Questõessobre Variação Linguística

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Foram encontradas 214 questões
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FAG 2014 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Redação - Reescritura de texto, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O excerto “O que essas pesquisas revelam pode soar óbvio” muda da variável linguística culta para a coloquial se for reescrito da seguinte forma:

Leia, atentamente, o Texto I para responder à questão.


TEXTO I


Mas pensar positivo funciona?


    Funciona. Mas não como a maioria das pessoas gostaria. O pensamento positivo não vai engordar sua conta bancária do dia para a noite. Nem fará carros e diamantes orbitar ao seu redor. Porém, segundo várias pesquisas, uma atitude otimista pode influenciar muito a resistência do organismo às doenças. Uma comprovação disso veio da Universidade Harvard, nos EUA. Há 5 anos, um grupo de médicos da instituição descobriu que pensar positivamente pode fazer bem para os pulmões. Os pesquisadores avaliaram o estado de saúde de 670 homens na faixa dos 60 anos de idade. Também aplicaram testes de personalidade para identificar quem eram os otimistas e os pessimistas.
    Depois de 8 anos, constatou-se que a turma do bom humor tinha um sistema imunológico mais resistente a doenças pulmonares quando comparada ao grupo dos estressados. Até mesmo os fumantes otimistas apresentaram resultados melhores que os adeptos do tabagismo que eram, digamos, baixo-astral. O coração também bate melhor quando estamos com bom humor. Os pesquisadores do Instituto Delfland de Saúde Mental, na Holanda, monitoraram homens com idade entre 64 e 84 anos durante 15 anos. A incidência de enfartes e derrames foi menor entre os que tinham uma atitude positiva. Os otimistas apresentaram ainda 55% menos risco de ter doenças cardíacas. O que essas pesquisas revelam pode soar óbvio: pessoas com disposição para ver o lado positivo da vida tendem a cuidar mais da saúde, a praticar exercícios e se alimentar melhor.
(Fonte: Revista Superinteressante, 2007). 
A
nessas pesquisas, tem revelações óbvias.
B
essas pesquisas têm revelações óbvias.
C
há nessas pesquisas o que pode soar óbvio.
D
deve haver nessas pesquisas revelações que são óbvias.
E
revela-se o óbvio nessas pesquisas.
76e53ada-de
Esamc 2015 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Ainda no segundo parágrafo, a expressão “foi mal”:

Marginalzinho: a socialização de uma elite vazia e covarde

Parada em um sinal de trânsito, uma cena capturou minha atenção e me fez pensar como, ao longo da vida, a segregação da sociedade brasileira nos bestializa.

por Rosana Pinheiro-Machado — publicado 27/01/2015 15:08, última modificação 27/01/2015 15:44


