INSTRUÇÃO: Para responder à questão, considere
o texto e as afirmativas que seguem.
Depois de três séculos de exploração de uma das
mais ricas áreas coloniais americanas, Portugal
chega ao final do século XVIII como uma das metrópoles mais atrasadas da Europa. A propósito disso,
o historiador Fernando Novais afirma: “o fato de a
metrópole não se desenvolver paralelamente (à colônia)
é que criou condições para os transladamentos
dos tesouros. Em outras palavras: os estímulos da
exploração colonial portuguesa iam sendo acumulados
por outras potências”.
Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial,
Fernando Novaes. 1986, p. 236.
I. A incapacidade de Portugal de aproveitar as riquezas
que retirava do Brasil para o seu próprio
desenvolvimento deveu-se ao fato de a Coroa
Lusitana nunca ter conseguido constituir um
estado forte e centralizado na Metrópole.
II. Dentre os motivos que explicam essa situação,
está a formação socioeconômica portuguesa, que
privilegiava as atividades tradicionais voltadas
ao cultivo da terra e à produção de vinho em
detrimento do investimento em manufaturas.
III. Um dos fatores que contribuiu para que Portugal
continuasse um país eminentemente agrícola,
não desenvolvendo um setor de manufaturas, foi
o Tratado de Methuen, assinado com a Inglaterra,
em 1703.
IV. Dentre os problemas enfrentados pela Coroa Portuguesa
estava a sua incapacidade de controlar
tanto o contrabando de bens manufaturados para
a sua colônia americana, quanto a fabricação
desses bens no Brasil, cuja produção foi liberada
pelo Marquês de Pombal quando Primeiro Ministro
do rei D. José I.
Estão corretas apenas as afirmativas
INSTRUÇÃO: Para responder à questão, considere o texto e as afirmativas que seguem.
Depois de três séculos de exploração de uma das mais ricas áreas coloniais americanas, Portugal chega ao final do século XVIII como uma das metrópoles mais atrasadas da Europa. A propósito disso, o historiador Fernando Novais afirma: “o fato de a metrópole não se desenvolver paralelamente (à colônia) é que criou condições para os transladamentos dos tesouros. Em outras palavras: os estímulos da exploração colonial portuguesa iam sendo acumulados por outras potências”.
Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial, Fernando Novaes. 1986, p. 236.
I. A incapacidade de Portugal de aproveitar as riquezas que retirava do Brasil para o seu próprio desenvolvimento deveu-se ao fato de a Coroa Lusitana nunca ter conseguido constituir um estado forte e centralizado na Metrópole.
II. Dentre os motivos que explicam essa situação, está a formação socioeconômica portuguesa, que privilegiava as atividades tradicionais voltadas ao cultivo da terra e à produção de vinho em detrimento do investimento em manufaturas.
III. Um dos fatores que contribuiu para que Portugal continuasse um país eminentemente agrícola, não desenvolvendo um setor de manufaturas, foi o Tratado de Methuen, assinado com a Inglaterra, em 1703.
IV. Dentre os problemas enfrentados pela Coroa Portuguesa estava a sua incapacidade de controlar tanto o contrabando de bens manufaturados para a sua colônia americana, quanto a fabricação desses bens no Brasil, cuja produção foi liberada pelo Marquês de Pombal quando Primeiro Ministro do rei D. José I.
Estão corretas apenas as afirmativas
Gabarito comentado
Resposta correta: B — II e III
Tema central: a relação metrópole/colônia no Antigo Sistema Colonial português e por que as riquezas do Brasil não promoveram o desenvolvimento industrial e econômico pleno de Portugal. É necessário conhecer mercantilismo, o Tratado de Methuen (1703) e as políticas pombalinas.
Resumo teórico: O sistema colonial português funcionou como fonte de renda e matérias‑primas para a metrópole, mas não como motor automático de industrialização. Fatores estruturais — especialização agrária em Portugal, elite rentista, e acordos comerciais favoráveis à Inglaterra — direcionaram os fluxos de riqueza para a Inglaterra e limitaram a formação de manufaturas portuguesas. Fontes úteis: Fernando Novais, Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial; Tratado de Methuen (1703); estudos sobre as reformas do Marquês de Pombal (décadas de 1750–1770).
Por que a alternativa B está correta: - II (VERDADEIRA): A economia portuguesa privilegiava terras e produtos tradicionais (vinho, azeite), com forte presença de latifúndios e pouca tradição de indústria moderna. Isso reduziu o investimento em manufaturas internas. - III (VERDADEIRA): O Tratado de Methuen (1703) abriu o mercado português aos tecidos ingleses e favoreceu os vinhos ingleses em troca. Esse acordo encorajou a importação de manufaturados britânicos e desestimulou a indústria portuguesa, sendo fator importante para a dependência comercial.
Análise das afirmativas incorretas: - I (FALSA): A afirmação de que Portugal “nunca” constituiu um estado forte é exagerada. Havia instituições estatais; o problema foi a limitada base fiscal, a orientação econômica e a posição periférica na economia européia, não uma ausência total de estado centralizado. - IV (FALSA): A afirmação de que o Marquês de Pombal "liberou" a fabricação de bens no Brasil é incorreta. Pombal buscou controlar contrabando e reorganizar a administração colonial; muitas medidas visavam proteger interesses metropolitanos e regular — não liberar irrestritamente — a produção colonial. Assim, IV não é correta na forma apresentada.
Dica de interpretação: Desconfie de termos absolutos como "nunca" (I). Procure distinguir correlação de causalidade (as riquezas do Brasil foram fatores, mas não a única causa do atraso). Identifique eventos-chave (Methuen, reformas pombalinas) e suas consequências diretas sobre manufaturas e comércio.
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