Questõesde ENEM sobre Cultura e sociedade
O torém dependia de organização familiar, sendo brincado por pessoas com vínculos
de parentesco e afinidade que viviam no local. Era visto como uma brincadeira, um
entretenimento feito para os próprios participantes e seus conhecidos. O tempo do caju
era o pretexto para sua realização, sendo chamadas várias pessoas da região a fim de
tomar mocororó, bebida fermentada do caju.
VALLE, C. G. O. Torém/Toré: tradições e invenção no quadro de multiplicidade étnica do Ceará contemporâneo. In:
GRÜNEWALD, R. A. (Org.). Toré: regime encantado dos índios do Nordeste. Recife: Fundaj-Massangana, 2005.
O ritual mencionado no texto atribui à manifestação cultural de grupos indígenas do
Nordeste brasileiro a função de
Uma civilização é a entidade cultural mais ampla.
As aldeias, as regiões, as etnias, as nacionalidades, os
segmentos religiosos, todos têm culturas distintas em
diferentes níveis de heterogeneidade cultural. A cultura
de um vilarejo no sul da Itália pode ser diferente da de
um vilarejo no norte da Itália, mas ambos compartilharam
uma cultura italiana comum que os distingue de vilarejos
alemães. As comunidades europeias, por sua vez,
compartilharão aspectos culturais que as distinguem das
comunidades chinesas ou hindus.
HUNTINGTON, S. P. O choque de civilizações.
Rio de Janeiro: Objetiva,1997.
De acordo com esse entendimento, a civilização é uma
construção cultural que se baseia na
A agenda escolar 2008 convida os alunos das
escolas municipais do Recife à leitura mensal de trechos
de poemas dos 12 artistas agraciados com estátuas
desde 2005. Dessa maneira, esses alunos tiveram
acesso, em cada mês do ano, a informações sobre
as personalidades retratadas no papel e no espaço
público, lendo e discutindo seus versos e visitando
as esculturas instaladas estrategicamente no centro
da cidade. Trata-se, em suma, de uma pedagogia do
espaço público que repousa no reconhecimento de
personalidades e lugares simbólicos para a cidade. De
acordo com a prefeitura, o itinerário poético seria uma
maneira de fazer reconhecer talentos que embelezam
os postais recifenses, além de estreitar laços do
cidadão com a cultura.
MACIEL, C. A. A.; BARBOSA, D. T. Democracia, espaços públicos e imagens simbólicas
da cidade do Recife. In: CASTRO, I. E.; RODRIGUES, J. N.; RIBEIRO, R. W. (Org.).
Espaços da democracia. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2013 (adaptado).
No texto, está descrita uma ação do poder público que
coloca a paisagem como um fator capaz de contribuir para a
As canções dos escravos tornaram-se espetáculos em
eventos sociais e religiosos organizados pelos senhores
e chegaram a ser cantadas e representadas, ao longo do
século XIX, de forma estereotipada e depreciativa, pelos
blackfaces dos Estados Unidos e Cuba, e pelos teatros
de revista do Brasil. As canções escravas, sob a forma
de cakewalks ou lundus, despontavam frequentemente
no promissor mercado de partituras musicais, nos salões,
nos teatros e até mesmo na nascente indústria fonográfica
— mas não necessariamente seus protagonistas negros.
O mundo do entretenimento e dos empresários musicais
atlânticos produziu atraentes diversões dançantes com
base em gêneros e ritmos identificados com a população
negra das Américas.
ABREU, M. O legado das canções escravas nos Estados Unidos e no Brasil: diálogos
musicais no pós-abolição. Revista Brasileira de História, n. 69, jan.-jun. 2015.
A absorção de elementos da vivência escrava pela
nascente indústria do lazer, como demonstrada no texto,
caracteriza-se como
Tu é um termo que não figura muito bem nos
desenvolvimentos modernos e contemporâneos da
ética e da política. Com efeito, muitos movimentos
revolucionários (que variam do comunismo tradicional ao
feminismo da irmandade) parecem compartilhar de um
código linguístico curioso baseado na moral intrínseca
dos pronomes. O nós é sempre positivo, o vós é um
aliado possível, o eles tem o rosto de um antagonista, o
eu é impróprio, e o tu é, obviamente, supérfluo.
