Questõesde UEFS sobre Português

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UEFS 2011, UEFS 2011, UEFS 2011, UEFS 2011 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Para o articulista, a liberdade de expressão


A
deveria ser garantida por meio de cláusulas inalteráveis a fim de não permitir qualquer tipo de censura.
B
não se garante por meio de leis, mas através da construção de valores de uma sociedade.
C
precisa vincular-se a leis que prescindam de referenciais éticos de uma sociedade.
D
deve ser garantida independentemente da realidade em que se apresenta.
E
é um bem inalienável, que não deve ser discutido no âmbito legislativo.
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O articulista defende a ideia de que a nova Lei de Imprensa


A
apresenta o equívoco da cláusula pétrea.
B
não garantirá a liberdade de expressão, nem a censura.
C
não será absorvida pela legislação brasileira por ser ineficaz.
D
será aceita pela sociedade atual tão somente quando a Lei de 1967 não for mais aplicada.
E
será legitimada pela legislação brasileira, por falta de maiores condições, apenas do ponto de vista teórico.
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De acordo com o texto, no Brasil, as leis


A
mantêm-se inalteradas quando aplicadas em relação a indivíduos de classes sociais e ideologias diferentes.
B
precisam ser revistas e incrementadas a partir de cada novo problema que toma amplitude social.
C
são, muitas vezes, bem elaboradas, mas não se aplicam por diversas razões.
D
perdem a vigência, à medida que se descobre a sua inoperância social.
E
tornam-se ineficazes diante de sua estrutura intrincada e utópica.
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Sobre o texto, está correto o que se afirma em


A
A elaboração da lei de imprensa, no Brasil, decorre da ineficácia da legislação comum.
B
A imprensa não confere credibilidade às leis que buscam cercear a liberdade de expressão.
C
A legislação brasileira é considerada desigual quando se refere à sua aplicação no âmbito do poder executivo.
D
O Brasil, ao contrário de outros países também em desenvolvimento, valoriza leis voltadas para o controle da expressão da imprensa.
E
A Lei de Imprensa de 1967 representa a ideologia social brasileira do grupo que detém o poder, garantindo a manutenção da liberdade de expressão.
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Quanto à organização estrutural do texto por parágrafos, é correto afirmar:


A
O primeiro apresenta a ideia principal a ser defendida pelo articulista.
B
O segundo desenvolve-se a partir de uma lógica de causa e consequência em relação ao parágrafo anterior.
C
O terceiro delimita o assunto da legislação brasileira, direcionando-o para a problemática da liberdade de expressão.
D
O quarto apresenta a citação de vozes convergentes à ideologia do articulista.
E
O último retoma a ideia desenvolvida no primeiro, reiterando a crítica em relação à ineficácia e utopia das leis brasileiras.
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A leitura do texto permite afirmar:


A
Uma legislação fica estéril à medida que sua vigência passa a ser questionada.
B
A legislação brasileira é rica e complexa, mas se torna inoperante diante do não cumprimento das leis.
C
A nova lei de imprensa auxiliará a reversão de comportamentos sociais tradicionais e contraditórios.
D
Os governantes acreditam que a organização social do país só será possível a partir de medidas provisórias.
E
Um paradigma satisfatório de desenvolvimento só será atingido se forem elaborados documentos legais, a partir da opinião e da experiência popular.
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UEFS 2009 - Português - Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto


Os textos I e II

A
apresentam diferentes linguagens para tratar da solidão humana.
B
revelam a alienação como mecanismo de escape das dores existenciais.
C
evidenciam o direcionamento do olhar para os conflitos do homem com a vida.
D
sugerem a postura individualista do ser humano que o impede de dialogar com o outro.
E
contrastam a abordagem do relacionamento existencial do homem com a realidade circundante.
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UEFS 2009 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O texto sugere

TEXTO:

As coisas naturais me cercam
e contam-me — analfabetas —
que são minhas irmãs.
A lua é, agora, um objeto
do meu uso pessoal.

Sinto-me tão natural
que faço sol, chovo, anoiteço.
Minha mão é de prata e água.
As moças do lugar me cumprimentam
sem me conhecer;
com isso, me comovem.


