A Revolução Industrial definiu a Divisão
Internacional do Trabalho, em que a maioria dos
países passou a se empenhar na produção de
matérias-primas para alimentar o setor industrial
instalado em poucos países.
No que se refere à Revolução Industrial, assinale o que
for correto.
Gabarito comentado
Alternativa correta: C — Certo
Tema: Revolução Industrial e a formação da Divisão Internacional do Trabalho.
Resumo teórico e contextualização: A Revolução Industrial (iniciada na Grã‑Bretanha, final do século XVIII e séc. XIX) concentrou produção industrial mecanizada em poucos países que dominaram tecnologias e capitais. Esse processo reorganizou a economia mundial: países industrializados passaram a produzir bens manufaturados em escala, enquanto muitas regiões passaram a exportar primariamente matérias‑primas e produtos agrícolas para alimentar essas indústrias. Esse padrão é descrito por autores como E. Hobsbawm, Immanuel Wallerstein (sistema-mundo) e Kenneth Pomeranz (The Great Divergence).
Justificativa da alternativa correta: A afirmação está correta porque sintetiza o núcleo da transformação econômica resultante da Revolução Industrial: formação de um core industrial e de uma periferia fornecedora de insumos. Economias da América Latina, África e partes da Ásia — muitas vezes sob dominação colonial ou forte subordinação comercial — especializaram‑se na exportação de minérios, produtos agrícolas e matérias‑primas (ex.: borracha, café, algodão, açúcar, metais), enquanto os países industrializados exportavam produtos manufaturados. Esse padrão corresponde exatamente ao conceito de Divisão Internacional do Trabalho, que descreve a divisão global entre produção de bens primários e bens industriais.
Dica de prova (estratégia): Identifique palavras‑chave como Divisão Internacional do Trabalho e «maioria dos países» — a alternativa generaliza, mas refere‑se ao padrão estrutural dominante desde o século XIX. Relacione termos a autores/teorias (sistema‑mundo, núcleo/periferia) para confirmar a interpretação.
Fontes recomendadas para aprofundar: E. J. Hobsbawm, The Age of Capital; Immanuel Wallerstein, The Modern World‑System; Kenneth Pomeranz, The Great Divergence.
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