A partir do século III, o
Império Romano viveu uma crise
econômica prolongada: as pessoas não
encontravam trabalho nas cidades e
tinham dificuldades de sobreviver devido à
inflação. Além disso, ocorreu também um
aumento da insegurança nas cidades,
devido à pressão e aos ataques dos
germanos.
Sobre a Crise do Império Romano e a
formação da Europa Medieval, assinale a
alternativa correta:
A partir do século III, o Império Romano viveu uma crise econômica prolongada: as pessoas não encontravam trabalho nas cidades e tinham dificuldades de sobreviver devido à inflação. Além disso, ocorreu também um aumento da insegurança nas cidades, devido à pressão e aos ataques dos germanos.
Sobre a Crise do Império Romano e a formação da Europa Medieval, assinale a alternativa correta:
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa C
Tema central: a crise do Império Romano (séc. III‑V) e as transformações sociais e políticas que levaram à formação da Europa medieval — em especial as instituições germânicas que influenciaram a organização militar e política.
Resumo teórico: Com o declínio do poder central romano e as pressões migratórias/invasões, grupos germânicos formaram estruturas onde laços pessoais de fidelidade entre chefe e guerreiros eram centrais. Tacitus (Germania) descreve esse tipo de ligação; obras modernas como Peter Heather (The Fall of the Roman Empire) e Peter Brown (The World of Late Antiquity) aprofundam esse quadro. O termo comitatus designa esse núcleo de guerreiros unidos ao líder por vínculos de lealdade e distribuição de despojos/títulos — fundamento das elites militares medievais.
Justificativa da alternativa C: A alternativa define corretamente o comitatus como grupo de guerreiros ligados a um chefe militar por lealdade e honra — conceito bem atestado nas fontes antigas e na historiografia. É a explicação correta sobre uma das instituições germânicas influentes na Idade Média.
Análise das alternativas incorretas:
A — confunde o colonato tardio: os colonos (coloni) ficaram vinculados à terra, mas não recebiam salário mensal; tratava‑se de obrigações de trabalho/renda e de vinculação pessoal e territorial, precursor do servilismo medieval, não uma relação assalariada.
B — anacronismo e erro factual: os hunos empurraram vários povos para o Ocidente, mas não conquistaram Roma em 1453. A queda de Constantinopla em 1453 é evento otomano e fora do contexto das invasões germânicas/queda do Império Romano do Ocidente (476).
D — impreciso: o direito germânico era majoritariamente consuetudinário (baseado em costumes), frequentemente transmitido oralmente; só mais tarde algumas leis foram codificadas (ex.: Lex Salica). Não havia um código único escrito aplicável uniformemente nem sempre o rei atuava como único juiz supremo.
E — simplificação indevida: os movimentos germânicos incluíram migrações pacíficas e contratos de serviço (foederati), mas também incursões e tomadas de território. Descrever os povos germanos como “pacíficos” é incorreto.
Dica de prova: procure termos-chave (p. ex. “mensal”, “1453”, “conjunto de leis escritas”) e identifique anacronismos ou definições que contradizem conceitos básicos (assalariamento rural tardio ≠ colonato; comitatus = lealdade militar pessoal).
Fontes sugeridas: Tacitus, Germania; Peter Heather, The Fall of the Roman Empire; Peter Brown, The World of Late Antiquity.
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