     Era a largada de duas escolas que estavam situadas uma do lado da outra, separadas por um muro altíssimo de uma delas. Da escola pública saíam crianças correndo, brincando e falando alto. A maioria estava desacompanhada e dirigia-se ao ponto de ônibus da grande avenida, que terminaria nas periferias. Era uma massa escura, especialmente quando contrastada com a massa mais clara que saía da escola particular do lado: crianças brancas, de mãos dadas com os pais, babás ou seguranças, caminhando duramente em direção à fila de caminhonetes. Lado a lado, os dois grupos não se misturavam. Cada um sabia exatamente seu lugar. Desde muito pequenas, aquelas crianças tinham literalmente incorporado a segregação à brasileira, que se caracteriza pela mistura única entre o sistema de apartheid racial e o de castas de classes. Os corpos domesticados revelavam o triste processo de socialização ao desprezo, que tende a só piorar na vida adulta.
     Mas eis que, de repente, um menino negro, magro e sorridente, ousou subverter as regras tácitas. Brincando de correr em ziguezague, ele “invadiu” a área branca e se esbarrou num menino que, imediatamente, se agarrou desesperadamente no braço da mulher que lhe buscara. Foi um reflexo automático do medo. O menino “invasor” fez um gesto de desculpas – algo como “foi mal” -, e voltou a correr entre os seus, enquanto que a outra criança seguia petrificada.
     No olhar do menino “invadido”, havia um misto de medo, de raiva, mas principalmente, de nojo – como que se a outra criança tivesse uma doença altamente contagiosa. Não é difícil imaginar o impacto de esse olhar no inconsciente do menino negro e pobre. Este aprendia, desde muito cedo, que era um intocável, que vivia em uma sociedade na qual seu corpo, na esfera pública, valia menos que o de um menino da mesma idade, que ainda não tinha nenhum mérito conquistado, apenas privilégios herdados. As consequências desse gesto minúsculo serão trágicas para o menino "invadido", pois é vítima da ignorância social. Mas será muito mais trágica para quem é negro e desprovido de capital econômico, social e cultural. Para que essa criança não se corrompa no futuro, ela precisa ser salva do olhar de nojo.
     É possível que, por meio de leitura e mistura, o menino amedrontado se engrandeça politicamente no futuro, se liberte do muro que lhe protege e dispense o braço da babá. Mas, infelizmente, há uma tendência grande de que ele, cercado por medo e preconceito, passe o resto de sua existência se protegendo do “marginalzinho”. Pivetes, favelados, fedorentos: isso é tudo que ele ouve sobre seus vizinhos. Trata-se de uma verdade histórica a priori, para além da qual não se consegue pensar. Essas categorias compõem o discurso forjado sobre a pobreza, que, em última instância, visa à intervenção e à manutenção do poder. Reproduzindo este discurso, então, o menino tornar-se-á um adulto. Ele blindará seu carro, colocará alarme em sua casa, pedirá a morte de traficantes. Dirá que rolezinho é arrastão, pedirá mais polícia e curtirá a vida em camarotes. Pode ser até que ele peça a volta da ditadura. Achando que é um cidadão de bem que age contra a marginalidade do mal, forma-se um perfeito idiota.
(Adaptado de , 27/01/2015. Disponível em Carta Capital http://www.cartacapital.com.br/sociedade/marginalzinho-asocializacao-de-uma-elite-vazia-e-covarde-3514.html)
A
indica que o “invasor” desconhece a norma padrão;
B
é correlata a “com licença, por favor”;
C
é inadequada a contextos formais ou informais;
D
corrompe socialmente uma regra tácita.
E
indicia a sensação de erro do “invasor”.
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FAG 2013 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a alternativa na qual o enunciado expressa um nível de linguagem coloquial:

A
Você é feliz? Mesmo?
B
A felicidade é como um pássaro livre, voando ao vento, em brisa leve e refrescante;
C
Diga-me: Você está feliz?
D
Me diz: Você é feliz?
E
A felicidade não existe. Aprenda a viver sem ela.
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IF Sul Rio-Grandense 2017 - Português - Interpretação de Textos, Advérbios, Variação Linguística, Coesão e coerência, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia os trechos abaixo, retirados do texto. Neles, observa-se a recorrência do advérbio “lá” (sublinhado nos trechos, a seguir), empregado como recurso de coesão.


Para responder à questão, marque (V) para as justificativas verdadeiras e (F) para as falsas, considerando as palavras ou expressões às quais se refere o advérbio “lá”.


( ) [...] Alice seguiu um coelho até sua toca e lá se viu em um espaço totalmente novo. (linhas 5 e 6) – “lá” significa “toca do coelho”
( ) É lá que ela [...] encontra velhos amigos [...]. (linha 14) – “lá” significa “toca do coelho”
( ) [...] você perdeu sua muiteza. dentro. Falta alguma coisa. (linha 17) – “lá” significa “infância”
( ) Talvez tenha sido isso que ela fora até lá buscar. (linha 19) – “lá” significa “infância”
( ) Vagamos pelo mundo com alguma coisa faltando. dentro. (linha 26) – “lá” significa “um espaço dentro de nós”


A sequência correta dessa associação, de cima para baixo, é

Texto 1



LHULLIER, Luciana. Onde mora sua muiteza? In: No coração da floresta (blog). 08 out. 2013 (adaptado). Original disponível em: <https://contesdesfee.wordpress.com/page/2/>. Acesso: 05 ago. 2016.