RICARDO, Cassiano. Estação de cura. Melhores poemas: Cassiano Ricardo. Seleção Luiza Franco Moreira. São Paulo: Global, 2003. p. 116. (Coleção Melhores Poemas)
A
um indivíduo em busca da realização de desejos conflitantes.
B
a mercantilização da riqueza natural num mundo ávido de lucro.
C
a dificuldade de convivência do ser humano com a solidão.
D
a relação humana sustentada por interesses escusos.
E
a interação do humano com o inumano.
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UEFS 2009 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

Na última estrofe, a expressão “vendavais do inverno” metaforiza


A
as experiências do homem em constante transmutação.
B
a brevidade dos sentimentos afetivos.
C
a invencibilidade da natureza.
D
os obstáculos transpostos.
E
as ameaças do viver.
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UEFS 2009 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

[...] Mendonça gostava sobretudo da variedade no viver; não tolerava os mesmos prazeres nem os mesmos charutos; para os apreciar tinha necessidade de os alternar freqüentemente. Se fosse possível, era capaz de fazer-se monge durante um mês, antes do carnaval, trocar o hábito por um dominó, e atar as últimas notas das matinas com os prelúdios da contradança. A fidelidade à moda custava-lhe um pouco, quando esta não ia a passo com a impaciência. Em sua opinião, o que distinguia o homem do cão era a faculdade de fazer que uma noite se não parecesse com outra. O Rio de Janeiro não lhe oferecia a mesma variedade de recursos que Paris; tendo o gênio inventivo e fértil, não lhe faltaria meio de fugir à uniformidade dos hábitos.

ASSIS, Machado de. Helena. São Paulo: FTD, 1992. p. 67. (Coleção Grandes Leituras)


O personagem em foco

A
integra-se à rotina do cotidiano, buscando o prazer nas coisas simples e corriqueiras.
B
segue os ditames da moda, a fim de apresentar-se elegantemente na sociedade.
C
revela-se um homem de temperamento inquieto, ávido de novidades.
D
oscila entre o comportamento recluso e a euforia mundana.
E
vê com ironia as contradições humanas.
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UEFS 2009 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No trecho I, o personagem narrador revela-se

I. Pouco a pouco, tinha-se inclinado; fincara os cotovelos no mármore da mesa e metera o rosto entre as mãos espalmadas. Não estando abotoadas, as mangas caíram naturalmente, e eu vi-lhe metade dos braços, muito claros, e menos magros do que se poderiam supor. A vista não era nova para mim, posto também não fosse comum; naquele momento, porém, a impressão que tive foi grande. As veias eram tão azuis, que, apesar da pouca claridade, podia contá-las do meu lugar. A presença de Conceição espertara-me ainda mais que o livro. Continuei a dizer o que pensava das festas da roça e da cidade, e de outras coisas que me iam vindo à boca. Falava emendando os assuntos, sem saber por que, variando deles ou tornando aos primeiros, e rindo para fazê-la sorrir e ver-lhe os dentes que luziam de brancos, todos iguaizinhos.

ASSIS, Machado de. Missa do galo: variações sobre o mesmo tema. São Paulo: Summus, 1977. p. 17.


II. Hoje, sinto-me especialmente bem. Muito alivia-me o Natal quando se avizinha. Mais uma estação vencida galhardamente. Logo depois do almoço apurei-me na colônia, fui bem farto ao passá-la pelo corpo. Encareci a Conceição que se encarregasse pessoalmente de meus trajes. Afinal, um homem é a sua aparência. Como sempre, obedeceu-me. A bem da verdade, ela jamais me desagravou com atitudes hostis. E mesmo quando supôs que da rua eu trazia-lhe algum desgosto, nunca me levantou a voz. E não é feia, a minha Conceição. Ocorre apenas que os mesmos encantos que em outra mulher reluzem firmemente, nela, por mistério que não explico, simplesmente empalidecem. Com esta verdade, já estou bem conformado. Se ao menos Conceição soubesse rir!

PIÑON, Nélida. Missa do galo: variações sobre o mesmo tema. São Paulo: Summus, 1977. p. 26. 
A
envaidecido por desfrutar da atenção da mulher que deseja.
B
aborrecido por travar um diálogo desinteressante com Conceição.
C
movido por sentimentos contraditórios ante a presença de Conceição.
D
surpreso em face do gesto de Conceição de deixar à mostra parte do corpo.
E
envolvido subjetivamente pela atmosfera de um momento que condiciona a sua percepção da realidade.
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UEFS 2009 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Identifique as afirmativas verdadeiras (V) e as falsas (F).

Considerando-se os trechos I e II, pode-se afirmar:


( ) Em ambos, evidencia-se a mesma imagem de Conceição, precisa em seus detalhes.

( ) Tanto no trecho I quanto no II, acentua-se a subserviência da mulher em relação ao homem.

( ) No trecho I, a figura feminina exerce certo fascínio sobre o narrador; já no II, a mulher em foco é desprovida de atributos sedutores.

( ) No trecho I, Conceição é revelada fisicamente em atributos conhecidos que adquirem novo valor, enquanto no II, o narrador mostra-se íntimo de Conceição e emite juízo de valor a respeito das atitudes dela.


