Questõesde UNEMAT 2018 sobre Português

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UNEMAT 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Comparando o que aborda o poema O tempo é, da poetisa Lucinda Nogueira Persona, e os sentidos presentes na tela A persistência da memória, do artista plástico Salvador Dali, assinale a alternativa correta.

Texto 01


O tempo é        

 O tempo é qualquer coisa      

que ninguém toma nas mãos

 e beija no mesmo instante     

                                      (ou um instante depois).


Texto 02

PERSONA, Lucinda Nogueira. Entre uma noite e outra. Cuiabá, MT: Entrelinhas, 2014. p. 33.

A persistência da memória. Salvador Dali. Disponível em: noticias.universia.com/ destaques/noticias/2012/01/07/903289/conhecaa-persistencia-da-memoria-salvador-dali.html Acesso em: fev. 2018.

A
O poema traz uma definição clara e fixa sobre o tempo, contrariando o que aborda a tela, pois esta ao trazer relógios em estado de deformação, sugere que o tempo é algo que se modifica permanentemente.
B
O poema traz elementos que nos permitem fazer reflexões sobre o tempo, enquanto a presença dos relógios na tela aborda o seu valor estético.
C
A tela de Salvador Dali traz, sobretudo nos relógios, elementos que nos permitem fazer reflexões sobre a guerra, enquanto o poema diz da fixidez do tempo.
D
Os dois textos trazem linguagens diferentes em suas composições, por este motivo não é possível correlacioná-los estilisticamente e fazer qualquer leitura comparativa entre eles.
E
Ambos os textos fazem uma discussão sobre a efemeridade e a fugacidade do tempo.
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UNEMAT 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Há mais de 20 anos (a primeira edição é de 1994), Mia Couto publicou o livro Estórias abensonhadas, uma coletânea de 26 contos. As estórias transitam entre os temas de fins da guerra, de tradições moçambicanas e de utopias que povoam aquele momento do país. Neste livro, no conto Chuva: a abensonhada, o autor articula esses temas numa linguagem poética e criativa, instaurando assim uma nova realidade, desafiando a lógica que predomina na relação entre as pessoas e o mundo.


Considerando o conto Chuva: a abensonhada, assinale a alternativa correta.

      “Estou sentado junto da janela olhando a chuva que cai há três dias. Que saudade me fazia o molhado tintintinar do chuvisco. A terra perfumegante semelha a mulher em véspera de carícia. Há quantos anos não chovia assim? De tanto durar, a seca foi emudecendo a nossa miséria. O céu olhava o sucessivo falecimento da terra, e em espelho, se via morrer. A gente se indaguava: será que ainda podemos recomeçar, será que a alegria ainda tem cabimento?

      Agora, a chuva cai, cantarosa, abençoada. O chão, esse indigente indígena, vai ganhando variedades de belezas. Estou espreitando a rua como se estivesse à janela do meu inteiro país. Enquanto, lá fora, se repletam os charcos a velha Tristereza vai arrumando o quarto.”

COUTO, Mia. “Chuva: a abensonhada”. In: Estórias abensonhadas. São Paulo: Companhia das Letras, 2012. p. 43.

A
A casa é referência limitada do narrador e da personagem Tristereza, que estão enclausurados no passado, sem possibilidade de um recomeço.
B
A chuva é o motivo do pensamento do narrador, que vê nela a possibilidade de renovação e transformações positivas.
C
O narrador não é uma pessoa letrada, pois utiliza palavras que não existem, como perfumegante, Tristereza e indaguava.
D
A narrativa é conduzida por muitas personagens que aparecem como secundárias no desenvolvimento da ação.
E
A presença de palavras como céu, terra, rua, país é um indicativo da vontade do narrador de participar da guerra.
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UNEMAT 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Com base nos trechos dos dois romances, assinale a alternativa correta.

Texto 01

Óbito do Autor


      “Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no introito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco.” 


Texto 02

Origem, Nascimento e Batizado

“Era no tempo do rei. 

      Uma das quatro esquinas que formam as ruas do Ouvidor e da Quitanda, cortando-se mutuamente, chamava-se nesse tempo O canto dos meirinhos; e bem lhe assentava o nome, porque era aí o lugar de encontro favorito de todos os indivíduos dessa classe (que gozava então de não pequena consideração). Os meirinhos de hoje não são mais do que a sombra caricata dos meirinhos do tempo do rei; estes eram gente temível e temida, respeitável e respeitada; formavam um dos extremos da formidável cadeia judiciária que envolvia todo o Rio de Janeiro no tempo em que a demanda era entre nós um elemento de vida: o extremo oposto eram os desembargadores. Ora, os extremos se tocam, e estes, tocando-se, fechavam o círculo dentro do qual se passavam os terríveis combates das citações, provarás, razões principais e finais, e todos esses trejeitos judiciais que se chamava o processo. Daí sua influência moral.”

ASSIS, Machado. Memórias póstumas de Brás Cubas. 2. ed. São Paulo: Martin Claret, 2010. p. 17. (Coleção a obra-prima de cada autor).