CAVARERO, A. Relating Narratives apud BUTLER, J. Relatar a si mesmo.
Belo Horizonte: Autêntica, 2015 (adaptado).
Um dos principais problemas morais da contemporaneidade,
conforme mencionado no texto, reside na dificuldade em
Entenda a crise na Ucrânia
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e dois líderes da Crimeia assinaram, em março de
2014, um acordo para tornar a República Autônoma parte da Rússia. O tratado foi assinado
dois dias após o povo da Crimeia aprovar em um referendo a separação da Ucrânia e a
reunificação com a Rússia. A votação foi condenada por Kiev e pela comunidade internacional,
que a considera ilegítima.
Disponível em: http://g1.globo.com. Acesso em: 28 out. 2014 (adaptado).
A justificativa para o acordo descrito fundamentava-se na ideia de
Entenda a crise na Ucrânia
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e dois líderes da Crimeia assinaram, em março de 2014, um acordo para tornar a República Autônoma parte da Rússia. O tratado foi assinado dois dias após o povo da Crimeia aprovar em um referendo a separação da Ucrânia e a reunificação com a Rússia. A votação foi condenada por Kiev e pela comunidade internacional, que a considera ilegítima.
Disponível em: http://g1.globo.com. Acesso em: 28 out. 2014 (adaptado).
A justificativa para o acordo descrito fundamentava-se na ideia de
Um dos resquícios franceses na dança são os comandos proferidos pelo marcador da quadrilha. Seu papel é anunciar os próximos passos da coreografia. O abrasileiramento de termos franceses deu origem, por exemplo, ao saruê (soirée - reunião social noturna, ordem para todos se juntarem no centro do salão), anarriê (en arrière - para trás) e anavã (en avant — para frente).
Disponível em www.ebc.com.br Acesso em: 6 jul. 2015
A característica apresentada dessa manifestação popular resulta do seguinte processo socio-histórico:
É amplamente conhecida a grande diversidade
gastronômica da espécie humana. Frequentemente, essa
diversidade é utilizada para classificações depreciativas.
Assim, no início do século, os americanos denominavam
os franceses de “comedores de rãs”. Os índios kaapor
discriminam os timbiras chamando-os pejorativamente
de “comedores de cobra”. E a palavra potiguara pode
significar realmente “comedores de camarão”. As pessoas
não se chocam apenas porque as outras comem coisas
variadas, mas também pela maneira que agem à mesa.
Como utilizamos garfos, surpreendemo-nos com o uso dos
palitos pelos japoneses e das mãos por certos segmentos
de nossa sociedade.
LARAIA, R. Cultura: um conceito antropológico.
São Paulo: Jorge Zahar, 2001 (adaptado).
O processo de estranhamento citado, com base em um
conjunto de representações que grupos ou indivíduos
formam sobre outros, tem como causa o(a)
As crianças devem saudar as pessoas
distintas, os professores e senhoras conhecidas
que encontrarem, que elas não se negarão a
corresponder. Não devem empurrar ninguém nem
cortar o passo dos transeuntes. Não escrever nas
paredes e portas coisa alguma. Nunca atirar pedras.
Não atirar cascas de frutas no chão, o que pode ser
motivo de desastres gravíssimos. Nunca fitar de
propósito os olhos sobre pessoas aleijadas ou rir-se
de algum defeito físico do próximo.
A Imprensa, n. 67, 27 abr. 1914.
O discurso sobre a infância, veiculado pelo jornal no
início do século XX, visava a promoção de
O frevo é uma forma de expressão musical,
coreográfica e poética, enraizada no Recife e em Olinda,
no estado de Pernambuco. O frevo é formado pela
grande mescla de gêneros musicais, danças, capoeira
e artesanato. É uma das mais ricas expressões da
inventividade e capacidade de realização popular na
cultura brasileira. Possui a capacidade de promover a
criatividade humana e também o respeito à diversidade
cultural. No ano de 2012, a Unesco proclamou o frevo
como Patrimônio Imaterial da Humanidade.
PORTAL BRASIL. Disponível em: www.brasil.gov.br.
Acesso em: 10 fev. 2013.
