Na Roma antiga, por não possuir partidos políticos, era comum uma prática eleitoreira de certos políticos que
consistia em privilegiar um conjunto de indivíduos dependentes, em troca de seus votos. Essa prática ficou conhecida
como:
Gabarito comentado
Alternativa correta: C - Clientelismo
1) Tema e relevância
A questão trata da prática eleitoral e das relações sociais na Roma antiga — essencial para entender como funcionavam poder, influência e representação política em sociedades pré-partidárias. Reconhecer termos como clientela e patronus é frequente em provas de História Geral e de Roma Antiga.
2) Resumo teórico
Na Roma republicana existia a relação patrono–cliente: o patronus (patrão) oferecia proteção, favores jurídicos, ajuda financeira ou emprego; o cliens prestava obediência, apoio público e votos em assembleias. Essa rede de dependência política e pessoal — em que benefícios são trocados por apoio eleitoral — é chamada de clientelismo (do latim clientela). Fontes clássicas (ex.: textos de Cícero) e obras modernas (ex.: Oxford Classical Dictionary; The Cambridge Ancient History) tratam desse fenômeno.
3) Justificativa da alternativa correta
A descrição do enunciado — "políticos privilegiavam indivíduos dependentes em troca de votos, sem partidos" — corresponde exatamente ao conceito de clientelismo. É a prática de trocar benefícios pessoais por apoio político dentro de redes pessoais de dependência, característica central das eleições romanas.
4) Análise das alternativas incorretas
A - Colonato: refere-se ao sistema agrário tardorromano/medieval em que os coloni (arrendatários) estavam vinculados à terra — questão econômica e fundiária, não prática eleitoral.
B - Patronato: termo próximo (relaciona-se a 'patronage' ou a papel do patrono), mas menos preciso; o foco do enunciado é a troca de votos por favores dentro da clientela. Em concursos, o termo técnico correto é clientelismo.
D - Assistencialismo: refere-se a políticas públicas ou distribuição de assistência social; embora envolva distribuição de benefícios, é conceito moderno e impessoal, não descreve a rede de dependência pessoal e eleitoral típica da Roma antiga.
5) Estratégia para resolver questões semelhantes
Procure palavras-chave: "sem partidos", "dependentes", "em troca de votos" indicam relações pessoais/clientela. Desconfie de termos modernos (assistencialismo) ou de palavras parecidas mas mais gerais (patronato) — prefira o termo técnico histórico (clientelismo/clientela).
Fontes sugeridas: textos de Cícero sobre relações patrono–cliens; Oxford Classical Dictionary; The Cambridge Ancient History (para contexto político e social).
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