ALMEIDA, Manuel Antônio de. Memórias de um sargento de milícias. 4. ed. São Paulo: Martin Claret, 2010. p. 13. (Coleção a obra-prima de cada autor).

A
Em Machado de Assis, o narrador é um idealista; em Antônio de Almeida, um defunto.
B
O narrador de Machado de Assis quer contar suas memórias a partir do seu nascimento e o narrador de Antônio de Almeida, a partir de sua própria morte.
C
Brás Cubas e Leonardo são irônicos em tudo que fazem. O primeiro, pelo seu caráter pícaro e inocente e o segundo, pela sua perspicácia.
D
Nos dois romances (Memórias de um Sargento de Milícias e Memórias Póstumas de Brás Cubas), de acordo com os trechos citados, os narradores buscam construir memórias a partir de lugares diferentes: o primeiro começa pelo seu funeral, portanto, pela sua morte, e o segundo, vivo, por tipos da sociedade da época.
E
Tanto o narrador de Memórias de um Sargento de Milícias quanto o de Memórias Póstumas de Brás Cubas ocupam o lugar de narrador observador e onisciente.
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UNEMAT 2018 - Português - Conjunções: Relação de causa e consequência, Morfologia

Assinale a alternativa correta, cujo emprego da conjunção não altera o sentido do enunciado em Ela é inteligente, mas é mulher.

      O setor de Recursos Humanos (RH) de uma empresa torna público o seletivo para uma vaga de assessoria, informando que apenas dois candidatos foram aprovados: um homem e uma mulher.

      Como houve empate de notas, competências, habilidades e idade, o diretor do RH, ao ser questionado sobre os critérios de desempate, atestou:

- Aprovo o rapaz! Ela é inteligente, mas é mulher.

Com base na anedota acima, reflita:

      Em Ela é inteligente, mas é mulher, o termo mas é uma conjunção. Do ponto de vista gramatical, a conjunção é uma palavra invariável que conecta orações, alterando o sentido do enunciado, a depender do seu uso. 

A
Ela é inteligente e é mulher.
B
Ela é inteligente, portanto é mulher.
C
Ela é inteligente, porém é mulher.
D
Ela é mulher, mas é inteligente.
E
Ela é mulher, portanto é inteligente.
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UNEMAT 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Na leitura da tirinha há uma quebra de expectativa que produz um efeito humorístico.


Assinale a alternativa que corresponde a este funcionamento.

Maurício de Sousa. Disponível em aliteranda.files.w ordpress.com. Acesso em: nov. 2015. 

A
O efeito humorístico é estabelecido a partir das características dos personagens Cascão, Mônica e Magali.
B
A relação autor-leitor é construída por gêneros textuais que fazem parte do cotidiano infantil.
C
O conteúdo dos textos que as mães leem para os filhos pertence ao mesmo gênero textual.
D
Nos três quadrinhos, as histórias contadas pelas mães pertencem às narrativas infantis clássicas do mundo ocidental.
E
O gênero textual do último quadrinho diverge dos anteriores e relaciona-se ao cotidiano da personagem.
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UNEMAT 2018 - Português - Funções morfossintáticas da palavra SE

Considere o seguinte trecho: “[...] e então, adicionam-se duas colheres de açúcar mascavo e mexe-se a calda por dois minutos [...]”.


A partir das palavras em destaque e das noções de variação linguística, assinale a alternativa correta.

Maurício de Sousa. Disponível em aliteranda.files.w ordpress.com. Acesso em: nov. 2015. 

A
Há um desvio da norma culta da língua portuguesa, pois se trata de um problema de concordância entre o sujeito e o predicado.
B
Há um desvio da norma culta da língua portuguesa, pois se trata de um problema de regência verbal.
C
Não há desvio da norma culta, pois, junto aos verbos destacados, a palavra “se” funciona como pronome apassivador.
D
Há um desvio da norma culta, pois, junto aos verbos destacados, a palavra “se” funciona como índice de indeterminação do sujeito.
E
Não há desvio da norma culta, pois o autor dá voz a um adulto e não a uma criança.
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UNEMAT 2018 - Português - Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Sintaxe

No texto, em “É racista, é xenófobo”, o referente que funciona como sujeito é:

VELHAS PIADAS PROVOCAM DEBATE SOBRE RACISMO ENTRE DESCENDENTES DE ASIÁTICOS


      Quando tinha onze anos, o cineasta Leonardo Hwan voltava da escola com um amigo em São Paulo, quando um homem de cerca de trinta anos se aproximou, deu um susto nos garotos e gritou que eles deveriam "voltar para o país deles".

      "Nunca esqueci. Fiquei muito assustado", diz Leonardo, 27, que é brasileiro e descendente de tawaineses. Hoje ele conta essa história para explicar porque fazer a piada do "pastel de flango" ou gritar "abre o olho, japonês" para descendentes de asiáticos é ofensivo. E ele tem que explicar diversas vezes.

      "É racista, é xenófobo. Não é 'apenas uma piada'. Você está fazendo o mesmo que o cara: está dizendo que a pessoa não pertence, que ela é estrangeira, que não é bem-vinda", diz Leonardo.

