionais podiam agravar tensões, mas a origem imediata da Sedição é política (controle local) e não uma crise setorial específica que explique a rebelião como causa principal.
E - da emancipação administrativa de vilas e distritos. Emancipações geravam conflitos administrativos, porém a sedição decorre de disputa pelo poder coronelista, não de um processo de criação de municípios.
Estratégia para concursos: associe datas e termos-chave (aqui: "Sedição", 1914, Primeira República) ao contexto institucional predominante — coronelismo, clientelismo e violência política. Se ficar em dúvida, prefira alternativas que indiquem estrutura de poder predominante (coronéis) em vez de causas econômicas ou religiosas isoladas.
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