Nos anos 1920/30, com a ascensão do fascismo na Itália e do nazismo na Alemanha, movimentos
congêneres surgiram em várias partes do mundo. Analisando o caso brasileiro, no mesmo período,
podemos afirmar, corretamente, que:
Gabarito comentado
Resposta correta: B
Tema e relevância: A questão trata da influência dos regimes fascistas europeus (Itália, Alemanha) sobre movimentos no Brasil nas décadas de 1920/30. Para provas, é preciso distinguir características ideológicas (nacionalismo, anticomunismo, culto ao líder, paramilitarismo) de políticas específicas (fechamento de escolas, perseguição étnica idêntica, etc.).
Resumo teórico: O fascismo é um movimento autoritário e ultranacionalista que propõe mobilização de massas, liderança forte, corporativismo e repressão de opositores. Fontes clássicas: Roger Griffin, The Nature of Fascism; Stanley G. Payne, A History of Fascism. No Brasil, a Ação Integralista Brasileira (AIB), liderada por Plínio Salgado, incorporou várias dessas marcas.
Por que a alternativa B está correta: A ação integralista apresentou semelhanças claras com o fascismo europeu — nacionalismo exacerbado, anticomunismo, organização paramilitar (camisas-verdes), símbolos e rituais de massa, defesa de ordem autoritária e corporativismo. Esses elementos justificam a comparação com o fascismo, ainda que houvesse diferenças locais.
Análise das alternativas incorretas:
A — Falsa. O Estado brasileiro não promoveu fechamento generalizado de escolas copiando a Itália. Regimes autoritários podem controlar e direcionar a educação, mas "fechar escolas públicas" não foi característica generalizada do período.
C — Falsa. A perseguição nazista foi racista e sistemática contra minorias étnicas. Os comunistas, no Brasil, não promoveram perseguição étnica análoga; a repressão comunista é, historicamente, mais orientada por purgas políticas e classistas em contextos soviéticos, não equivalente ao antissemitismo nazista.
D — Falsa. O movimento operário brasileiro, em sua maioria, não apoiou a centralização autoritária tipo partido único fascista; grande parte do movimento defendia sindicalismo, reformas sociais e, em setores, alinhamento a ideias socialistas/comunistas que se opunham ao fascismo.
E — Falsa. Os anarquistas são antiautoritários; defendem descentralização e oposição ao Estado e a líderes fortes — portanto, opostos à concentração de poder em um único líder.
Dica para provas: Procure características essenciais (ideológicas e organizacionais) em vez de ações pontuais. Desconfie de alternativas abrangentes que generalizam ("copiou", "promoveram") sem nuance.
Referências sugeridas: Roger Griffin, The Nature of Fascism; Stanley G. Payne, A History of Fascism; Robert M. Levine, The Vargas Regime.
Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!