Vocabulário:

Onírico: de sonho e/ou relativo a sonho.

Pantomima: representação teatral baseada na mímica (ou seja, em gestos corporais); por extensão, situação falsa, representação, ilusão, fraude.

Patético: que provoca sentimento de piedade ou tristeza; indivíduo digno da piedade alheia.

A
F – F – V – V – F.
B
V – V – F – F – V.
C
V – F – F – V – V.
D
F – V – F – F – F.
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UFVJM-MG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística

Leia estas passagens do texto II:

■ “Não use o Twitter como chat”.
■ “Nunca tuíte mais de 15 vezes ao dia”.
■ “Não retuíte exatamente tudo, mesmo que achar interessante”
■ “Compartilhe fatos de sua vida pessoal e também os links sobre outros assuntos que considerar interessantes”.


Considerando as palavras sublinhadas, ASSINALE a alternativa que indica os processos de inserção dessas palavras na Língua Portuguesa, respectivamente:

Texto II



Fonte: https://istoe.com.br/326665_VITIMAS+DA+DEPENDENCIA+DIGITAL/ Acesso em 8 de maio de 2018. Adaptado.

A
neologismo, empréstimo, empréstimo, neologismo.
B
empréstimo, empréstimo, neologismo, neologismo.
C
empréstimo, neologismo, neologismo, empréstimo.
D
neologismo, neologismo, empréstimo, empréstimo.
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UFVJM-MG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística

Sobre o uso das variantes linguísticas no texto I, é CORRETO afirmar que:

Analise esta charge para responder as questões de 1 a 3.


Texto I



Fonte: www.cartunista.com.br. Acesso em 8 de maio de 2018.

A
a fala dos pais representa a variante não padrão.
B
a fala do adolescente é um exemplo de informalidade.
C
a fala do adolescente é inadequada aos ambientes informais.
D
a fala dos pais é exemplo típico da informalidade presente nas redes sociais.
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FPS 2017 - Português - Interpretação de Textos, Denotação e Conotação, Variação Linguística, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Analise a natureza da linguagem em uso no trecho: “É preciso arregaçar as mangas e se preparar. Ainda há muito a fazer e a investir. Porque nada cai do céu.” (6º parágrafo) Nesse trecho:

Texto 2
Nada cai do céu


O racionamento a que pode ser submetida boa parte da população paulistana – e de outras cidades e estados brasileiros – poderia ser evitado? A questão é muito mais complexa do que possa parecer. Afinal, todos que vivemos nessas áreas já somos e seremos ainda mais afetados. 
O calor bate recordes no mundo. Dados recentes apontam 2014 como o ano mais quente da história. A temperatura média no solo e nos oceanos aumentou 0,69 graus, superando recordes anteriores. Parece pouco, mas não é. A cada 20 ou 30 anos, em média, o Oceano Pacífico, a maior massa de água do Planeta, sofre variações de temperatura, ficando mais quente ou mais frio que o normal. Essas oscilações interferem nos ventos, na chuva e na temperatura em muitas regiões do globo. No Brasil, diversos estados já sentem os impactos dessa alteração climática. O verão passado foi um dos mais secos e quentes, não apenas na região da capital paulista e seu entorno, mas também em grande parte do Sudeste, sobretudo em Minas Gerais, de onde vem a maior parte da água que abastece a região metropolitana, por meio do sistema Cantareira. Áreas dessa região registraram anomalias de até 5 graus nas temperaturas máximas.
Com pouca água e maior consumo, devido ao calor, os rios e represas que abastecem o sistema caíram aos menores níveis já vistos. Em São Paulo, desde 2012, o Cantareira vem sofrendo com chuva abaixo do normal. 
As previsões não são as melhores. Segundo o estudo da Climatempo, apenas no verão de 2017, é que se poderá esperar por uma chuva normal ou acima da média, para uma consistente recuperação do sistema.
Reverter a situação é um desafio. Trata-se de algo muito mais educativo do que meteorológico. Desde o final de 2013, meteorologistas têm alertado sobre esse cenário crítico. Já se sabe que o quadro não é favorável, e há pouca chance de mudança em curto prazo. Porém, em um planeta onde 1,4 bilhão de quilômetros cúbicos é ocupado por água, o ser humano ainda parece acreditar que ela nunca irá acabar. Com ou sem chuva à vista, a população precisa entender que a água pode – e vai – acabar se não forem tomadas medidas preventivas. 
A conscientização sobre o consumo deve ser permanente. O que as nossas autoridades precisam entender é que não dá para passar uma vida acreditando na ajuda divina. É preciso arregaçar as mangas e se preparar. Ainda há muito a fazer e a investir. Porque nada cai do céu – nem mesmo a água tem caído, ultimamente. 


