Questõesde UFRN 2011 sobre Português

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UFRN 2011 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O livro Comédias para se ler na escola, de Luís Fernando Veríssimo, pode ser considerado um livro de crônicas porque seus textos

A
abordam situações cotidianas com uma linguagem simples.
B
apresentam com humor temas fundamentais da história do país.
C
retratam fatos históricos com uma linguagem sóbria.
D
registram, com uma linguagem formal, temas do dia a dia.
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UFRN 2011 - Português - Interpretação de Textos, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética., Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Os trechos abaixo são as frases iniciais de crônicas de Luís Fernando Veríssimo presentes no livro Comédias para se ler na escola. Identifique em qual deles há um tratamento metalinguístico.

A
“Sou fascinado pela linguagem náutica, embora minha experiência no mar se resuma a algumas passagens em transatlânticos, onde a única linguagem técnica que você precisa saber é “a que horas servem o bufê?” (“O jargão”, p. 67)
B
“Esta idéia para um conto de terror é tão terrível que, logo depois de tê -la, me arrependi. Mas já estava tida, não adiantava mais. Você, leitor, no entanto, tem uma escolha. Pode parar aqui, e se poupar, ou ler até o fim e provavelmente nunca mais dormir.” (“Sozinhos”, p. 33)
C
“Sandrinha nunca esqueceu o seu primeiro dia na redação. Os olhares que recebeu quando se encaminhou para a mesa do editor. De curiosidade. De superioridade . Ou apenas indiferença. Do editor não recebeu olhar nenhum.” (“A novata”, p. 79)
D
“Quando a gente aprende a ler, as letras, nos livros, são grandes. Nas cartilhas – pelo menos nas cartilhas do meu tempo – as letras eram enormes. Lá estava o A, como uma grande tenda. O B, com seu grande busto e sua barriga ainda maior.” (“ABC”, p. 113)
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UFRN 2011 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A passagem abaixo é extraída do capítulo “Das negativas”, de Memórias Póstumas de Brás Cubas.

Este último capítulo é todo de negativas. Não alcancei a celebridade do emplasto, não fui ministro, não fui califa, não conheci o casamento. Verdade é que, ao lado dessas faltas, coube-me a boa fortuna de não comprar o pão com o suor do meu rosto. Mais; não padeci a morte de Dona Plácida, nem a semidemência de Quincas Borba. Somadas umas coisas e outras, qualquer pessoa imaginará que não houve míngua nem sobra, e conseguintemente que saí quite com a vida. E imaginará mal; porque ao chegar a este outro lado do mistério, achei-me com um pequeno saldo, que é a derradeira negativa deste capítulo de negativas: – Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria. 

ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. 27. ed. São Paulo: Ática,1999. p. 176.


Neste capítulo, Brás Cubas faz uma espécie de balanço de sua existência, em que  

A
demonstra tristeza por não ter conseguido um saldo positivo em sua vida.
B
lamenta suas dificuldades e o fato de não ter tido sucesso em sua vida.
C
orgulha-se por não ter deixado filhos para herdarem a infelicidade humana.
D
desculpa-se pelo fato de não ter suportado o sofrimento como seus amigos.
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UFRN 2011 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia o texto abaixo, transcrito do capítulo “O primeiro beijo”, de Memórias Póstumas de Brás Cubas.

Quem quer que fosse, porém, o pai, letrado ou hortelão, a verdade é que Marcela não possuía a inocência rústica, e mal chegava a entender a moral do código. Era boa moça, lépida, sem escrúpulos, um pouco tolhida pela austeridade do tempo, que lhe não permitia arrastar pelas ruas os seus estouvamentos e berlindas; luxuosa, impaciente, amiga de dinheiro e de rapazes. Naquele ano morria de amores por um certo Xavier, sujeito abastado e tísico, – uma pérola.

ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. 27. ed. São Paulo: Ática,1999. p. 40.