A característica da manifestação cultural descrita que
justifica a sua condição de Patrimônio Imaterial da
Humanidade é a
A criação do Sistema Único de Saúde (SUS)
como uma política para todos constitui-se uma
das mais importantes conquistas da sociedade
brasileira no século XX. O SUS deve ser valorizado
e defendido como um marco para a cidadania e o
avanço civilizatório. A democracia envolve um modelo
de Estado no qual políticas protegem os cidadãos
e reduzem as desigualdades. O SUS é uma diretriz
que fortalece a cidadania e contribui para assegurar o
exercício de direitos, o pluralismo político e o bem-estar
como valores de uma sociedade fraterna, pluralista
e sem preconceitos, conforme prevê a Constituição
Federal de 1988.
RIZZOTO, M. L. F. et al. Justiça social, democracia com direitos
sociais e saúde: a luta do Cebes. Revista Saúde em Debate,
n. 116, jan.-mar. 2018 (adaptado).
Segundo o texto, duas características da concepção da
política pública analisada são:
A criação do Sistema Único de Saúde (SUS) como uma política para todos constitui-se uma das mais importantes conquistas da sociedade brasileira no século XX. O SUS deve ser valorizado e defendido como um marco para a cidadania e o avanço civilizatório. A democracia envolve um modelo de Estado no qual políticas protegem os cidadãos e reduzem as desigualdades. O SUS é uma diretriz que fortalece a cidadania e contribui para assegurar o exercício de direitos, o pluralismo político e o bem-estar como valores de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, conforme prevê a Constituição Federal de 1988.
RIZZOTO, M. L. F. et al. Justiça social, democracia com direitos sociais e saúde: a luta do Cebes. Revista Saúde em Debate, n. 116, jan.-mar. 2018 (adaptado).
Segundo o texto, duas características da concepção da política pública analisada são:
Em nenhuma outra época o corpo magro adquiriu
um sentido de corpo ideal e esteve tão em evidência
como nos dias atuais: esse corpo, nu ou vestido,
exposto em diversas revistas femininas e masculinas,
está na moda: é capa de revistas, matérias de jornais,
manchetes publicitárias, e se transformou em sonho
de consumo para milhares de pessoas. Partindo dessa
concepção, o gordo passa a ter um corpo visivelmente
sem comedimento, sem saúde, um corpo estigmatizado
pelo desvio, o desvio pelo excesso. Entretanto, como
afirma a escritora Marylin Wann, é perfeitamente
possível ser gordo e saudável. Frequentemente os
gordos adoecem não por causa da gordura, mas sim
pelo estresse, pela opressão a que são submetidos.
VASCONCELOS, N. A.; SUDO, I.; SUDO, N. Um peso na alma:
o corpo gordo e a mídia. Revista Mal-Estar e Subjetividade,
n. 1, mar. 2004 (adaptado).
No texto, o tratamento predominante na mídia sobre a
relação entre saúde e corpo recebe a seguinte crítica:
Em nenhuma outra época o corpo magro adquiriu um sentido de corpo ideal e esteve tão em evidência como nos dias atuais: esse corpo, nu ou vestido, exposto em diversas revistas femininas e masculinas, está na moda: é capa de revistas, matérias de jornais, manchetes publicitárias, e se transformou em sonho de consumo para milhares de pessoas. Partindo dessa concepção, o gordo passa a ter um corpo visivelmente sem comedimento, sem saúde, um corpo estigmatizado pelo desvio, o desvio pelo excesso. Entretanto, como afirma a escritora Marylin Wann, é perfeitamente possível ser gordo e saudável. Frequentemente os gordos adoecem não por causa da gordura, mas sim pelo estresse, pela opressão a que são submetidos.
VASCONCELOS, N. A.; SUDO, I.; SUDO, N. Um peso na alma: o corpo gordo e a mídia. Revista Mal-Estar e Subjetividade, n. 1, mar. 2004 (adaptado).
No texto, o tratamento predominante na mídia sobre a relação entre saúde e corpo recebe a seguinte crítica:
A hospitalidade pura consiste em acolher aquele que
chega antes de lhe impor condições, antes de saber e
indagar o que quer que seja, ainda que seja um nome ou
um “documento” de identidade. Mas ela também supõe
que se dirija a ele, de maneira singular, chamando-o
portanto e reconhecendo-lhe um nome próprio:
“Como você se chama?” A hospitalidade consiste em
fazer tudo para se dirigir ao outro, em lhe conceder,
até mesmo perguntar seu nome, evitando que essa
pergunta se torne uma “condição”, um inquérito policial,
um fichamento ou um simples controle das fronteiras.