MAGNO, Carlos. Folha de S. Paulo. Opinião,
25 fev. 2015. Adaptado. 

A
predomina uma linguagem figurada; mas, inadequada a um texto não literário.
B
o autor se mostra versátil em relação às inovações vocabulares.
C
se recorre a expressões já sedimentadas nos usos do dia a dia.
D
o autor apela à ironia contida na raiz semântica das expressões.
E
está implícita a ideia de que o problema tratado é essencialmente rural.
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UEM 2013, UEM 2013, UEM 2013 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No texto 3, evidencia-se o uso coloquial da linguagem na sequência textual “Filho, vem cá!” (linha 3), se a confrontarmos com a sequência “Por onde você for, eu sigo” (linha 9), pois, segundo as normas da língua culta escrita, a primeira sequência deveria ser assim construída: “Filho, venha cá”, para se adequar ao tratamento “você”.

TEXTO 1
Sair ou não sair, eis a questão!

Entrevista com Dr.ª Olga Inês Tessari



(Texto adaptado. Disponível em <http://olgatessari.com/id225.htm >. Acesso em 28/05/2013.)

TEXTO 2
Sair de casa requer planejamento e maturidade
Eduardo Gois
Dependência dos filhos revela pais despreparados para nova realidade 



(Texto adaptado. Disponível em <http://jornalsantuario.wordpress.com/2012/07/26/sair-de-casarequer-planejamento-e-maturidade/>. Acesso em 28/05/2013.)

TEXTO 3
No dia em que eu saí de casa
Intérpretes: Zezé Di Camargo e Luciano
      No dia em que eu saí de casa,
      Minha mãe me disse:
      – Filho, vem cá!

5    Passou a mão em meus cabelos,
      Olhou em meus olhos,
      Começou falar:

      – Por onde você for, eu sigo
10  Com meu pensamento,
      Sempre onde estiver.

      – Em minhas orações,
      Eu vou pedir a Deus
15  Que ilumine os passos seus.

      Eu sei que ela nunca compreendeu
      Os meus motivos de sair de lá.

20  Mas ela sabe que, depois que cresce,
      O filho vira passarinho e quer voar.

      Eu bem queria continuar ali,
      Mas o destino quis me contrariar.
25
      E o olhar de minha mãe na porta
      Eu deixei, chorando a me abençoar.

      A minha mãe, naquele dia,
30  Me falou do mundo como ele é.

      Parece que ela conhecia
      Cada pedra em que eu iria pôr o pé.

35  E sempre ao lado do meu pai,
      Da pequena cidade ela jamais saiu.

      Ela me disse assim:
      – Meu filho, vá com Deus,
40  Que este mundo inteiro é seu.
                                        (...)

(Texto adaptado. Disponível em <http://zeze-di-camargo-eluciano.musicas.mus.br/letras/85384>. Acesso em 28/05/2013.)

Assinale o que for correto, considerando a leitura dos textos 1, 2 e 3.
C
Certo
E
Errado
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UEM 2013, UEM 2013, UEM 2013 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A linguagem usada nos textos 1 e 2 aponta para o registro culto da língua portuguesa escrita, enquanto o texto 3, devido aos seus objetivos e às suas finalidades, apresenta marcas de oralidade, adequando-se ao seu contexto de uso.

TEXTO 1
Sair ou não sair, eis a questão!