Ele critica uma postagem do prefeito de São Paulo, João Doria, que escreveu a legenda "acelela" em vez de "acelera" (seu slogan) em uma foto durante uma visita à China [...].

      "Quando você diz 'acelela', está tirando sarro não dos chineses de lá, mas dos imigrantes daqui, para quem a questão da língua e da adaptação é uma dificuldade real, e para descendentes que lutam há anos para serem aceitos", afirma Leonardo.

[...]

Disponível em: https://estilo.uol.com.br/comportamento/noticias/bbc/2017/08/04/ velhas-piadas-provocam-debate-sobre-racismo-entre-descendentes-deasiaticos.htm Acesso em: ago. 2017.

A
O cineasta Leonardo Hwan (1º parágrafo).
B
Um amigo (1º parágrafo).
C
Um homem de cerca de trinta anos (1º parágrafo).
D
Fazer a piada do "pastel de flango" ou gritar "abre o olho, japonês" para descendentes de asiáticos (2º parágrafo).
E
Você (3º e 4º parágrafos).
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UNEMAT 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A partir da leitura do texto Vício em internet, a revista “Wired”

VÍCIO EM INTERNET


      “Poucos artigos sérios usam a palavra ‘vício’ para falar de tecnologia. É comum ver eufemismos como ‘compulsão’ ou ‘uso exagerado’. Vício é palavra ainda rara. Ou ao menos era. Na edição de janeiro de 2015, a revista ‘Wired’ (influente publicação sobre tecnologia) não hesitou em usar a palavra ‘viciante’ (‘addictive’), da seguinte forma: ‘Facebook’, ‘Twitter’, ‘Instagram’, 'World of Warcraft', 'Angry Birds'. Os produtos tecnológicos de maior sucesso têm uma coisa em comum: eles são viciantes".

     O texto comenta a obra do consultor Nir Eyal, especializado em aconselhar empresas e designers a tornarem seus produtos mais viciantes. Eyal é autor do livro "Hooked: How to Build Habit-Forming Products" (Fisgado: como construir produtos que formam hábitos) e roda o mundo auxiliando a "fisgar" usuários e não soltálos mais. Ele gosta de descrever sua área como "engenharia de comportamento", profissão que não faria feio nos livros de ficção científica de William Gibson ou Philip K. Dick.

      Em seu livro, Eyal cria um sistema a partir de autores polêmicos como B. Frederic Skinner, inventor da "caixa de Skinner". Nela é colocado um pombo que, para se alimentar, precisa puxar uma alavanca. Skinner demonstrou que, se a comida aparece todas as vezes em que o pombo aciona a alavanca, o bicho se torna preguiçoso e apenas a puxa quando sente fome.

Lemos, Ronaldo. “Vício em Internet”. In Folha de São Paulo, publicada on line, em 03/02/2015. Disponível em: http://m.folha.uol.com.br/colunas/ronaldolemos/ 2015/02/1584272-vicio-em-internet.shtml?mobile Acesso em: ago. 2017.

A
não teve êxito ao usar o termo “viciante”.
B
aconselha o consultor Nir Eyal a construir produtos formadores de hábitos.
C
não é uma publicação séria, por ter usado o termo “viciante”.
D
apresenta Nir Eyal como um consultor com projeção internacional.
E
destaca que Nir Eyal baseia seu livro em obras de ficção científica.
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UNEMAT 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a alternativa que apresenta o motivo que produz o efeito de humor na tirinha.

CJ. Politicopatas. Disponível em: http://f.i.uol.com.br/folha/cartum/images/17214223.jpeg Acesso em ago. 2017

A
As crianças não conhecem o sentido da expressão carpe diem, pois os adultos não a usam.
B
As crianças não conhecem o sentido da expressão carpe diem, por isso não poderão empregá-la.
C
Por não conhecerem o significado da expressão carpe diem, as crianças culpam os adultos por adiarem as coisas.
D
Quando os adultos não querem que as crianças saibam de alguma coisa, eles dão nome complicado para ela.
E
As crianças praticaram uma interpretação do significado da expressão carpe diem, apesar de não conhecê-lo, pois aproveitaram o dia.
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UNEMAT 2018 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Locução Verbal, Coesão e coerência, Redação - Reescritura de texto

Nas três primeiras falas das personagens da tira Politicopatas, de CJ, o verbo ir é empregado em locuções verbais, ou seja, funciona como auxiliar do verbo principal.

Considerando os verbos principais estudar, brincar, dar, assinale a alternativa que equivale à substituição das locuções verbais da tirinha pelos verbos principais, de acordo com a norma padrão da língua portuguesa.

CJ. Politicopatas. Disponível em: http://f.i.uol.com.br/folha/cartum/images/17214223.jpeg Acesso em ago. 2017

A
estudaria; brincaríamos; daríamos.
B
estudará; brinquemos; daremos.
C
estudará; brincamos; daríamos.
D
estudará; brinquemos; daríamos.
E
estudara; brinquemos; daremos.