Questão 0fb10b19-36
Prova:UNESP 2010
Disciplina:Português
Assunto:Flexão verbal de número (singular, plural), Flexão verbal de pessoa (1ª, 2ª, 3ª pessoa), Morfologia - Verbos

Como se verifica na leitura atenta do soneto, o eu-lírico dirige-se ao coração servindo-se do tratamento de segunda pessoa do singular (tu, te, ti, contigo). Se utilizasse o tratamento de segunda pessoa do plural, o último terceto assumiria a seguinte forma:

Instrução: A  questão  toma  por base o soneto Acrobata da dor, do poeta simbolista brasileiro Cruz e Sousa (1861-1898):


                                             Acrobata da Dor


                             Gargalha, ri, num riso de tormenta,

                             como um palhaço, que desengonçado,

                             nervoso, ri, num riso absurdo, inflado

                             de uma ironia e de uma dor violenta.


                             Da gargalhada atroz, sanguinolenta,

                             agita os guizos, e convulsionado

                             Salta, gavroche, salta clown, varado

                             pelo estertor dessa agonia lenta...


                             Pedem-te bis e um bis não se despreza!

                             Vamos! retesa os músculos, retesa,

                             nessas macabras piruetas d’aço...


                             E embora caias sobre o chão, fremente,

                             afogado em teu sangue estuoso e quente,

                             ri! Coração, tristíssimo palhaço.


                (João da Cruz e Sousa. Obra completa. Rio de Janeiro: Editora Aguilar, 1961.)

A
E embora caiais sobre o chão, fremente, / afogado em vosso sangue estuoso e quente, / rides! coração, tristíssimo palhaço.
B
E embora caisteis sobre o chão, fremente, / afogado em vosso sangue estuoso e quente, / riais! coração, tristíssimo palhaço.
C
E embora caís sobre o chão, fremente, / afogado em vosso sangue estuoso e quente, / riais! coração, tristíssimo palhaço.
D
E embora caiais sobre o chão, fremente, / afogado em seu sangue estuoso e quente, / riai! coração, tristíssimo palhaço.
E
E embora caiais sobre o chão, fremente, / afogado em vosso sangue estuoso e quente, / ride! coração, tristíssimo palhaço.

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