https://www .google.com.br/search?q=escambo+indios+e+portugueses&esp. Acesso em: 05 out.2014.

Prática recorrente nos primeiros séculos da colonização do Brasil, o escambo consistia na troca ou permuta de mercadorias, ou mesmo na troca de mercadorias por trabalho. Assinale a alternativa que melhor caracteriza essa relação no contexto colonial.

Sobre o escambo no Brasil colonial, vamos selecionar a alternativa correta:

A) Incorreta – Esta alternativa está incorreta porque, embora o escambo fosse uma prática comum, ele não impediu que os índios fossem submetidos à escravidão. Na verdade, os indígenas foram frequentemente escravizados, especialmente no início da colonização, antes da intensificação do tráfico de africanos. A escravidão indígena foi uma realidade em várias partes do Brasil, e o escambo não teve o efeito de "salvaguarda" dos índios.

B) Correta – O escambo era uma prática comum nos primeiros séculos da colonização do Brasil, especialmente no início da ocupação portuguesa, quando ainda não havia uma estrutura econômica sólida. A troca de mercadorias entre colonizadores e indígenas permitiu que os portugueses obtivessem produtos necessários para sua subsistência, como alimentos (milho, farinha, mandioca) e até mesmo pau-brasil, em troca de objetos europeus, como espelhos, ferramentas, miçangas e tecidos. Essa prática não envolvia dinheiro, pois a economia monetária ainda estava em desenvolvimento, e o escambo serviu como uma forma primitiva de comércio entre as diferentes culturas.

C) Incorreta – Os colonizadores ofereciam esses itens com o objetivo de obter vantagens econômicas ou estratégicas, como o pau-brasil ou mão-de-obra indígena. Não se tratava de um ato de generosidade, mas de uma relação comercial que beneficiava os europeus. Além disso, a ideia de "fortalecer a paz entre as várias etnias" não era uma prioridade para os colonizadores.

D) Incorreta – Esta afirmação está incorreta, pois o escambo foi, sim, utilizado em algumas circunstâncias para obter controle sobre os indígenas, que podiam acabar sendo escravizados. Além disso, a menção ao Santo Ofício é enganosa, pois as visitações do Santo Ofício, que buscavam heresias e práticas contrárias ao catolicismo, não eram focadas em investigar as práticas de escambo, mas sim em questões religiosas.

Gabarito – Letra B

Referência:

Marchant, Alexander. "Do escambo à escravidão: as relações econômicas de portugueses e índios na colonização do Brasil, 1500-1580." Brasiliana (1943).