Leia o texto a seguir:
“Todo poder vem de Deus. Os governantes, pois, agem como ministros de Deus e seus
representantes na terra. Consequentemente, o trono real não é o trono de um homem, mas
o trono do próprio Deus.
Resulta de tudo isso que a pessoa do rei é sagrada, e que atacá-lo de qualquer maneira é
sacrilégio. (...)
O poder real é absoluto. O príncipe não precisa dar contas de seus atos a ninguém.”
(Jaques-Bénigne Bossuet, 1627-1704)
Assinale a alternativa que apresenta a forma de governo à qual o trecho se refere.
Leia o texto a seguir:
“Todo poder vem de Deus. Os governantes, pois, agem como ministros de Deus e seus representantes na terra. Consequentemente, o trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus.
Resulta de tudo isso que a pessoa do rei é sagrada, e que atacá-lo de qualquer maneira é sacrilégio. (...)
O poder real é absoluto. O príncipe não precisa dar contas de seus atos a ninguém.”
(Jaques-Bénigne Bossuet, 1627-1704)
Assinale a alternativa que apresenta a forma de governo à qual o trecho se refere.
Gabarito comentado
Alternativa correta: C - Absolutismo monárquico
Tema central: Trata-se da teoria do direito divino e da prática do absolutismo, modelo em que o soberano concentra poder político total e justifica sua autoridade como proveniente de Deus. Esse conhecimento é recorrente em questões sobre Estados modernos e monarquias europeias (séculos XVI–XVIII).
Resumo teórico claro e progressivo:
1) Direito divino: a ideia de que a autoridade do rei é sagrada e delegada por Deus (defendida por autores como Bossuet).
2) Absolutismo: centralização do poder nas mãos do monarca; ausência de prestação de contas a outros poderes; administração e exército subordinados ao rei; exemplo clássico: Luís XIV da França ("L'État, c'est moi" — frase ilustrativa).
Fontes sugeridas: Jacques-Bénigne Bossuet (discursos sobre o direito divino), Encyclopaedia Britannica — verbete "Absolutism", manuais de História Moderna.
Justificativa da alternativa correta:
O trecho afirma que “todo poder vem de Deus”, que o rei é representante divino, sua pessoa é sagrada e que o príncipe “não precisa dar contas de seus atos”. Esses elementos definem precisamente o absolutismo monárquico, cuja essência é a autoridade ilimitada do monarca sustentada por legitimidade religiosa e política — correspondendo à alternativa C.
Análise das alternativas incorretas:
A — Democracia representativa: incompatível: democracia pressupõe soberania popular e mecanismos de representação e responsabilidade, o oposto da sacralização do rei.
B — Monarquia constitucional: errado: monarquia constitucional limita o poder do monarca por lei/constituição e costuma ter órgãos de controle (parlamento, tribunais); não se encaixa na ideia de poder absoluto.
D — República monarquista: termo contraditório (república = sem rei); não descreve o contexto teórico do direito divino.
E — Monarquia populista religiosa: expressão anacrônica e imprecisa para o contexto histórico; o texto refere-se a justificativa teórica clássica (direito divino), não a um fenômeno contemporâneo de liderança populista.
Estratégias de interpretação para concursos:
- Procure palavras-chave: “todo poder vem de Deus”, “sagrada”, “não precisa dar contas” indicam autoridade ilimitada.
- Diferencie termos próximos: “monarquia constitucional” limita; “absolutismo” concentra. Se o enunciado fala em ausência de limites, pense em absolutismo.
- Atenção a termos confusos ou inexistentes (ex.: “república monarquista”) — geralmente são distratores.
Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!





