Leia o texto a seguir.
Mais importante ainda, o Tet não foi uma batalha única, nem o Vietnã em si uma guerra isolada. Ambos ocorreram em meio a um combate de valores e culturas muito mais global.
HANSON, Victor Davis. Por que o Ocidente venceu: massacre e cultura - da Grécia Antiga ao Vietnã. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004. p. 619. (Adaptado)
Conforme propõe o texto citado, analisando a Guerra do Vietnã (1959 - 1975), conclui-se que sua eclosão deveu-se
Mais importante ainda, o Tet não foi uma batalha única, nem o Vietnã em si uma guerra isolada. Ambos ocorreram em meio a um combate de valores e culturas muito mais global.
HANSON, Victor Davis. Por que o Ocidente venceu: massacre e cultura - da Grécia Antiga ao Vietnã. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004. p. 619. (Adaptado)
Conforme propõe o texto citado, analisando a Guerra do Vietnã (1959 - 1975), conclui-se que sua eclosão deveu-se
Gabarito comentado
Alternativa correta: B
Tema central: a gênese da Guerra do Vietnã no contexto da descolonização da Indochina francesa e da polarização ideológica da Guerra Fria. É preciso relacionar processos locais (fim do domínio colonial) e internacionais (conflito entre blocos).
Resumo teórico e contexto: Após a derrota francesa em Dien Bien Phu (1954), a Conferência de Genebra dividiu a antiga Indochina: nasceram Laos, Camboja e dois Vietnãs (Norte comunista e Sul anticomunista), com prazo para eleições de reunificação que não ocorreram. Essa partilha, somada à rivalidade EUA-URSS/China e à “teoria do dominó”, transformou o Vietnã em palco de um conflito entre influências externas, escalando até a guerra aberta (1959–1975). (Ver: A. J. Herring, America's Longest War; S. Karnow, Vietnam: A History; Acordos de Genebra, 1954.)
Justificativa da alternativa B: A divisão da antiga Indochina e as tensões político-ideológicas internacionais explicam diretamente a eclosão do conflito: a disputa entre um governo comunista no Norte e um regime pró-Ocidente no Sul, apoiados por aliados externos, gerou guerra civil e intervenção externa. Assim, a origem do conflito está nesta conjugação entre descolonização e Guerra Fria.
Análise das alternativas incorretas
A. Incorreta — a URSS apoiou o Vietnã do Norte militar e politicamente, mas não buscou “integrar” o país por anexação territorial; tratou-se de apoio ideológico e material, não de incorporação ao território soviético.
C. Incorreta — o Plano Marshall foi um programa de reconstrução econômica para a Europa Ocidental após a 2ª Guerra; não foi oferecido ao Vietnã. A disputa no Vietnã não nasce de rejeição a esse plano.
D. Incorreta — a revolução comunista chinesa (1949) mudou o equilíbrio regional, mas não corresponde ao “esfacelamento do Império Chinês” como causa direta da eclosão da guerra no Vietnã; a relação é indireta e insuficiente para explicar o conflito.
E. Incorreta — embora conflitos coloniais tenham ocorrido em vários territórios, a Guerra do Vietnã não foi simplesmente uma transferência de guerras europeias para proteger cidadãos europeus; trata‑se de um conflito com raízes nacionais e de Guerra Fria.
Dica de prova: ao ver datas (1959–1975) e termos como “Indochina”, associe imediatamente a partição pós‑colonial (Genebra, 1954) e à lógica da Guerra Fria. Descarte alternativas que mencionem planos ou processos restritos à Europa (Plano Marshall) ou conceitos imprecisos (anexação soviética).
Fontes rápidas: Acordos de Genebra (1954); Stanley Karnow, Vietnam: A History; George C. Herring, America's Longest War.
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