Questão 04f2559c-8d
Prova:UNESP 2010
Disciplina:História
Assunto:República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

O fragmento, extraído do romance Esaú e Jacó, de Machado de Assis, narra a desventura de Custódio, dono de uma confeitaria no Rio de Janeiro, que, às vésperas da proclamação da República, mandou fazer uma placa com o nome “Confeitaria do Império" e agora temia desagradar ao novo regime. A ironia com que as dúvidas de Custódio são narradas representa o:

(...) “Confeitaria do Custódio”. Muita gente certamente lhe não conhecia a casa por outra designação. Um nome, o próprio nome do dono, não tinha significação política ou figuração histórica, ódio nem amor, nada que chamasse a atenção dos dois regimes, e conseguintemente que pusesse em perigo os seus pastéis de Santa Clara, menos ainda a vida do proprietário e dos empregados. Por que é que não adotava esse alvitre? Gastava alguma coisa com a troca de uma palavra por outra, Custódio em vez de Império, mas as revoluções trazem sempre despesas.
                                                                                                             
                                                                                                              (Machado de Assis. Esaú e Jacó. Obra completa, 1904.)

A
desconsolo popular com o fim da monarquia e a queda do imperador, uma personagem política idolatrada
B
respaldo da sociedade com que a proclamação da República contou e que a transformou numa revolução social.
C
alheamento de parte da sociedade brasileira diante do conteúdo ideológico da mudança política.
D
reconhecimento, pelos cidadãos brasileiros, da ampliação dos direitos de cidadania trazidos pela República.
E
impacto profundo da transformação política no cotidiano da população, que imediatamente apoiou o novo regime.

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