Questão 0896131d-dd
Prova:UEM 2011, UEM 2011
Disciplina:História
Assunto:História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

A participação de pilotos italianos, como Cristóvão Colombo, Américo Vespúcio e Alvise Cadamosto nas grandes descobertas marítimas do período, reforçou a hegemonia da Itália no comércio mundial.

Os séculos XVI e XVII são marcados por grandes acontecimentos que tiveram profundos impactos nos rumos da história. Assinale o que for correto sobre esse período. 

C
Certo
E
Errado

Gabarito comentado

A
Anderson MaiaMonitor do Qconcursos

Alternativa correta: E — Errado

Tema central: A questão trata da Era das Grandes Navegações (séculos XVI–XVII), relacionando a origem dos navegadores com a hegemonia comercial. Para resolver, é preciso distinguir a nacionalidade de origem dos marinheiros da autoridade política e econômica que financiava e usufruía das expedições.

Resumo teórico essencial

Embora vários navegadores famosos fossem nascidos em cidades italianas (por exemplo, Cristóvão Colombo — genovês; Américo Vespúcio — florentino; Alvise Cadamosto — veneziano), eles atuaram quase sempre a serviço de potências ibéricas: Colombo pelas Coroas de Castela/Leão, Vespúcio por Portugal e Espanha, Cadamosto a serviço de Portugal. As grandes vantagens comerciais e territoriais não reverteram para as cidades-estado italianas, mas para Espanha e Portugal — evidenciado pelo Tratado de Tordesillas (1494) e pela formação de impérios ultramarinos.

Por que a afirmação é falsa?

1) Beneficiários das viagens: os lucros e o controle de rotas e colônias ficaram com os Estados-nação que financiaram as expedições (Espanha e Portugal), não com as repúblicas italianas.

2) Deslocamento do eixo comercial: o comércio internacional foi deslocado do Mediterrâneo (onde Veneza e Gênova tinham papel preponderante) para o Atlântico (Lisboa, Sevilha, depois Antuérpia e Amsterdã), reduzindo a hegemonia italiana — análise clássica em Fernand Braudel, The Mediterranean and the Mediterranean World in the Age of Philip II.

3) Política e poder naval: Itália não formou um Estado-nação unificado capaz de projetar poder ultramarino; as grandes monarquias ibéricas e, depois, Holanda e Inglaterra, assumiram a liderança comercial.

Fontes e leituras recomendadas

• Fernand Braudel, The Mediterranean and the Mediterranean World in the Age of Philip II. • J. H. Parry, The Age of Reconnaissance. • Charles R. Boxer, The Portuguese Seaborne Empire.

Dica de interpretação para provas

Ao encontrar enunciados que citam origem pessoal de exploradores como justificativa de hegemonia, pergunte: "Quem financiou? Quem administrou os territórios? Onde se concentraram os portos comerciais após as descobertas?" Essa verificação rápida costuma revelar a pegadinha.

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