Entrevista com Dr.ª Olga Inês Tessari



(Texto adaptado. Disponível em <http://olgatessari.com/id225.htm >. Acesso em 28/05/2013.)

TEXTO 2
Sair de casa requer planejamento e maturidade
Eduardo Gois
Dependência dos filhos revela pais despreparados para nova realidade 



(Texto adaptado. Disponível em <http://jornalsantuario.wordpress.com/2012/07/26/sair-de-casarequer-planejamento-e-maturidade/>. Acesso em 28/05/2013.)

TEXTO 3
No dia em que eu saí de casa
Intérpretes: Zezé Di Camargo e Luciano
      No dia em que eu saí de casa,
      Minha mãe me disse:
      – Filho, vem cá!

5    Passou a mão em meus cabelos,
      Olhou em meus olhos,
      Começou falar:

      – Por onde você for, eu sigo
10  Com meu pensamento,
      Sempre onde estiver.

      – Em minhas orações,
      Eu vou pedir a Deus
15  Que ilumine os passos seus.

      Eu sei que ela nunca compreendeu
      Os meus motivos de sair de lá.

20  Mas ela sabe que, depois que cresce,
      O filho vira passarinho e quer voar.

      Eu bem queria continuar ali,
      Mas o destino quis me contrariar.
25
      E o olhar de minha mãe na porta
      Eu deixei, chorando a me abençoar.

      A minha mãe, naquele dia,
30  Me falou do mundo como ele é.

      Parece que ela conhecia
      Cada pedra em que eu iria pôr o pé.

35  E sempre ao lado do meu pai,
      Da pequena cidade ela jamais saiu.

      Ela me disse assim:
      – Meu filho, vá com Deus,
40  Que este mundo inteiro é seu.
                                        (...)

(Texto adaptado. Disponível em <http://zeze-di-camargo-eluciano.musicas.mus.br/letras/85384>. Acesso em 28/05/2013.)

Assinale o que for correto, considerando a leitura dos textos 1, 2 e 3.
C
Certo
E
Errado
831776c7-e3
UEFS 2011, UEFS 2011, UEFS 2011 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Morfologia - Verbos, Vocativo e Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal, Diferença entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal, Adjunto Adverbial e Aposto, Variação Linguística, Sintaxe, Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo), Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A linguagem do texto caracteriza-se pelo uso


ANDRADE. Carlos Drummond de. Prece do brasileiro. Disponível em: <http://www.memoriaviva.com.br/drummond/poema064.htm>. Acesso em: 30 maio 2011.

A
de vocativos e imperativos, elementos próprios de uma prece.
B
da seleção vocabular e de hipérbatos, aspectos presentes em poemas líricos religiosos.
C
de metáforas rebuscadas em paralelo às expressões dialetais, próprias da segunda geração modernista.
D
da linguagem culta e formal, comum em textos religiosos que retomam características barrocas e românticas.
E
do diálogo e da variação coloquial, próprios da linguagem oral, valorizada pelos escritores da primeira geração modernista.
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UFMT 2006, UFMT 2006 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A respeito da construção do poema, assinale a afirmativa INCORRETA.

Leia o poema do poeta árcade Cláudio Manoel da Costa.


VIII

Este é o rio, a montanha é esta,

Estes os troncos, estes os rochedos;

São estes inda os mesmos arvoredos;

Esta é a mesma rústica floresta.


Tudo cheio de horror se manifesta,

Rio, montanha, troncos, e penedos;

Que de amor nos suavíssimos enredos

Foi cena alegre, e urna é já funesta.

Oh quão lembrado estou de haver subido

Aquele monte, e as vezes, que baixando

Deixei do pranto o vale umedecido!


Tudo me está a memória retratando;

Que da mesma saudade o infame ruído

Vem as mortas espécies despertando.


(MOISÉS, Massaud. A literatura brasileira através de textos. São Paulo: Cultrix, 1986.) 

