O crescimento do republicanismo, no Brasil, na segunda metade do século XIX esteve relacionado:
Gabarito comentado
Resposta correta: E
Tema central: o crescimento do republicanismo no Brasil (segunda metade do século XIX). Trata-se de identificar quem foram os agentes sociais e quais foram os canais de difusão das ideias republicanas — ponto muito cobrado em provas de História do Brasil.
Resumo teórico rápido: após 1850 houve forte urbanização e expansão econômica (especialmente café), o que favoreceu o surgimento de uma classe média urbana — profissionais liberais (advogados, médicos, engenheiros), comerciantes, professores — e de uma imprensa mais atuante. Esses grupos, junto com setores militares e intelectuais, criaram clubes, associações e jornais que difundiram críticas ao Império e propostas republicanas. (Ver: Boris Fausto, História do Brasil; Emília Viotti da Costa).
Por que a alternativa E é correta: o republicanismo se espalhou sobretudo nas cidades, por meio de profissionais liberais e jornalistas que articulavam redes de circulação de ideias (clubes republicanos, periódicos, conferências). A imprensa urbana foi veículo-chave para criticar o regime monárquico e organizar movimentos políticos; os profissionais urbanos tinham acesso a espaços de debate e influência sobre a opinião pública.
Análise das alternativas incorretas:
- A (imigrantes): embora o fluxo imigratório tenha sido grande, a maior parte dos imigrantes atuava no campo (trabalhadores rurais) e não foi o principal vetor do republicanismo urbano.
- B (escravos e libertos): escravos não foram base organizada do republicanismo; libertos tinham participação limitada e o voto era restrito — a abolição (1888) gerou descontentamentos, mas não constituiu massa republicana articulada.
- C (ampliação da participação da mulher): a participação política feminina era muito reduzida no século XIX (voto feminino só avançou no século XX); portanto não foi causa do crescimento do republicanismo naquele período.
- D (centralização do Executivo no RJ): a centralização administrativa existia, mas não foi a causa principal do republicanismo; a oposição vinha mais de setores urbanos e militares insatisfeitos com a monarquia e com temas como a questão militar e a abolição sem compensações.
Dica de prova: ao ler enunciados sobre movimentos políticos, pergunte-se "qual é a base social e quais são os meios de difusão (imprensa, clubes, exército)?" — isso ajuda a eliminar alternativas que apontam grupos que, embora importantes historicamente, não foram a força motriz do fenômeno pedido.
Fontes recomendadas: Boris Fausto, História do Brasil; Emília Viotti da Costa, A formação das almas; estudos sobre imprensa e republicanismo no final do Império.
Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!