A partir desta passagem, é correto afirmar que

A
Marcela, diferentemente das figuras femininas típicas do Romantismo, tinha uma visão idealizada do amor.
B
o narrador do romance faz elogios a Marcela ao afirmar que ela não possui a inocência rústica e que é uma mulher luxuosa.
C
a relação entre Marcela e Xavier é um exemplo da visão de amor que predomina no romance.
D
Brás Cubas teve grandes dificuldades para conquistar Marcela, uma vez que ela estava apaixonada por Xavier.
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UFRN 2011 - Português - Interpretação de Textos, Redação - Reescritura de texto, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A sequência ao lado faz parte do roteiro de adaptação de Memórias póstumas de Brás Cubas para os quadrinhos. O fragmento textual do Capítulo VII que corresponde à sequência ao lado é:


A
“Tentei falar, mas apenas pude grunhir esta pergunta ansiosa:

- Onde estamos?

- Já passamos o Éden.

- Bem; paremos na tenda de Abraão.

- Mas se nós caminhamos para trás! redarguiu motejando a minha cavalgadura.” (p. 26)
B
“Deixei-me ir, calado, não sei se por medo ou confiança; mas, dentro em pouco, a carreira de tal modo se tornou vertiginosa, que me atrevi a interrogá-lo, e com tal arte lhe disse que a viagem me parecia sem destino.

- Engana-se, replicou o animal, nós vamos à origem dos séculos.” (p. 25)
C
“Como ia de olhos fechados, não via o caminho; Lembra-me só que a sensação de frio aumentava com a jornada, e que chegou uma ocasião em que me pareceu entrar na região dos gelos eternos.” (p. 25).
D
Com efeito, abri os olhos e vi que o meu animal galopava numa planície branca de neve, com uma ou outra montanha de neve, vegetação de neve, e vários animais grandes de neve.” (p. 26)
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UFRN 2011 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia o fragmento abaixo, retirado do livro Negrinha, de Monteiro Lobato:

Escrevera nesse bilhetinho, entretanto, apenas quatro palavras, afora pontos exclamativos e reticências:

Anjo adorado!
Amo-lhe!

P...

LOBATO, Monteiro. Negrinha, São Paulo: Globo, 2008. p. 114.


Neste bilhete, escrito pelo pai da personagem central do conto “O colocador de pronomes”, há uma utilização indevida do pronome “lhe”, na visão normativa da língua apresentada no conto. Tal equívoco faz com que Aldrovando Cantagalo se considere fruto de um “erro de gramática” e passe a

A
expressar seu horror pelas normas.
B
proteger seu estilo individual.
C
pregar a reforma da gramática.
D
defender a correção linguística.
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UFRN 2011 - Português - Interpretação de Textos, Uso das reticências, Pontuação, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Observando os elementos estilístico-formais do poema, que se configura como um soneto, é correto afirmar que


A
a terceira estrofe, por ser terminada em reticências, sugere o tom indignado do poema.
B
a construção baseada em oposições entre o corpo e a alma reflete o aspecto ambíguo do menino morto.
C
a última estrofe traz uma conclusão que permite relacionar o par corpo-coração à oposição cantinho agreste-vale ameno.
D
a grande variedade de sinais de pontuação imprime ao poema um caráter de modernidade.
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UFRN 2011 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Da leitura do poema “Mistério”, de Auta de Souza, conclui-se que


A
o coração de Alberto, para o “eu lírico”, não merece o mesmo destino do corpo.
B
a alma de Alberto, pura, sobe ao Céu e seu corpo, impuro, desce à terra.
C
o céu não recebe o coração de Alberto porque ele vinha de um corpo impuro.
D
a fala do “eu lírico” tem como interlocutor o próprio coração de Alberto.
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UFRN 2011 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A avareza da personagem central da peça O santo e a porca está representada na seguinte fala:

