“É proibido proibir"“A imaginação no poder"
As duas frases foram pintadas em muros de Paris durante as revoltas estudantis de maio de 1968. Elas ilustram algumas ideias dos rebeldes, como:
Gabarito comentado
Alternativa correta: E
Tema central: As frases lembram os cartazes de maio de 1968 em Paris e expressam uma crítica à ordem estabelecida — especialmente à sociedade de consumo, às hierarquias e à burocratização. Para responder é preciso reconhecer o contexto do movimento estudantil e da Nova Esquerda europeia.
Resumo teórico e contexto: Maio de 1968 reuniu estudantes e trabalhadores contra universidades rígidas, burocracia estatal e o consumismo da sociedade capitalista. Influências importantes: Situationist International (Guy Debord) e críticas culturalistas que valorizavam a autonomia, a criatividade e a ruptura com formas autoritárias e hierárquicas. Fontes úteis: Guy Debord, A Sociedade do Espetáculo (1967); Kristin Ross, May ’68 and Its Afterlives (2002).
Por que a alternativa E é correta: As frases “É proibido proibir” e “A imaginação no poder” sintetizam um impulso contra proibições e estruturas rígidas — ou seja, crítica à cultura do consumo que massifica comportamentos, às hierarquias sociais e à burocracia que sufoca iniciativas. A alternativa E capta esses elementos centrais: crítica à sociedade de consumo, às hierarquias e à burocratização.
Análise das alternativas incorretas:
A — Afirma celebração do consumismo e do capitalismo: totalmente oposto ao espírito dos protestos, que criticavam exatamente o consumismo e a concentração econômica.
B — Diz fim de todo tipo de governo e valorização dos meios de comunicação de massa: o movimento era anti-autoritário, mas não necessariamente anarquista total; e criticava a cultura de massa, não a valorizava (os situacionistas atacavam o “espetáculo” dos meios).
C — Mistura “liberdade total” com defesa do socialismo real e alimentação natural: os protestos queriam mais liberdade cultural e crítica ao socialismo autoritário; não havia defesa do “socialismo real” burocrático; “alimentação natural” é irrelevante ao núcleo do movimento.
D — Reduz o movimento a questões pedagógicas específicas (extinguir provas e aulas de língua): havia críticas ao modelo educacional e concursos excludentes, mas o alcance foi muito mais amplo — cultural, político e social — do que a alternativa sugere.
Dica de interpretação: Foque nas palavras‑chave dos slogans (proibir, imaginação, poder) e relacione-as ao contexto histórico. Desconfie de alternativas que inventam detalhes irrelevantes ou invertem o sentido (celebração vs. crítica).
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