A
A métrica regular e a estrutura do poema, um soneto, são de inspiração greco-latina.
B
O jogo interior × exterior organiza o poema em duas partes: os dois quartetos × os dois tercetos.
C
Nas duas primeiras estrofes, as rimas são emparelhadas e interpoladas; nas duas últimas, cruzadas.
D
Apresenta períodos em ordem indireta, mas sem o radicalismo da escrita barroca.
E
Apresenta vocabulário erudito, com latinismos próprios à literatura clássica.
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UFMT 2006 - Português - Interpretação de Textos, Denotação e Conotação, Variação Linguística, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Sobre a linguagem utilizada nos textos I e II, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.


( ) A coloquialidade no texto I é marcada, por exemplo, pela busca de proximidade com o destinatário e por algumas escolhas lexicais; a norma padrão é predominante, como exemplifica o trecho Por favor, não entre pela chaminé para não assustar os convidados.
( ) A oralidade permeia o texto II de forma marcante, como mostram os trechos E aí, Papai Noel? Belê?, e aí, meu velho, você já ta ligado, né?, tô muito a fim, tô a finzaço mesmo.
( ) No texto II, o jovem não se dirige a Papai Noel de forma polida, respeitosa, pois utiliza gírias, como tá ligado, quebra essa e refere-se a ele como mano e meu velho.
( ) O uso, no texto I, de estrangeirismos – em petit comité, must – revela a imagem que a senhora pretende passar ao Papai Noel.


Assinale a seqüência correta.

Os textos abaixo fazem parte da campanha publicitária de uma empresa fabricante de produtos eletrônicos.


TEXTO I


Noel querido,


No próximo dia 24 vou oferecer uma ceia para alguns amigos em minha casa, em petit comitê. Eu adoraria poder contar com a sua presença. E, se você quiser trazer um presente para a anfitriã, não vou me importar, pelo contrário, até dou uma sugestão: você já viu a nova linha de monitores de plasma da Gradiente? É um must! Design clean, tecnologia de última geração. Ficaria o máximo ao lado de minhas obras modernistas. Apenas um pedido, querido. Por favor, não entre pela chaminé para não assustar os convidados. Um beijo.


____________________

Seu nome


TEXTO II


E aí, Papai Noel, Belê?


A parada é a seguinte: eu, ___________________, tô muito a fim, a finzaço mesmo, de ter um Mini System Titanium da Gradiente no meu quarto, aquele que reproduz MP3 com 5.000 Watts de potência, tá ligado? Sabe como é: eu queimo uns CDs MP3, convido a mina para ouvir um som da hora, a gente troca umas idéias e aí, meu velho, você tá ligado, né? E então? Quebra essa pra mim, mano. O senhor, que já tá velhinho, não sabe como é difícil hoje em dia agradar a mulherada.


(VEJA, dezembro de 2003.) 

A
F, V, V, F
B
V, V, F, V
C
V, F, V, F
D
F, F, V, V
E
V, V, F, F
b7cb8115-e0
UEPB 2011, UEPB 2011 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Análise sintática, Coesão e coerência, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Do texto, pode-se considerar:


I - Ambiguidade, tendo em vista o uso de duplo sentido das palavras “carola” e “corola”.

II - Que no verso cinco as palavras “corola” e “flor” são consideradas cognatas.

III - Paralelismo sintático, no verso oito, em razão da reiteração das estruturas lexicais em ritmo cadenciado.

IV - Que nos versos onze e doze, não se leva em conta o fenômeno da variação linguística e suas implicações no uso da língua.


Analise as proposições e marque a alternativa que apresenta a(s) correta(s).

A
II, III e IV apenas
B
I, II e III
C
III e IV apenas
D
III apenas
E
IV apenas
b7c4f5ec-e0
UEPB 2011, UEPB 2011 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Na charge acima:


( ) A palavra “bicha”, muito comum no uso da linguagem coloquial, foi usada no sentido de nomear um objeto estranho para a personagem.

( ) Há referência à leitura imprecisa do “código de barras”, provocando um efeito de humor.

( ) A expressão “HMMM...” é um recurso de linguagem utilizado para repetir um mesmo som consonantal.

( ) Apresenta-se uma interação verbal conflituosa em consequência da ausência de envolvimento com as múltiplas práticas de leituras.