Uma arte e uma poética, mas também toda uma política
dependem disso, toda uma ética se decide aí.
DERRIDA, J. Papel-máquina. São Paulo:
Estação Liberdade, 2004 (adaptado).
Associado ao contexto migratório contemporâneo,
o conceito de hospitalidade proposto pelo autor impõe a
necessidade de
A hospitalidade pura consiste em acolher aquele que chega antes de lhe impor condições, antes de saber e indagar o que quer que seja, ainda que seja um nome ou um “documento” de identidade. Mas ela também supõe que se dirija a ele, de maneira singular, chamando-o portanto e reconhecendo-lhe um nome próprio: “Como você se chama?” A hospitalidade consiste em fazer tudo para se dirigir ao outro, em lhe conceder, até mesmo perguntar seu nome, evitando que essa pergunta se torne uma “condição”, um inquérito policial, um fichamento ou um simples controle das fronteiras. Uma arte e uma poética, mas também toda uma política dependem disso, toda uma ética se decide aí.
DERRIDA, J. Papel-máquina. São Paulo: Estação Liberdade, 2004 (adaptado).
Associado ao contexto migratório contemporâneo, o conceito de hospitalidade proposto pelo autor impõe a necessidade de
Quer um conselho? Vá conhecer alguma coisa da
terra e deixe os homens em paz... Os homens mudam,
a terra é inalterável. Vá por aí dentro, embrenhe-se pelo
interior e observe alguma coisa de proveitoso. Aqui na
capital só encontrará casas mais altas, ruas mais cheias
e coisas parecidas ao que de igual existe em todas as
cidades modernas. Mas ao contato com a terra você
sentirá o que não pode sentir nas avenidas asfaltadas.
LOBATO, M. Lobatiana: meio ambiente. São Paulo: Brasiliense, 1985.
O texto literário evidencia uma percepção dual sobre a
cidade e o campo, fundamentada na ideia de
Quer um conselho? Vá conhecer alguma coisa da terra e deixe os homens em paz... Os homens mudam, a terra é inalterável. Vá por aí dentro, embrenhe-se pelo interior e observe alguma coisa de proveitoso. Aqui na capital só encontrará casas mais altas, ruas mais cheias e coisas parecidas ao que de igual existe em todas as cidades modernas. Mas ao contato com a terra você sentirá o que não pode sentir nas avenidas asfaltadas.
LOBATO, M. Lobatiana: meio ambiente. São Paulo: Brasiliense, 1985.
O texto literário evidencia uma percepção dual sobre a cidade e o campo, fundamentada na ideia de
TEXTO I
Não é sem razão que o ser humano procura de
boa vontade juntar-se em sociedade com outros que
estão já unidos, ou pretendem unir-se, para a mútua
conservação da vida, da liberdade e dos bens a que
chamo de propriedade.
LOCKE, J. Segundo tratado sobre governo: ensaio relativo à verdadeira origem,
extensão e objetivo do governo civil. São Paulo: Abril Cultural, 1978 (adaptado).
TEXTO II
Para que essas classes com interesses econômicos
em conflitos não destruam a si mesmas e à sociedade
numa luta estéril, surge a necessidade de um poder que,
na aparência, esteja acima da sociedade, que atenue o
conflito, mantenha-o dentro dos limites da ordem.
ENGELS, F. In: GALLINO, L. Dicionário de sociologia.
São Paulo: Paulus, 2005 (adaptado).
Os textos expressam duas visões sobre a forma como
os indivíduos se organizam socialmente. Tais visões
apontam, respectivamente, para as concepções:
TEXTO I
Não é sem razão que o ser humano procura de boa vontade juntar-se em sociedade com outros que estão já unidos, ou pretendem unir-se, para a mútua conservação da vida, da liberdade e dos bens a que chamo de propriedade.
LOCKE, J. Segundo tratado sobre governo: ensaio relativo à verdadeira origem, extensão e objetivo do governo civil. São Paulo: Abril Cultural, 1978 (adaptado).
