A Revolução Industrial, iniciada no século XVIII na
Europa, estimulou o expansionismo e o colonialismo
europeu, concretizados através dos descobrimentos
além-mar. É o caso do Brasil, descoberto, nesse
período, pelos portugueses.
No que se refere à Revolução Industrial, assinale o que
for correto.
Gabarito comentado
Resposta correta: E — Errado
Tema central: compreender a diferença cronológica e causal entre a Era dos Descobrimentos (séculos XV–XVI) e a Revolução Industrial (a partir do século XVIII), e como cada processo influenciou o expansionismo europeu de formas distintas.
Resumo teórico:
- A Era dos Descobrimentos (fim do século XV e XVI) é quando as grandes navegações portuguesas e espanholas levaram ao "descobrimento" do Brasil em 1500 (Carta de Pero Vaz de Caminha).
- A Revolução Industrial começa na Inglaterra no século XVIII e transforma produção, transporte e economia. No século XIX ela alimentou o chamado "novo imperialismo" — expansão colonial mais agressiva —, mas isso é distinto dos descobrimentos marítimos dos séculos anteriores.
- Portanto, dizer que a Revolução Industrial “concretizou os descobrimentos além-mar” e que o Brasil foi descoberto nesse período é um erro cronológico e conceitual.
Justificativa do gabarito (por que E é correto):
- A afirmação mistura períodos: o Brasil foi encontrado em 1500, bem anterior à Revolução Industrial (século XVIII).
- Embora a Revolução Industrial tenha impulsionado o expansionismo colonial do século XIX (busca por matérias-primas e novos mercados), ela não originou os descobrimentos marítimos nem o “descobrimento” do Brasil.
Dica de prova — como interpretar enunciados semelhantes:
- Procure palavras absolutas ou anacrônicas (ex.: “nesse período”, “foi descoberto nesse período”) — confirme as datas.
- Separe processos parecidos: “descobrimentos” (séculos XV–XVI) ≠ “imperialismo ligado à Revolução Industrial” (século XIX).
- Se ficar em dúvida, lembre-se: Brasil — 1500 (navegações portuguesas); Revolução Industrial — desde c.1760 (Inglaterra).
Fontes recomendadas: T. S. Ashton, The Industrial Revolution (1948); Carta de Pero Vaz de Caminha (1500); Eric Hobsbawm, A Era das Revoluções.
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