Analise as proposições e coloque V para as verdadeiras e F para as falsas. Marque a alternativa correta.

Texto 06:




A
V V F V
B
F V V V
C
V F V V
D
F V F V
E
V V V F
12a261ff-dd
UEM 2011, UEM 2011 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística

Em “Te demitir”, tem-se o exemplo do emprego de informalidade entre os interlocutores.

Charge

Assinale a alternativa correta quanto ao que se afirma da charge.
C
Certo
E
Errado
d6aef1e1-d9
UEM 2010, UEM 2010, UEM 2010 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale o que for correto em relação ao texto, cujas personagens são um casal. 


As expressões “tá”, “pra” e “pro” são exemplos da modalidade oral da língua portuguesa. 

Texto

Tira do Angeli  


C
Certo
E
Errado
33ad336a-dc
UFRN 2011 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística

Com relação ao uso diferenciado da língua,




A
no texto 3, discutem-se os vários fatores que provocam as diferenças na fala. Essas diferenças são ilustradas nas linhas 15 e 16 do texto 4.
B
no texto 4, o uso repetido de palavras com “ch” e “x” provoca uma sonoridade. Essa repetição compromete o propósito comunicativo do texto.
C
no texto 4, essas diferenças revelam a classe social e o nível de escolaridade dos autores da canção. Isso se comprova nas linhas 16 e 17 desse texto.
D
nos textos 3 e 4, apresenta-se um conteúdo que reforça o preconceito quanto às diferentes formas de falar. Esse preconceito é, predominantemente, regional.
33b444d6-dc
UFRN 2011 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considerando o tema apresentado no texto 4, os autores,




A
ao utilizarem a expressão “chuleta na chapa” (linha 11), caracterizam o modo de falar da região de origem do sujeito apresentado no texto.
B
ao mesmo tempo em que tratam da aproximação entre diversos ritmos musicais, também apresentam a diversidade linguística regional.
C
ao escolherem o título da canção, pretendem mostrar que o resultado do seu trabalho de composição musical é genuinamente nordestino.
D
ao usarem a expressão “Não se avexe, chefe” (linha 13), revelam a formalidade da fala do sujeito apresentado no texto diante de seu superior.
fcde1cf8-dc
UEMA 2015 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística

Cada língua é um conjunto heterogêneo de falares, cujas variações ocorrem em todos os níveis. “Saudosa maloca” é um exemplo de variação. Adoniran Barbosa, autor da letra da música “Saudosa maloca”, é conhecido por criar composições inspiradas nas suas próprias vivências. Leia o fragmento seguinte:


O verso que exemplifica variação no nível morfossintático e no fonológico é

A
“Cada tauba que caía”.
B
“Matogrosso quis gritá”.
C
“E o dono mandô derrubá”.
D
“Nóis nem pode se alembrá”.
E
“Deus dá o frio conforme o cobertô”.
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FAME 2014 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre

Releia este excerto.

“O que eles estão dizendo com suas penetrações nos bunkers do consumo? "Oia nóis na fita"; "nóis não tamo parado"; "nóis tamo aqui para zoar"(incomodar). Eles estão com seu comportamento rompendo as barreiras do aparheid social.”

O autor optou por escrever essas passagens em discurso direto em uma variedade do português diferente da variedade padrão porque

Texto 1

Somos uma sociedade injusta e segregacionista

O fenômeno dos centenas de rolezinhos que ocuparam shoppings centers no Rio e em São Paulo suscitaram as mais disparatadas interpretações. (...)

Eu, por minha parte, interpreto da seguinte forma tal irrupção:

Em primeiro lugar, são jovens pobres, das grandes periferias, sem espaços de lazer e de cultura, penalizados por serviços públicos ausentes ou muito ruins como saúde, escola, infra-estrutura sanitária, transporte, lazer e segurança. Veem televisão cujas propagandas os seduzem para um consumo que nunca vão poder realizar. E sabem manejar computadores e entrar nas redes sociais para articular encontros. Seria ridículo exigir deles que teoricamente tematizem sua insatisfação.

