“Criticamos toda sociedade em que as pessoas são passivas.” Daniel Cohn-Bendit, Londres, junho de 1968
“Nosso programa baseia- se na convicção de que o homem e a humanidade são capazes não apenas de aprender sobre o mundo, mas também de mudá- lo.”
Alexander Dubcek, Boêmia, maio de 1968
Citados por Mark Kurlansky. . 1968, o ano que abalou o mundo. Rio de Janeiro: José
Olimpio,2005
As frases acima são de dois personagens centrais dos episódios rebeldes de 1968. Daniel Cohn- Bendit participou das lutas estudantis na França e Alexander Dubcek foi um dos líderes da “Primavera de Praga”. Podemos dizer que as frases
“Nosso programa baseia- se na convicção de que o homem e a humanidade são capazes não apenas de aprender sobre o mundo, mas também de mudá- lo.”
Alexander Dubcek, Boêmia, maio de 1968
Citados por Mark Kurlansky. . 1968, o ano que abalou o mundo. Rio de Janeiro: José
Olimpio,2005
As frases acima são de dois personagens centrais dos episódios rebeldes de 1968. Daniel Cohn- Bendit participou das lutas estudantis na França e Alexander Dubcek foi um dos líderes da “Primavera de Praga”. Podemos dizer que as frases
Gabarito comentado
Alternativa correta: D
Tema central: as mobilizações de 1968 e a ideia comum de participação política ativa. Para resolver a questão é preciso reconhecer o contexto de duas experiências diferentes — as lutas estudantis em França (Maio de 1968) e a "Primavera de Praga" na Checoslováquia — e identificar o sentido das frases citadas: crítica à passividade social e fé na capacidade humana de transformar o mundo.
Resumo teórico: Maio de 1968 na França foi um amplo movimento estudantil e operário que contestou a sociedade de consumo, a autoridade e políticas conservadoras; figuras como Daniel Cohn-Bendit defendiam ação direta e participação. A Primavera de Praga (1968), liderada por Alexander Dubček, buscou um "socialismo com rosto humano": reformas internas ao regime comunista para ampliar liberdades e participação social, não retorno ao socialismo real autoritário nem apatia. (Fonte sugerida: Mark Kurlansky, 1968, o ano que abalou o mundo.)
Justificativa da alternativa D: ambas as frases valorizam a participação ativa e a transformação social — Cohn-Bendit critica a passividade; Dubček afirma que é possível aprender e mudar o mundo. Logo, as posições assemelham-se quanto ao valor da ação política popular, embora surjam em contextos diferentes (protesto contra capitalismo liberal-autoritário na França; reforma interna ao regime socialista na Checoslováquia).
Análise das alternativas incorretas:
A — Incorreta: reduz demasiadamente os movimentos. O Maio de 1968 não se resume a "busca da anarquia" e Dubček não defendia o dogmático "socialismo real": buscava reformar o socialismo para torná-lo mais democrático.
B — Incorreta: chama as ações de "utópicas e anti-populares". Pelo contrário, ambos visavam ampliar a participação popular e mobilizar amplos setores (estudantes, trabalhadores, cidadãos).
C — Incorreta: interpreta mal a frase de Dubček. Ele não privilegia mera observação; afirma a capacidade de aprender e alterar a realidade — posição ativa, não contemplativa.
E — Incorreta: falsa premissa histórica. A França não era um país socialista em 1968; era uma república capitalista democrática, palco de protestos contra várias formas de autoridade.
Dica de prova: procure termos-chave nas frases (passividade, mudar o mundo) e confronte com o contexto histórico; desconfie de alternativas que exageram (absolutos) ou que trocam as intenções políticas originais dos atores.
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