A expulsão dos jesuítas do Brasil, no século XVIII, está relacionada:
Gabarito comentado
Alternativa correta: A - à administração pombalina
1) Tema central: a questão trata da expulsão dos jesuítas do Brasil no século XVIII e sua ligação com as reformas do Marquês de Pombal. É importante conhecer o contexto político (Estado português intensificando controle colonial), as reformas pombalinas e o papel social e econômico da Companhia de Jesus nas aldeias e na educação.
2) Resumo teórico: a partir de 1750–1760, Sebastião José de Carvalho e Mello (Marquês de Pombal) implementou uma política de centralização e secularização. Em 1759 foi determinado o desenraizamento do poder jesuíta: acusados de exercer poder paralelo, defender interesses próprios e proteger indígenas contra a exploração colonial, os jesuítas foram expulsos de Portugal e de suas colônias. O Estado confiscou bens, incorporou missões ao controle régio e reorganizou a administração e a economia colonial.
Fontes e leituras: consulte a Carta Régia de 1759 (documento do processo pombalino) e obras de referência como Boris Fausto, História do Brasil (cap. sobre o século XVIII) e estudos sobre Pombal e a Companhia de Jesus.
4) Justificativa da alternativa A: a expulsão foi medida central da administração pombalina para afirmar o poder do Estado sobre religiões e instituições que competiam com a coroa. Pombal via os jesuítas como entrave às políticas mercantilistas e à exploração económica (controvérsia sobre trabalho indígena nas aldeias vs. escravização pelas autoridades coloniais) e como um grupo com forte influência política e cultural. Assim, a expulsão é diretamente vinculada às ações do governo pombalino.
5) Por que as demais alternativas estão erradas:
B — lutas pela independência: cronologia incorreta. A expulsão ocorreu em 1759, muito antes dos movimentos de independência (início do século XIX).
C — entrada das ordens franciscanas: ordens como a franciscana já atuavam na Colônia anteriormente; a presença delas não explica a expulsão dos jesuítas.
D — destruição dos aldeamentos pelos indígenas: simplificação e inversão dos fatos. As aldeias jesuíticas (reduções) eram centros de organização indígena sob tutela jesuíta; a expulsão foi política e administrativa, não resultado direto de destruição por indígenas.
E — proibição da educação aos colonos pelos padres: falso. Os jesuítas eram responsáveis por grande parte da educação e missões; a expulsão não decorreu de proibir ensino, mas de conflito de poder com o Estado.
Dica de prova: identifique palavras-chave (século XVIII, expulsão, Brasil) e relacione com protagonistas (Pombal, Companhia de Jesus). Desconfie de alternativas que sejam anacrônicas ou que invertam causa e efeito.
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