A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a

I. Pouco a pouco, tinha-se inclinado; fincara os cotovelos no mármore da mesa e metera o rosto entre as mãos espalmadas. Não estando abotoadas, as mangas caíram naturalmente, e eu vi-lhe metade dos braços, muito claros, e menos magros do que se poderiam supor. A vista não era nova para mim, posto também não fosse comum; naquele momento, porém, a impressão que tive foi grande. As veias eram tão azuis, que, apesar da pouca claridade, podia contá-las do meu lugar. A presença de Conceição espertara-me ainda mais que o livro. Continuei a dizer o que pensava das festas da roça e da cidade, e de outras coisas que me iam vindo à boca. Falava emendando os assuntos, sem saber por que, variando deles ou tornando aos primeiros, e rindo para fazê-la sorrir e ver-lhe os dentes que luziam de brancos, todos iguaizinhos.

ASSIS, Machado de. Missa do galo: variações sobre o mesmo tema. São Paulo: Summus, 1977. p. 17.


II. Hoje, sinto-me especialmente bem. Muito alivia-me o Natal quando se avizinha. Mais uma estação vencida galhardamente. Logo depois do almoço apurei-me na colônia, fui bem farto ao passá-la pelo corpo. Encareci a Conceição que se encarregasse pessoalmente de meus trajes. Afinal, um homem é a sua aparência. Como sempre, obedeceu-me. A bem da verdade, ela jamais me desagravou com atitudes hostis. E mesmo quando supôs que da rua eu trazia-lhe algum desgosto, nunca me levantou a voz. E não é feia, a minha Conceição. Ocorre apenas que os mesmos encantos que em outra mulher reluzem firmemente, nela, por mistério que não explico, simplesmente empalidecem. Com esta verdade, já estou bem conformado. Se ao menos Conceição soubesse rir!

PIÑON, Nélida. Missa do galo: variações sobre o mesmo tema. São Paulo: Summus, 1977. p. 26. 
A
F V F V
B
V F F V
C
V V F V
D
F V V F
E
F F V V
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UEFS 2009 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Umas poucas pessoas, gente da Ladeira, espiavam o cadáver quando Vanda chegou. O santeiro informava em voz baixa:
— É a filha. Tinha filha, genro, irmãos. Gente distinta. O genro é funcionário, mora em Itapagipe. Casa de primeira... [...]
Era um morto pouco apresentável, cadáver de vagabundo falecido ao azar, sem decência na morte, sem respeito, rindo-se cinicamente, rindo-se dela, com certeza de Leonardo, do resto da família. Cadáver para necrotério, para ir no rabecão da polícia servir depois aos alunos da Faculdade de Medicina nas aulas práticas, ser finalmente enterrado em cova rasa, sem cruz e sem inscrição. Era o cadáver de Quincas Berro Dágua, cachaceiro, debochado e jogador, sem família, sem lar, sem flores e sem rezas. Não era Joaquim Soares da Cunha, correto funcionário da Mesa de Rendas Estadual, aposentado após vinte e cinco anos de bons e leais serviços, esposo modelar, a quem todos tiravam o chapéu e apertavam a mão.

AMADO, Jorge. A morte e a morte de Quincas Berro Dágua. 44. ed. Rio de Janeiro: Record, 1979. p. 26-27.


O texto apresenta

A
apreensão objetiva da realidade por meio de um narrador observador distanciado dos fatos e dos personagens.
B
morte como instrumento de libertação de uma vida socialmente miserável.
C
contraste de ordem social marcando fases distintas da vida do morto.
D
relação pai/filha caracterizada por respeito e afeto sinceros.
E
nivelação dos indivíduos através da morte.
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Tem comprovação no texto a ideia expressa na alternativa


A
Reconstrução dos laços afetivos, a fim de alcançar o ideal de vida harmônica.
B
Natureza encarada como o espaço de solução dos problemas existenciais.
C
Busca do religioso para atenuar as dores da vida.
D
Realidade exterior como reflexo do mundo interior.
E
Anseio de liberdade social.
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UEFS 2009 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No poema,


A
o sujeito poético acredita na dissipação de sua melancolia.
B
a fragilidade física do sujeito poético sobrepõe-se à sua fragilidade moral.
C
a voz poética mostra-se simultaneamente ligada a mundos díspares.
D
o eu lírico faz uma autocrítica por ter assumido uma postura escapista em face da vida.
E
o enunciador reforça a ideia de superação das adversidades ao comparar-se à andorinha.
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UEFS 2009 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No último parágrafo do texto


A
os termos “Tudo” e “tudo”, no início do parágrafo, totalizam diferentes coisas na frase.
B
a expressão “não ponho entre parênteses” quer dizer desconsidero.
C
a forma pronominal “o”, em “através dos quais o julgo”, substitui o nome “poema”.
D
a oração “inclui todos eles”, na última frase, contempla “formalismo ou esteticismo.”
E
a ideologia de Brecht, tal qual o pensamento de Kant no primeiro parágrafo, é invocada para respaldar o ponto de vista de Cícero no texto.