A
“Não gosto desses criminosos que prejudicam os outros e depois vêm pedir desculpas! Você sabia que ela não era sua, não devia ter tocado nela!” (p. 137)
B
“Margarida, você quer me desmoralizar? Sustente o pudor, Margarida! Olhe o recato, Margarida!” (p. 64)
C
“Trancarei a porta e não abrirei mais para ninguém. Porque não quero ficar mais num mundo em que acontecem estas coisas impossíveis de prever.” (p. 151)
D
“Eudoro Vicente pensa que, pelo simples fato de ter hospedado minha filha, eu estou obrigado a hospedá-lo?” (p. 39)
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UFRN 2011 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O enredo da peça O santo e a porca, de Ariano Suassuna, é recheado de mal-entendidos. Um dos principais deriva-se da interpretação equivocada que Euricão faz da carta que Eudoro lhe envia. Nessa carta, lê-se:


“Mando na frente meu criado Pinhão, homem de toda confiança para avisá-lo de minha chegada aí. Mas quero logo avisá-lo: pretendo privá-lo de seu mais precioso tesouro!” (p. 39-40)


A confusão se estabelece devido a um problema de interpretação da expressão “precioso tesouro”, pois, para

A
Euricão, seu tesouro se resume no que é guardado na porca.
B
Eudoro, a filha do amigo traria um dote muito valioso para o casamento.
C
Eudoro, o tesouro do amigo é uma lenda que precisa ser desvendada.
D
Euricão, sua filha era uma oportunidade de conseguir um tesouro.
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UFRN 2011 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes pessoais oblíquos, Conjunções: Relação de causa e consequência, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

No texto,


A
o termo “o” nas expressões “o tomam da essa, e o levantam, e o descem” (linha 5), retoma a palavra “cadáver” (linha 2).
B
a ausência de conjunção, marcadamente no primeiro período, não compromete o seu conteúdo semântico.
C
os verbos empregados no texto sugerem que a cena descrita caracteriza-se pela ausência de ações por parte dos envolvidos no evento do velório.
D
o uso da linguagem informal por parte do autor é adequado à cena apresentada, pois ressalta a solenidade característica do ritual fúnebre.
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UFRN 2011 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

As escolhas lexicais presentes no texto permitem afirmar que


A
“o rodar do coche, o rodar dos carros, um a um...” (linha 7 e 8) expressam a chegada repetida e contínua dos convidados para o velório.
B
“veludo preto nos portais” (linha 1), “tocheiros” (linha 2), “coche fúnebre” (linha 7) expressam a contemporaneidade do velório descrito.
C
“padre e sacristão, rezas, aspersões d´água benta” (linha 4) sinalizam uma prática religiosa de orientação cristã por parte da família.
D
“convites” e “convidados” (linhas 2 e 3) são incoerentes com o evento do velório apresentado por remeterem a uma situação de festividade.
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UFRN 2011 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual



O texto é, predominantemente,

A
explicativo, considerando-se a interação dos personagens marcada pela alternância entre perguntas e respostas.
B
descritivo, considerando-se a relação entre os substantivos e os adjetivos, responsável pela caracterização dos personagens.
C
injuntivo, considerando-se o uso de verbos no modo imperativo, característico de textos que apresentam instruções de uso.
D
dialogal, considerando-se a interação verbal dos personagens e as alternâncias de fala, marcadas pelo uso de travessões.
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UFRN 2011 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Com relação ao texto 5, evidencia-se


A
a predominância, na segunda estrofe, do modo narrativo de organização textual, próprio da tradição oral de um povo.
B
a importância do cordel como manifestação cultural, por ser uma fonte de preservação da memória e da identidade de um povo.
C
a expressão de um ponto de vista imparcial do sujeito frente à realidade regional por el e apresentada nesse texto.
D
a descrição da fartura de alimentos resultante do trabalho coletivo do povo de São Saruê.
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UFRN 2011 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considerando-se a progressão do tema apresentado no texto 5,