Mas sentem na pele o quanto nossa sociedade é malvada porque exclui, despreza e mantém os filhos e filhas da pobreza na invisibilidade forçada. O que se esconde por trás de sua irrupção? O fato de não serem incluídos no contrato social. Não adianta termos uma "constituição cidadã" que neste aspecto é apenas retórica, pois implementou muito pouco do que prometeu em vista da inclusão social. Eles estão fora, não contam, nem sequer servem de carvão para o consumo de nossa fábrica social (Darcy Ribeiro). Estar incluído no contrato social significa ter garantidos os serviços básicos: saúde, educação, moradia, transporte, cultura, lazer e segurança. Quase nada disso funciona nas periferias. O que eles estão dizendo com suas penetrações nos bunkers do consumo? "Oia nóis na fita"; "nois não tamo parado";"nóis tamo aqui para zoar"(incomodar). Eles estão com seu comportamento rompendo as barreiras do aparheid social.(...)

Continuamos uma Brasilíndia: uma Bélgica rica dentro de uma Índia pobre. Tudo isso os rolezinhos denunciam, por atos e menos por palavras.

Em segundo lugar, eles denunciam a nossa maior chaga: a desigualdade social cujo verdadeiro nome é injustiça histórica e social. Releva constatar que, com as políticas sociais do governo do PT, a desigualdade diminuiu, pois, segundo o IPEA, os 10% mais pobres tiveram entre 2001-2011 um crescimento de renda acumulado de 91,2%, enquanto a parte mais rica cresceu 16,6%. Mas esta diferença não atingiu a raiz do problema, pois o que supera a desigualdade é uma infraestrutura social de saúde, escola, transporte, cultura e lazer que funcione e seja acessível a todos. Não é suficiente transferir renda; tem que criar oportunidades e oferecer serviços, coisa que não foi o foco principal no Ministério de Desenvolvimento Social.

O "Atlas da Exclusão Social" de Márcio Poschmann (Cortez 2004) nos mostra que há cerca de 60 milhões de famílias no Brasil, das quais cinco mil famílias extensas detém 45% da riqueza nacional. Democracia sem igualdade, que é seu pressuposto, é farsa e retórica. Os rolezinhos denunciam essa contradição. Eles entram no "paraíso das mercadorias" vistas virtualmente na TV para vê-las realmente e senti-las nas mãos. Eis o sacrilégio insuportável pelos donos dos shoppings. Eles não sabem dialogar, chamam logo a polícia para bater e fecham as portas a esses bárbaros. Sim, bem o viu T.Todorov em seu livro "Os novos bárbaros": os marginalizados do mundo inteiro estão saindo da margem e indo rumo ao centro para suscitar a má consciência dos "consumidores felizes" e lhes dizer: esta ordem é ordem na desordem. Ela os faz frustrados e infelizes, tomados de medo, medo dos próprios semelhantes que somos nós.

Por fim, os rolezinhos não querem apenas consumir. Não são animaizinhos famintos. Eles têm fome sim, mas fome de reconhecimento, de acolhida na sociedade, de lazer, de cultura e de mostrar o que sabem: cantar, dançar, criar poemas críticos, celebrar a convivência humana. E querem trabalhar para ganhar sua vida. Tudo isso lhes é negado, porque, por serem pobres, negros, mestiços sem olhos azuis e cabelos loiros, são desprezados e mantidos longe, na margem.

Esse tipo de sociedade pode ser chamada ainda de humana e civilizada? Ou é uma forma travestida de barbárie? Esta última lhe convém mais. Os rolezinhos mexeram numa pedra que começou a rolar. Só parará se houver mudanças.

BOFF, Leonardo. Jornal Zero Hora. 28 jan. 2014. (adaptado). Disponível em: <http://goo.gl/4UeRbD>. Acesso em 05 abr. 2014
A
zomba do modo de falar errado dos jovens da periferia.
B
inclui os jovens da periferia através de sua variedade de fala.
C
legitima sua opção de dar voz aos jovens da periferia.
D
critica a falta de acesso à educação do jovem da periferia.