Leia o texto escrito por um contemporâneo à Revolução
Francesa.
O poder executivo em cada país está nas mãos
de uma pessoa chamada rei. Mas a constituição
francesa distingue entre o rei e o soberano. Ela
considera a posição de rei como oficial mas coloca
a soberania na nação.
(PAINE, Thomas. Os Direitos do Homem; uma resposta ao ataque do Sr. Burke à Revolução
Francesa. Petrópolis: Vozes, 1989, p. 75. Originalmente publicado em 1791-1792.)
Refletindo sobre o texto, é correto associá-lo a uma das
ideias da filosofia iluminista. Trata-se
Leia o texto escrito por um contemporâneo à Revolução Francesa.
O poder executivo em cada país está nas mãos de uma pessoa chamada rei. Mas a constituição francesa distingue entre o rei e o soberano. Ela considera a posição de rei como oficial mas coloca a soberania na nação.
(PAINE, Thomas. Os Direitos do Homem; uma resposta ao ataque do Sr. Burke à Revolução Francesa. Petrópolis: Vozes, 1989, p. 75. Originalmente publicado em 1791-1792.)
Refletindo sobre o texto, é correto associá-lo a uma das
ideias da filosofia iluminista. Trata-se
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa A
Tema central: a questão trata da ideia de soberania popular — núcleo do Contrato Social iluminista, segundo a qual a autoridade política emana do povo e não do direito divino do rei.
Resumo teórico claro: autores como Jean-Jacques Rousseau (O Contrato Social, 1762) e pensadores revolucionários defendem que a legitimidade do poder depende de um acordo entre cidadãos: a soberania pertence à nação/ao povo. A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789) reforça esse princípio. Thomas Paine, citado, faz essa mesma distinção entre o cargo do rei e a soberania popular.
Justificativa da alternativa A: o enunciado destaca que a constituição "coloca a soberania na nação" — formulação típica do Contrato Social. Logo, a alternativa A é correta porque identifica corretamente o povo como elemento soberano.
Análise das alternativas incorretas:
B (Constitucionalismo garantindo o direito divino do rei): incorreta. O constitucionalismo moderno limita o poder real e subordina o monarca à lei; não legitima o direito divino absolutista — exatamente o oposto do texto.
C (Liberdade Comercial / laissez‑faire): incorreta. Trata-se de doutrina econômica sobre mercado e intervenção estatal, sem relação direta com a questão da soberania política mencionada.
D (Igualdade Jurídica que garante privilégios da nobreza): incorreta. A igualdade jurídica iluminista visa eliminar privilégios, não garantir privilégios da nobreza; a opção confunde totalmente o conteúdo.
E (Divisão de Poderes com Legislativo, Executivo, Judiciário e Moderador): incorreta para este contexto. Embora a separação de poderes (Montesquieu) seja tema iluminista importante, o trecho focaliza quem detém a soberania (o povo), não a organização técnico‑institucional dos poderes; além disso, a presença de um "moderador" não é o ponto-chave do texto apresentado.
Dica de prova: busque palavras-chave do enunciado (ex.: "soberania", "nação", "rei") e associe-as aos conceitos centrais dos autores (Rousseau, Locke, Declaration 1789). Desconfie de alternativas que tragam termos técnicos corretos, mas que não respondem ao foco do enunciado — são as pegadinhas mais comuns.
Fontes sugeridas: Rousseau, O Contrato Social (1762); Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789); Thomas Paine, Rights of Man (1791‑92).
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