A
a ausência de elementos coesivos compromete a articulação entre as estrofes e, por isso, o tema se apresenta de maneira fragmentada.
B
ao longo das estrofes, existe uma contradição entre as necessidades do povo de São Saruê e o que a natureza lhe proporciona em termos de alimentação.
C
a relação entre as estrofes possibilita uma articulação entre as características do povo e as do lugar onde ele vive.
D
ao longo das estrofes, é construída a imagem de um povo preguiçoso, que prefere não trabalhar, pois a natureza tudo lhe proporciona.
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UFRN 2011 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Com relação ao ponto de vista expresso em cada um dos textos, é correto afirmar:


A
os dois textos, como diferentes manifestações artísticas, desconsideram a realidade vivenciada pelo homem em situações adversas.
B
o texto 5 constrói uma realidade idealizada, e o conjunto das imagens do texto 6 pode ser compreendido como uma antítese em relação a essa realidade.
C
os conteúdos expressos nos dois textos são antagônicos, embora sejam manifestações do mesmo tipo de linguagem e de organização temática.
D
o texto 6, por ser organizado somente com imagens, impossibilita a construção de interpretações sobre seu conteúdo.
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UFRN 2011 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considerando o tema apresentado no texto 4, os autores,




A
ao utilizarem a expressão “chuleta na chapa” (linha 11), caracterizam o modo de falar da região de origem do sujeito apresentado no texto.
B
ao mesmo tempo em que tratam da aproximação entre diversos ritmos musicais, também apresentam a diversidade linguística regional.
C
ao escolherem o título da canção, pretendem mostrar que o resultado do seu trabalho de composição musical é genuinamente nordestino.
D
ao usarem a expressão “Não se avexe, chefe” (linha 13), revelam a formalidade da fala do sujeito apresentado no texto diante de seu superior.
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UFRN 2011 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Coesão e coerência, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Quanto à coesão textual observada no texto 3,




A
a repetição do termo “pessoas” (linhas 1, 3 e 5) torna redundantes as informações apresentadas no texto, comprometendo a progressão do tema.
B
a expressão “assim como” (linha 8) tem valor conclusivo, podendo ser substituído, sem comprometimento do sentido, pela expressão “por conseguinte”.
C
a expressão “Ou seja” (linha 3) tem valor explicativo, introduzindo informações específicas acerca do que é afirmado nos períodos anteriores.
D
a utilização dos parênteses (linhas 9 e 10) se justifica como recurso coesivo que demarca a supressão de parte do texto.
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UFRN 2011 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística

Com relação ao uso diferenciado da língua,




A
no texto 3, discutem-se os vários fatores que provocam as diferenças na fala. Essas diferenças são ilustradas nas linhas 15 e 16 do texto 4.
B
no texto 4, o uso repetido de palavras com “ch” e “x” provoca uma sonoridade. Essa repetição compromete o propósito comunicativo do texto.
C
no texto 4, essas diferenças revelam a classe social e o nível de escolaridade dos autores da canção. Isso se comprova nas linhas 16 e 17 desse texto.
D
nos textos 3 e 4, apresenta-se um conteúdo que reforça o preconceito quanto às diferentes formas de falar. Esse preconceito é, predominantemente, regional.
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UFRN 2011 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto



A partir da leitura de cada um dos textos, é correto afirmar que

A
a charge trata da violência do homem contra a natureza de modo imparcial, ou seja, sem a exposição do ponto de vista do autor.
B
o gráfico apresenta índices que evidenciam uma diminuição do desmatamento na Amazônia no período de 2002 a 2004.
C
o gráfico apresenta índices de desmatamento em várias regiões do país , enquanto a charge denuncia esse crime ambiental na Amazônia.
D
a charge e o gráfico se diferenciam quanto aos seus propósitos comunicativos, embora tratem da mesma temática.