Questão 0fd57ab9-d6
Prova:FEEVALE 2018
Disciplina:História
Assunto:Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

“A partir do século XVI, a empresa colonial giraria em torno da cana: a formação de vilas e cidades, a defesa de territórios, a divisão de propriedades, as relações com os diferentes grupos sociais e até a escolha da capital. [...] No entanto, a despeito das tentativas da metrópole de controlar a colônia, a descentralização era evidente. O centro da vida, o local de mando e de hierarquia permanecia retido, real e simbolicamente, em torno da casa-grande e do engenho.”


(SCHWARCZ, Lília; STARLING, Heloisa. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015)



Sobre o Brasil no período colonial, assinale verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmações que seguem.


( ) O Brasil já teve várias capitais, sendo a primeira, Salvador, na Bahia. Sua escolha se deveu ao fato de ser o Nordeste a principal região açucareira à época.

( ) Os engenhos eram as regiões para onde iam aqueles que fugiam da situação de escravização, organizando espaços de resistência.

( ) O modelo da chamada “civilização do açúcar” era baseado na monocultura, no latifúndio e na escravização.


Marque a alternativa que preenche corretamente os parênteses, de cima para baixo

A
V – V – V
B
F – F – V
C
V – F – V
D
V – F – F
E
F – V – F

Gabarito comentado

A
Anderson MaiaMonitor do Qconcursos

Resposta correta: C

Tema central: estrutura socioeconômica do Brasil colonial — especialmente o papel da cana-de-açúcar, a organização dos engenhos e as formas de resistência escrava. É preciso diferenciar termos-chave (engenho, quilombo/mocambo, monocultura, latifúndio) e saber fatos cronológicos básicos (Salvador como primeira capital, 1549).

Resumo teórico (sintético): A “civilização do açúcar” refere-se ao modelo econômico e social dominante no Nordeste colonial: produção voltada à exportação (monocultura), grandes propriedades (latifúndios), trabalho escravo africano e concentração do poder no engenho/casa-grande (ver Gilberto Freyre; Schwarcz & Starling, Brasil: uma biografia, 2015). A capital Salvador foi instalada em 1549 para melhor organizar a colonização e proteger os centros açucareiros. A fuga de escravos formou quilombos/mocambos, espaços de resistência, não os próprios engenhos.

Justificativa das sentenças

1ª (V) — Verdadeira: Salvador foi a primeira capital (1549). A escolha esteve ligada à concentração do poder político/militar na região Nordeste, onde se desenvolvia a economia açucareira.

2ª (F) — Falsa: Engenhos eram unidades produtivas (moinhos, senzalas, casa-grande). Quem fugia do cativeiro organizava-se em quilombos/mocambos — territórios de resistência, como o Quilombo dos Palmares.

3ª (V) — Verdadeira: O modelo açucareiro assentou-se em monocultura voltada à exportação, latifúndio e trabalho escravo — conjunto que conferiu forte concentração social e economia dependente do açúcar.

Análise das alternativas incorretas

A — (V–V–V): incorreta porque a 2ª é falsa (engenhos ≠ locais de refúgio).
B — (F–F–V): incorreta porque a 1ª é verdadeira (Salvador foi capital inicial).
D — (V–F–F): incorreta porque a 3ª é verdadeira (modelo do açúcar = monocultura/latifúndio/escravidão).
E — (F–V–F): incorreta em todas as colocações: 1ª e 3ª são verdadeiras e a 2ª é falsa.

Estratégia de prova: ao resolver, sublinhe termos-chave (ex.: engenho × quilombo; monocultura; latifúndio) e relacione com conceitos históricos básicos antes de marcar.

Fontes: Schwarcz & Starling, Brasil: uma biografia (2015); Gilberto Freyre, Casa-Grande & Senzala (contexto interpretativo).

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