O Convênio de Taubaté, assinado entre São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, em 1906, visava:

limitar a ação do Estado no comércio interno.

introduzir o café no mercado latino-americano.

exigir do Estado a manutenção das políticas de imigração.

assegurar a estabilidade do café na pauta comercial do país.

tornar o café o único produto da pauta de exportação do Brasil.

Gabarito comentado

Gabrielle FrancoMonitor do Qconcursos

Alternativa correta: D — assegurar a estabilidade do café na pauta comercial do país.

Tema central: o Convênio de Taubaté (1906) trata da política de valorização do café, ou seja, das medidas adotadas pelos governos estaduais e federal para estabilizar preços e proteger a economia brasileira, fortemente dependente do produto.

Resumo teórico: após a queda dos preços internacionais, produtores paulistas e mineiros pressionaram o Estado por intervenção. O convênio estabeleceu mecanismos de intervenção pública — empréstimos e compra/estoque de excedentes — para reduzir a oferta no mercado e elevar/estabilizar os preços. Foi a consolidação de uma política de valorização que marcou a economia brasileira nas primeiras décadas do século XX (ver: Boris Fausto, História do Brasil; Thomas Skidmore, Brazil: Five Centuries of Change).

Por que a alternativa D é correta: o objetivo explícito do convênio era assegurar a estabilidade do preço do café e, assim, manter sua posição como principal produto de exportação. A intervenção estatal para compra de estoques e obtenção de crédito foi a ferramenta escolhida para essa estabilidade.

Análise das alternativas incorretas:

A — Errada: o convênio aumentou, e não limitou, a ação do Estado na economia, pois previa intervenção para controlar preços.

B — Errada: o café já era exportado amplamente; o convênio não tinha como meta “introduzi-lo” no mercado latino‑americano.

C — Errada: a discussão principal foi econômica (valorização), não política migratória; políticas de imigração eram tratadas em outros contextos.

E — Errada: embora o café fosse dominante, o convênio visava estabilizar sua pauta, não eliminar outras exportações — o termo “único produto” é exagero absoluto.

Dica de prova: procure palavras-chave no enunciado como “valorização/estabilidade”, “1906/Convênio de Taubaté” e desconfie de alternativas absolutas (ex.: “único”).

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