TEXTO II
Para que essas classes com interesses econômicos em conflitos não destruam a si mesmas e à sociedade numa luta estéril, surge a necessidade de um poder que, na aparência, esteja acima da sociedade, que atenue o conflito, mantenha-o dentro dos limites da ordem.
ENGELS, F. In: GALLINO, L. Dicionário de sociologia. São Paulo: Paulus, 2005 (adaptado).
Os textos expressam duas visões sobre a forma como os indivíduos se organizam socialmente. Tais visões apontam, respectivamente, para as concepções:
Texto I
A bandeira no estádio é um estandarte/A flâmula
pendurada na parede do quarto/ O distintivo na camisa
do uniforme/ Que coisa linda é uma partida de futebol/
Posso morrer pelo meu time/ Se ele perder, que dor,
imenso crime/ Posso chorar se ele não ganhar/ Mas se
ele ganha, não adianta/ Não há garganta que não pare
de berrar/ A chuteira veste o pé descalço/ O tapete da
realeza é verde/ Olhando para a bola eu vejo o sol/ Está
rolando agora, é uma partida de futebol
SKANK. Uma partida de futebol. Disponível em: www.letras.terra.com.br.
Acesso em: 27 abr. 2010 (fragmento).
Texto II
O “gostar de futebol” no Brasil existe fora das
consciências individuais dos brasileiros. O gosto ou
a paixão por um determinado esporte não existe
naturalmente em nosso “sangue”, como supõe o senso
comum. Ele existe na coletividade, em nosso meio
social, que nos transmite esse sentimento da mesma
forma que a escola nos ensina a ler e a escrever.
HELAL, R. O que é Sociologia do Esporte? São Paulo: Brasiliense, 1990.
Chamado de ópio do povo por uns, paixão nacional por
outros, o futebol, além de esporte mais praticado no
Brasil, pode ser considerado fato social, culturalmente
apreendido, seja por seus praticantes, seja pelos
torcedores. Nesse sentido, as fontes acima apresentam
ideias semelhantes, pois o
Texto I
A bandeira no estádio é um estandarte/A flâmula pendurada na parede do quarto/ O distintivo na camisa do uniforme/ Que coisa linda é uma partida de futebol/ Posso morrer pelo meu time/ Se ele perder, que dor, imenso crime/ Posso chorar se ele não ganhar/ Mas se ele ganha, não adianta/ Não há garganta que não pare de berrar/ A chuteira veste o pé descalço/ O tapete da realeza é verde/ Olhando para a bola eu vejo o sol/ Está rolando agora, é uma partida de futebol
SKANK. Uma partida de futebol. Disponível em: www.letras.terra.com.br. Acesso em: 27 abr. 2010 (fragmento).
Texto II
O “gostar de futebol” no Brasil existe fora das consciências individuais dos brasileiros. O gosto ou a paixão por um determinado esporte não existe naturalmente em nosso “sangue”, como supõe o senso comum. Ele existe na coletividade, em nosso meio social, que nos transmite esse sentimento da mesma forma que a escola nos ensina a ler e a escrever.
HELAL, R. O que é Sociologia do Esporte? São Paulo: Brasiliense, 1990.
Chamado de ópio do povo por uns, paixão nacional por outros, o futebol, além de esporte mais praticado no Brasil, pode ser considerado fato social, culturalmente apreendido, seja por seus praticantes, seja pelos torcedores. Nesse sentido, as fontes acima apresentam ideias semelhantes, pois o

Texto II
Em sentido antropológico, não falamos em Cultura,
no singular, mas em culturas, no plural, pois a lei, os
valores, as crenças, as práticas, as instituições variam
de formação social para formação social. Além disso,
uma mesma sociedade, por ser temporal e histórica,
passa por transformações culturais amplas.
CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1995 (fragmento).
A concepção que perpassa a imagem e o texto parte da
premissa de que o respeito à diversidade cultural significa
Texto II
Em sentido antropológico, não falamos em Cultura, no singular, mas em culturas, no plural, pois a lei, os valores, as crenças, as práticas, as instituições variam de formação social para formação social. Além disso, uma mesma sociedade, por ser temporal e histórica, passa por transformações culturais amplas.
CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1995 (fragmento).
A concepção que perpassa a imagem e o texto parte da
premissa de que o respeito à diversidade cultural significa